Capítulo 43

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ATENÇÃO!!

ESTE CAPÍTULO PODE CAUSAR GATILHO EM PESSOAS MAIS SENSÍVEIS!!

NÃO CONTÉM CENAS DE VIOLÊNCIA, USO DE DROGAS ILEGAIS, MUTILAÇÃO OU COISAS DO TIPO, PORÉM CONTÉM MOMENTOS MAIS DEPRESSIVOS DE UMA DAS PERSONAGENS PRINCIPAIS!

SE ESTIVER TENDO UM DIA RUIM OU SE NÃO SE SENTIR CONFORTÁVEL, NÃO LEIA!

...

Achava que conseguiria controlar o estado emocional ao ter que contar tudo a Christopher, mas agora percebia que só havia adiado aquela crise choro. Queria ser forte para cuidar do marido que também estava fragilizado, mas sabia que não conseguiria e que uma hora acabaria desabando de novo.

Dul: Há um tempo eu não me senti tão mal pelo que aconteceu. Eu achei que eu estava indo bem, que eu estava conseguindo superar, mas eu estava enganada. (soluçou afundando seu rosto no ombro dela) Era para eu estar com o meu bebê nos braços agora...

Alexandra: Sinto muito, querida. Nenhuma mulher deveria passar por isso. Eu não consigo nem ter ideia da dor que vocês estão sentindo. Espero que aos poucos tudo se amenize e que consigam superar isso juntos. E você tem a mim e ao Christopher para se apoiar. Não guarde tudo para si, por favor.

Dul: Eu preciso ser forte por ele, Ale. Ele também precisa de mim e ficar chorando no ombro dele só vai deixa-lo pior.

Alexandra: E ele com certeza pensa o mesmo em relação a você. Vocês vão ter que resolver isso e não guardar todas essas emoções ou não vão conseguir voltar nem próximo do que eram. Aprendam a dividir o peso disso tudo ou vai continuar acontecendo o que estava acontecendo. Vocês são casados, completamente apaixonados e precisam um do outro.

Conversando por mais alguns minutos com a sogra, Dulce assim que dera um último abraço nela e conseguira se acalmar, seguira até o quarto da filha, sorrindo ao entrar no ambiente e vê-la deitada no chão do quarto junto com o pai e abraçada a ele e ao grande dinossauro de pelúcia enquanto conversavam.

Estar ali com eles era tudo o que precisava e o que a acalmava.

Luna: Arranha, papai. (resmungou ao passar a mão no rosto do pai)

Ucker: Um pouquinho.

Dul: Tenho um espaço aqui também ou o Rex ocupou o meu lugar de novo?

Luna: Claro que tem, mamãe.

Dulce deitou-se ao lado da filha e a puxou para seu peito, abraçando-a com força e beijando-lhe a testa enquanto Christopher as olhava atentamente.

Dul: Como foram os seus últimos dias?

Luna: O vovô me levou para andar de cavalo. Nós podemos ir juntas?

Dul: Nós podemos ir sim, meu amor. A vovó nos chamou para passar alguns dias lá e em breve você poderá me mostrar os novos animaizinhos da fazenda.

Luna: E vamos poder alimentar os patos?

Dul: Sem dúvidas. Vamos passar uns dias bem juntinhas na natureza.

Conversando e fazendo planos com a filha por mais alguns minutos, Luna logo fora chamada pela avó para o jantar e assim que ela saíra do quarto, Dulce fora puxada para os braços do marido.

Ucker: Como foi a conversa?

Dul: Fofoqueiro. (resmungou, fazendo-o rir) Estamos bem. Sua mãe é incrível e sempre tem bons conselhos, mas obviamente está chateada e eu não a julgo por isso. Eu errei muito.

Ucker: E você está bem?

Dul: Não, mas vou ficar.

Ucker: Estava chorando. (a acusou e a viu assentir) Luna não percebeu, mas eu te conheço bem.

Dul: Contei a Alexandra sobre a depressão e sobre o nosso bebezinho. A minha mãe sabe e acho que ela também merecia saber que teve mais um neto... Há muito tempo eu não chorava por isso, mas hoje não consegui controlar. Estaríamos com ele agora e ainda é difícil aceitar que ele nos deixou. (murmurou com a voz embargada) Não tivemos a oportunidade de conhecer o nosso filho.

Ucker: É um pouco rude e horrível de se escutar o que vou falar, mas eu prefiro assim. Não gostaria de conhece-lo e segundos depois não o ter mais. E você já passou por um procedimento difícil o suficiente, não iria aguentar termos que passar por todo o processo do parto, por todo o pós parto e ainda ver você sofrer por não ter nosso filho nos braços.

Dul: Eu no fundo também preferi dessa forma, só que é tão difícil aceitar isso...

Ucker: Eu sei. (sussurrou com a voz embargada) Ficaremos bem.

Dulce assentiu e sem mais conseguir controlar, deixou-se chorar junto com ele.

Estar nos braços dele era tudo o que precisava quando recebera a notícia do aborto e este era um dos principais motivos pelo qual se arrependia ao ter decidido fugir para a Itália. Precisava do marido e agora também precisava estar lá por ele.

Dul: Me desculpa por tudo. Se eu tivesse ficado aqui talvez tudo tivesse sido diferente.

Ucker: Não pense nisso, Dul. Não sabemos o que iria acontecer. Você não teve culpa de nada, meu amor.

Com Christopher conseguindo acalmá-la minutos mais tarde, ele levantou do tapete aonde estavam deitados e assim que ajudara ela a levantar, a puxou para um abraço novamente.

Ucker: Vamos, eu vou te levar para o hotel. Você precisa descansar... Não quer que eu fique lá com você essa noite?

Dul: Não. Eu quero ficar sozinha. E eu quero colocar Luna na cama antes de ir.

Ucker: Tudo bem. Então vai no nosso quarto e toma um banho quente enquanto isso. Coloca uma roupa confortável e se acalma um pouco.

Dulce fez o que o marido pedira e cerca de uma hora mais tarde, após ter conseguido se acalmar, voltou até o quarto da filha onde ela e Christopher escolhiam um livro para ler.

Lendo juntos uma história para Luna, assim que a filha adormecera, os dois voltaram até a sala e Dulce despediu-se dos sogros com um abraço.

Alexandra: Deveria ficar aqui essa noite, Dulce.

Dul: Não. Não queremos dormir juntos aqui pra não confundir Luna e eu quero ficar sozinha essa noite.

Alexandra: Liga se precisar, ok?

Minutos mais tarde, com Christopher estacionando o carro na entrada do hotel, os dois logo desceram do carro e assim que ele tirou a mala do carro, Dulce o puxou para um abraço.

Dul: Te amo, Chris. Obrigada por esses dias que passamos juntos. Foi importante para nós dois.

Ucker: Foi sim. (murmurou beijando-lhe a cabeça) E pensa no que eu te disse hoje, ok? Venho te ver amanhã de manhã. Vou deixar Luna no colégio e venho aqui pra te dar um beijo antes de você ir trabalhar.

Dul: Tá bem. Me liga se precisar.

Ucker: Você também. Fica bem e não esquece que eu te amo.

Christopher lhe deu um último selinho e vendo-a entrar no hotel, sentiu seu coração apertar. Sentia-se mal toda vez que precisava se despedir da esposa e odiava ter que dormir longe dela, principalmente depois daqueles dias que haviam compartilhado uma cama, mas ainda se fazia necessário e assim como ela, também queria passar um tempo sozinho para que pudesse assimilar melhor tudo o que acontecera naquelas últimas 24 horas.


...

Só pra saber, vocês acham que Dulce teve culpa em relação ao aborto ou aconteceu apenas porque era pra acontecer? 👀

E vai dar certo esses dois dormindo um longe do outro estando extremamente fragilizados? 👀

Tu Amor - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora