Capítulo 37

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Capítulo 37

No dia seguinte, durante o café da manhã, Marcus conversou com sua família.

__Então, pelo que aconteceu ontem, eu espero que você, Sonia, pare com essa perseguição injusta a sua irmã. – Estela que se mantinha calada, nesse instante abriu a boca para se manifestar.

__Pai, não precisa...

__Estela, você salvou o filho dela. O mínimo que ela poderia fazer era lhe agradecer.

__Ele é meu sobrinho e já o amo. – Estela confessou tirando um sorriso do rosto de Claudio e fazendo com que Sara corasse.

__Eu não a persigo. – Sonia Falou – Só não aceito que ela use esse tipo de... – ela se conteve não conseguindo completar a frase.

__Dom? – Marcus completou. __Sonia, Estela não é uma feiticeira, o que ela fez pelo Claudio, isso é um dom.

__Mas Nur condena pessoas como ela. – Estela segurou o garfo que usou para espetar um pedaço de mamão sem comê-lo.

__Como Nur pode condenar alguém que faz o bem?

__E como pode saber que ela só faz o bem? – Sonia perguntou desafiando o pai. Estela soltou o garfo no prato, fazendo barulho e atraindo a atenção para si.

__Ela está certa. – ela falou com voz sumida.

__Estela! – Marcus exclamou __Não cobre tanto de si mesma. O que aconteceu antes de controlar seus dons, não a tornam uma pessoa má ou amaldiçoada.

__Só o seu nascimento! – Sonia continuou __É filha de uma feiticeira, já nasceu condenada. Se ao menos renegasse esses... esses dons.

__É isso que quer Sonia? Estela perguntou. __Se eu o renegasse. Claudio talvez não estivesse aqui agora.

__É mãe, tia Estela me salvou. – Claudio defendeu a tia que já conquistou seu coração.

__Não se intrometa nos assuntos dos adultos Claudio, vá terminar seu café na cozinha. – Sonia ordenou e Claudio com expressão de desagrado se levantou e carregando seu prato, foi em direção a cozinha.

__Sonia, Estela tem razão. – diz Luciano tocando a mão da esposa sobre a mesa. __Não podemos condená-la pelo que fez enquanto estava com estranhos. O importante, - ele completou: __é como ela agirá de agora em diante. Não é mesmo Estela? – ele se voltou para a moça e lhe lançou um sorriso aparentemente inofensivo, ela assentiu com um leve mover de cabeça. Sonia calou-se dando a entender que concordava com o marido.

Então Marcus continuou:

__Estela, ontem a reunião que houve, - ele começou __não era só para apresentá-la aos nossos amigos.

__Eu sei pai, o objetivo era conseguir aliados ao seu candidato à sucessão. Marcus moveu-se inquieto, não achou que ela tivesse percebido, na verdade sabia muito pouco dos seus conhecimentos sobre a política no país. Vivendo com os rebeldes, era natural que discutissem esse tipo de questões com ela.

__Bom, com o que ocorreu...

__Estraguei tudo, eu sei, sinto muito. – ela disse com tristeza.

__Não, não! – ele falou com ênfase para animar-lhe. __Algumas pessoas realmente não entenderam e resolveram partir, mas tenho certeza que muitos ficaram curiosos e... bom, o que eu quero dizer é que talvez você tenha nos ajudado, sem querer.

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