Capítulo 61

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Assim que saíram da banheira, Christopher secou o corpo de Dulce com uma toalha e assim que a ajudou vestir um roupão, a levou até a cama e lhe entregou um comprimido e um copo de água.

Lhe preocupava ver o quão rápido ela havia piorado naquela última hora e esperava que o medicamento ajudasse a aliviar a dor que ela sentia ou acabaria levando-a para o hospital.

Dul: Eu prefiro vestir uma camisola. Não estou me sentindo confortável apenas com o roupão.

Christopher prontamente atendera o pedido dela e a ajudou a vestir a peça de seda, ajustando as alças da camisola ao perceber que estavam muito folgadas.

Ucker: Está um pouco grande, não?

Dul: Eu sei. Eu comprei essa camisola na Itália cerca de um mês antes de voltar pra cá. Emagreci mais um pouco nessas últimas semanas. (suspirou frustrada) Não ache que eu estou feliz por estar tão magra assim. Eu gosto sim de estar com o mesmo corpo de quando tinha 20 anos, mas já passou do ponto que eu gosto.

Ucker: Então é hora de começar a fazer algo pra mudar. Você escutou o que sua médica disse na quinta-feira, ou come mesmo sem fome ou terá que fazer uso de vitaminas intravenosas. Seu cabelo já está caindo bastante por conta dessas deficiências nutricionais. Não espere o pior acontecer pra tomar uma atitude.

Dulce assentiu concordando com ele e assim que deitara na cama, pediu para que ele deitasse ao seu lado, puxando-o para deitar em seu peito novamente.

Dul: Fica aqui. Deixa eu te fazer um carinho.

Ucker: Sou pesado, Dulce. Vou acabar te deixando com mais dores.

Dul: Eu já estou com dor mesmo e eu quero ficar assim com você. Por favor, fica aqui bem coladinho em mim.

Christopher logo acomodou melhor seu corpo sobre o dela de forma que não depositasse todo seu peso e fechou os olhos enquanto sentia ela começar a lhe acariciar os cabelos.

Saber que ela ocultava coisas começava a lhe tirar o sono e lhe estressar e assim que voltassem para casa estava decidido a questioná-la sobre o laudo médico que encontrara no computador dela. Ainda tinha medo de saber sobre aquilo e medo de como ela poderia reagir quando a colocasse contra a parede, mas não conseguia mais suportar ela ocultando coisas importantes.

Descansando com Dulce pelas próximas duas horas, Christopher saiu do quarto apenas ao escutar os pais e Luna voltarem.

Ucker: Se divertiu andando a cavalo, meu amor? (perguntou ao pegar a filha no colo)

Luna: Sim. (assentiu sorrindo animada) E nós podemos ir alimentar os patinhos agora?

Ucker: Nós podemos! O papai só vai pegar um tênis e nós já vamos.

Luna: A mamãe não vem?

Ucker: A mamãe está cansada e precisa ficar deitada um pouquinho. Outro dia ela vai conosco, ok?

Luna assentiu fazendo bico e Christopher beijou-lhe a testa ao perceber que ela estava prestes a chorar.

Ucker: Por que está chorando, amor? Está tudo bem.

Luna: Eu posso ver a mamãe? Eu quero ver se ela está bem.

Ucker: Claro. A mamãe está bem, filha. Ela está dormindo e precisa descansar um pouquinho. Só isso. Não precisa ficar nervosa.

Alexandra: Você precisa de ajuda, Christopher? Dulce precisa de alguma coisa?

Ucker: Não. Está tudo sob controle. Não se preocupe.

Forçando um sorriso para os pais ao perceber o olhar preocupado deles, Christopher logo caminhou com Luna até o quarto e a colocou na cama ao lado de Dulce.

Luna: Eu posso dar um beijinho nela? (perguntou baixinho enquanto passava a mão no rosto da mãe)

Ucker: Claro.

Tendo a autorização do pai, Luna logo se aproximou mais da mãe e lhe beijou carinhosamente a bochecha antes de voltar a lhe acariciar o rosto e cabelos, não contendo um gritinho de animação ao ver que ela começava a despertar.

Dul: Que jeito mais gostoso de acordar. (murmurou sonolenta enquanto sentia os carinhos da filha)

Luna: Você está bem, mamãe?

Dulce assentiu e a puxou para um abraço, beijando-lhe a testa e a abraçando contra seu peito.

Dul: A mamãe só precisava de uma soneca da tarde hoje. Estou bem e você está bem?

Luna: Eu estou.

Dul: E você se divertiu com a vovó e com o vovô?

Luna: Sim. O vovô me deixou dar uma cenoura para o cavalo e nós fomos ver os outros bichinhos.

Sorrindo ao ver que Dulce parecia melhor e que aceitava tranquilamente os carinhos da filha sem fazer qualquer careta de dor, Christopher deitou na cama deixando Luna entre eles e passou a escutar sobre o que a filha fizera com os avós.

Dul: E agora nós podemos alimentar os patinhos.

Luna: Você vai, mamãe?

Ucker: Melhor ficar descansando, amor.

Dul: Eu estou bem. O medicamento fez efeito e eu só precisava dormir um pouquinho. Eu vou me vestir e nós já vamos.

Christopher assentiu vendo-a levantar da cama e pegar uma roupa no guarda-roupas antes de ir até o banheiro e então voltou a atenção para Luna que deitara com a cabeça em seu peito e passara a acariciar seu rosto, reclamando toda vez que encostava na barba.

Luna: Por que arranha tanto? (resmungou e Christopher não conteve a risada)

Ucker: Você não se conforma né?

Luna: Hum? (franziu o cenho) Eu só não gosto, papai.

Ucker: Eu sei. Eu irei tirar, tá? Já chega de te arranhar.

Assim que Dulce se vestiu, os três saíram do quarto e caminharam juntos em direção a lagoa onde ficavam os patos que Luna tanto queria ver e logo Christopher se acomodou no banco enquanto olhava as duas alimentarem os animais e sorria ao ver a felicidade delas em fazerem aquilo.

Ainda estava preocupado com a esposa, mas tentava ao máximo afastar aquilo de seus pensamentos para que pudesse curtir melhor aqueles momentos ao lado das duas e deixaria para esclarecer aquele assunto assim que estivessem sozinhos em casa pois tinha a certeza que Dulce não contaria tão facilmente e não queria discutir com ela com os pais por perto.


...

Aproveitem bem esse capítulo e o próximo que são os últimos de paz antes do caos 🗣🗣

E concordam com ele? Ou algo vai acontecer e ela vai se obrigar a contar? 

Tu Amor - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora