Capítulo 49

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Nos 3 dias que se seguiram, com Christopher passando aquela semana no hotel junto com Dulce e na sexta-feira com ela já se sentindo melhor e mesmo contrariada concordando em voltar para casa, ele a ajudou a arrumar as poucas que ela tinha ali e poucos minutos após terem feito check-out, chegavam em casa, sendo recebidos pela filha que prontamente pulara no colo da mãe e por Víctor e Alexandra que olhavam aquela cena.

Luna: Você voltou, mamãe.

Dul: Eu voltei, meu amor. (murmurou, apertando-a em seus braços) E agora irei ficar aqui com vocês.

Luna: É sério?

Dul: É sim. (assentiu, sorrindo ao vê-la sorrir animada)

Luna: E nós teremos mais tempo para brincar.

Dul: Nós teremos todo o tempo do mundo, filha. Eu vou ficar ainda mais agarradinha em você agora.

Ucker: E o papai e o Rex não ganham um abraço, não?

Passando Luna para os braços de Christopher, Dulce logo fora abraçada pela sogra.

Alexandra: Como você está, Dul?

Dul: Estou melhor agora. A dosagem do meu medicamento está sendo ajustada novamente e os próximos dias ainda poderão ser um pouco difíceis, mas com Christopher comigo ficará mais fácil passar por tudo isso.

Víctor: Se precisar de qualquer coisa, saiba que pode contar conosco, ok?

Dul: Eu sei. Obrigada por terem ficado com Luna essa semana.

Víctor: Não nos agradeça, Dul. Estávamos com saudades de passar um tempo com ela.

Minutos mais tarde, despedindo-se de Alexandra e Víctor, Dulce sentou-se no sofá com a filha em seu colo enquanto Christopher levava suas malas para o quarto.

Havia conseguido conversar por telefone com a filha todos aqueles dias e agradecia por ela não ter tido uma crise, mas sabia que ela estava abalada e que provavelmente ficaria ainda mais carente.

Dul: Com o que você quer brincar? Ou quer assistir?

Luna: Eu não quero brincar e nem assistir.

Dul: E você está se sentindo bem?

Luna: Sim, mas eu só quero ficar abraçada com você, mamãe.

Dul: Tudo bem então. Vamos ficar quietinhas aqui e terminar o nosso dia bem agarradinhas uma na outra.

Luna assentiu e deitou sua cabeça no peito da mãe, passando a brincar com o colar que ela tinha no pescoço enquanto sentia o carinho em seus cabelos.

Luna: Você está bem, mamãe?

Dul: Eu estou, filha. E estou feliz por saber que agora ficaremos ainda mais juntinhas.

Luna: Promete?

Dul: Prometo, Luna. Confie em mim, ok? Eu nunca mais vou embora, mas as vezes pode acontecer de eu me sentir um pouquinho cansada e vou precisar ficar quietinha. Só isso, ok?

Luna: Eu te amo.

Dul: Eu também te amo, bebê. Você é especial para mim. (sussurrou beijando-lhe a cabeça)

Passando aquelas próximas horas abraçada a filha visto que ela não queria soltá-la por nada, quando Dulce enfim a fizera dormir, seguiu para o quarto onde o marido estava deitado na cama e lia um livro.

Ucker: Ela dormiu? (perguntou ao vê-la entrar no closet)

Dul: Com muito custo. Quando ela vai ao psicólogo novamente?

Ucker: Na próxima semana. Por falar nisso, eu posso agendar a nossa terapia?

Dul: Pode.

Deixando o livro de lado e levantando para ir até ela, Christopher levou a mão a um dos bolsos de sua calça de moletom e tirou de lá um molho de chaves, entregando-o a ela.

Ucker: Essa são as suas chaves de casa agora. E caso precise, na gaveta da cozinha tem uma cópia com todas as chaves das portas daqui. Dos quartos, dos banheiros, do escritório, lavanderia...

Dul: Trocou todas mesmo, hein?

Ucker: Troquei e você teria feito o mesmo no meu lugar.

Dul: Sem dúvidas.

Ucker: E amor, eu gostaria de sair para jantar na segunda-feira. É o nosso aniversário de casamento, lembra? Apesar de já termos ido viajar, combinamos de não deixar passar em branco. Você está se sentindo bem para sairmos ou prefere fazer algo aqui em casa mesmo?

Dul: Vamos sair. Passamos a semana trancados naquele quarto de hotel e eu quero sair um pouco.

Ucker: Tá bem, mas se mudar de ideia e preferir ficar aqui me avisa, tá?

Dul: Não se preocupe.

Aproximando-se dele, Dulce lhe deu um selinho demorado, sorrindo ao sentir os braços dele a envolverem em um abraço apertado.

Ucker: É tão bom te ter aqui de novo.

Dul: Eu também estou feliz por estar aqui novamente.

Ucker: E você está se sentindo bem?

Dul: Eu estou. Obviamente não estou 100%, mas estou bem melhor que no começo da semana e estar com vocês melhora tudo. Você foi tão incrível nos últimos dias. Nunca vou cansar de agradecer os cuidados e a paciência que teve comigo.

Ucker: Não me agradeça, amor. Eu amo cuidar de você. (sussurrou beijando-lhe a testa) E mais tarde quem vai querer ser cuidado sou eu, ok? Vou querer uns beijinhos antes de dormirmos.

Dul: Só uns beijinhos é? (provocou, fazendo-o rir)

Ucker: Só beijinhos, safada. E uns carinhos também.

Dul: Tudo bem. Eu vou organizar as minhas coisas e já vou deitar com você.

Dulce rapidamente arrumara suas coisas e assim que vestiu uma camisola, deitou na cama ao lado do marido, sendo puxada para os braços dele e lhe dando um selinho.

Dul: Estava com saudades de estar aqui. Dos nossos carinhos, da nossa cama...

Ucker: Eu também estava com saudades. Foi horrível dormir sem você aqui por tanto tempo.

Dul: Amor, posso te perguntar uma coisa? (perguntou enquanto lhe acariciava o rosto)

Ucker: Claro. O que foi?

Dul: O que aconteceu com o porta-retratos que ficava na sua mesinha de cabeceira?

Ucker: Eu o quebrei alguns dias depois que você foi embora. (disse num murmúrio) Eu estava muito estressado e esgotado. Ainda não sabia como iria lidar com tudo sozinho e num surto de raiva acabei jogando-o em uma parede. A foto está guardada em uma gaveta lá do escritório.

Dul: E tudo bem por você se eu colocar essa foto aqui novamente?

Ucker: Claro. Eu ia colocar, mas não tive tempo de ir comprar um novo porta-retratos.

Conversando enquanto trocavam rápidos beijos e carinhos, Christopher logo viu Dulce adormecer. Estava feliz por estar com ela ali novamente e por saber que pela primeira vez depois de todos aqueles meses poderia dormir um pouco mais relaxado e que acordaria ao lado da esposa na casa na qual ela nunca deveria ter saído.

Ao longo daquela semana que passaram juntos no hotel haviam conseguido expor um pouco mais um ao outro como se sentiam em relação a perda do filho e conseguia perceber que a esposa já começava a se sentir mais leve em relação aquilo e que aos poucos realmente começava a melhorar, mas ainda sentia que ela escondia mais alguma coisa e naquele momento preferia não pensar muito naquilo. Não queria pressioná-la e vê-la mal novamente, mas sabia que em algum momento aquela conversa também teria que acontecer. 


...

E finalmente Dulce voltou para casa!! Vai ser o melhor para eles!

E a partir de agora teremos mais momentos dos três juntinhos 🥰

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