Capítulo 67

1K 108 416
                                    


ATENÇÃO!!!

ESTE CAPÍTULO PODE CAUSAR GATILHO EM PESSOAS MAIS SENSÍVEIS!!

NÃO CONTÉM CENAS DE VIOLÊNCIA, USO DE DROGAS ILEGAIS, MUTILAÇÃO, MOMENTOS DEPRESSIVOS OU COISAS DO TIPO, PORÉM CONTÉM MOMENTOS MAIS DEBILITADOS DE UMA DAS PERSONAGENS PRINCIPAIS!

SE ESTIVER TENDO UM DIA RUIM OU SE NÃO SE SENTIR CONFORTÁVEL, NÃO LEIA!

...

Ucker: E você ainda me diz que ela está bem? (perguntou indignado)

Médico: E ela está! A UTI é apenas por precaução, uma atenção especial e não há motivo para entrar em pânico... É como um bebezinho que demanda total atenção dos pais 24 horas do dia e ela realmente só precisa ser monitorada com mais cuidado e lá teremos melhor controle do coração, pulmão, rins e outros órgãos dela e faremos exames com frequência além dos que já foram solicitados pelo outro médico e caso precise de uma intervenção mais rápida, ela terá isso lá. É apenas por esse motivo. Ao que tudo indica, não é um estado grave, mas potencialmente e confirmaremos isso ou iremos descartar nas próximas horas. Ela está completamente lúcida e como eu disse, relativamente bem e tenho certeza que em dois ou três dias poderá ir para o quarto. Nós preferimos pecar pelo excesso de cuidado do que a deixar em um quarto sem monitoramento.

Christopher assentiu e respirou fundo enquanto passava as mãos pelo rosto em uma tentativa de manter-se calmo para que pudesse absorver tudo aquilo.

Ucker: Eu posso vê-la? Poderei ficar com ela?

Médico: Na UTI não é permitido acompanhantes, mas devido ao estado emocional dela que está bem abalado e por estar demonstrando que realmente precisa de você, tentarei permitir a sua presença, ok? No momento estamos apenas com um paciente internado lá e ele está em coma e em isolamento, então acredito que será mais tranquilo conseguir essa permissão. Porém, saiba que se acontecer qualquer emergência com ela ou com o outro paciente, você será retirado como em qualquer outro quarto e se mais pacientes chegarem, será permitido apenas visitas curtas a ela. E a filha de vocês não tem permissão para entrar lá.

Ucker: Tudo bem. Agora eu posso ir vê-la? (perguntou angustiado)

Médico: Claro. Irei te acompanhar até o quarto aonde ela está e logo subiremos para a UTI. Pedimos para ela retirar as joias, mas ela se recusou a tirar uma delas, assim como a aliança e quer entregar diretamente para você então por favor, faça isso para que possamos ligar os monitores nela.

Christopher acompanhou o médico até o quarto aonde Dulce estava e assim que entrou no ambiente, não conteve o aperto em seu peito ao perceber o quão assustada ela estava e que parecia ainda mais debilitada em uma cama hospitalar.

Assim que o médico e a enfermeira que estava no quarto os deixou a sós, Christopher logo se aproximou dela e lhe deu um selinho demorado.

Ucker: Está se sentindo um pouco melhor agora?

Dul: Igual a antes. (forçou um sorriso) Vai ficar tudo bem.

Christopher assentiu concordando mesmo sabendo que aquela última frase fora mais para ela do que para si e sentou-se na beirada da cama, pegando a mão dela e dando um leve beijo ali.

Ucker: Preciso tirar a sua aliança, amor.

Dul: Eu odeio ter que tirar ela.

Ucker: Eu sei, mas tenho certeza que em breve ela estará aqui no seu dedo novamente.

Dul: Ela está ficando folgada. (murmurou) Nós podemos comprar um aparador para ela assim que eu sair daqui? Não quero ter que trocar as nossas alianças agora. Eu preciso voltar a ganhar peso.

Ucker: Claro. Vou procurar as mais bonitas para você e prometo deixar você escolher quantas quiser.

Dulce assentiu e tentou ao máximo lutar contra as lágrimas enquanto ele tirava o anel de noivado, a aliança e o colar de esmeralda de seu pescoço. Não gostava de ficar sem aquelas joias afinal era uma forma de ter o marido e os filhos sempre próximos e esperava que logo pudesse coloca-las novamente.

Christopher logo guardou as joias em um saco junto com as outras coisas dela e voltou a sentar na cama, lhe acariciando suavemente o rosto antes de unir sua mão com a dela novamente.

Ucker: O que você tem? Não venha de novo dizer que não é nada. Está num hospital e com incontáveis aparelhos prestes a serem ligados em você, Dulce. Por favor, pare de me esconder as coisas.

Dul: O que eu tenho? (resmungou) Tirando a grave anemia, a depressão profunda, as severas deficiências nutricionais que pioraram em dez dias e o fato de precisar de uma transfusão de sangue com quase urgência e estar indo para a UTI para verificar se o meu quadro não foi agravado?

Ucker: Que tal não se estressar e começar do começo? Comece me contando o que realmente te fez sair de casa. Sei que peguei pesado, mas você com certeza já estava pensando nisso muito antes.

Dul: Eu já te disse quando contei sobre a depressão, eu saí daqui porque achei que seria o melhor a se fazer, por mim e por vocês. Eu saí por realmente precisar cuidar do meu emocional e da minha saúde física e preferi privar vocês de sofrimento e principalmente privar Luna de me ver doente. Eu não estava bem desde o início das nossas brigas e você nem percebeu. Eu não queria estar falando isso porque não queria colocar mais esse peso em você, mas você fez com que eu me sentisse sozinha. Você virou as costas pra mim e nem sequer percebeu que tinha algo errado, mas não te culpo por isso porque eu também não me deixava demonstrar estar mal e não tinha como você perceber que eu escondia algo com tantas brigas acontecendo.

Ucker: E você não tem ideia do quanto me arrependo disso. Sem dúvidas é o meu maior arrependimento. Eu deveria ter cuidado de você... (murmurou com a voz embargada)

Dul: Eu sei, eu também me arrependo de muitas outras coisas, mas não consigo me arrepender completamente de ter abandonado vocês, de ter sido egoísta e de ter feito tudo da pior forma possível. Sinto muito. E não se culpe por algo que você jamais teria controle.

Ucker: E o que exatamente você tem? O que está escrito naquele laudo? Você estava doente quando saiu daqui?

Dul: Eu estava, eu estou e estarei para sempre doente... Você lembra que alguns meses antes de eu ir para a Itália eu estava fazendo exames com mais frequência?

Ucker: Sim, exames de rotina, não? Os que você sempre fez todos os anos.

Dul: Sim, mas também porque eu não estava me sentindo bem. Eu estava com muitas dores articulares, rigidez muscular, dores de cabeça e cada vez mais cansada, fora que eu também já estava sem apetite. Eu procurei um médico por isso e não por uma consulta de rotina. Perdi a conta de quantos exames eu fiz e de quantas doenças foram descartadas para então saber que eu tenho lúpus.

Ucker: Lúpus?

Dul: Sim, é uma doença autoimune e um pouco complicada de ser diagnosticada por não ter um exame especifico para isso e o meu caso pode afetar o corpo todo e não apenas a pele como acontece em algumas pessoas. A minha avó também tinha, então foi possível ter uma direção um pouco melhor para fazer os exames. Eu recebi o diagnóstico final um pouco antes de decidir ir para a Itália e lá procurei a opinião de outro médico. Aquele laudo em italiano é a confirmação de que eu realmente estou doente e de que possivelmente fibromialgia está associada ao meu caso.


...

E finalmente veio aí 🗣 

Nos próximos capítulos ela dará detalhes sobre isso tudo e veremos exatamente o que aconteceu quando ela foi contar pra ele quando soube do diagnóstico!

Acho que umas três pessoas só desconfiaram que poderia ser fibromialgia, porém esse é apenas um diagnóstico secundário, digamos assim e não o principal! 

Postei dois capítulos hoje, hein?! Não esqueçam de comentar e votar! 

Tu Amor - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora