Capítulo 50

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Capítulo 50


Não houveram eleições, após o Conselho Geral acusar publicamente Walfredo pelos crimes que cometera, Marcus os convenceu a promover novas eleições para daí a quatro meses. Qualquer um poderia se candidatar e o povo poderia votar, pela primeira vez em muitos anos.

Estela conseguiu reproduzir o antídoto com os resíduos contidos no frasco, e Claudio foi salvo. Sonia e seu filho foram viver na mansão do governador, depois da traição de Luciano, a separação foi inevitável.

__Ainda tenho pesadelos com aquele monstro – Sonia comentou enquanto arrumava uma mala com roupinhas de bebê.

__Vamos encontrá-lo! – Estela garantiu a irmã. __Sabemos que Walfredo está escondido em Salenas.

__Só terei paz quando ele estiver apodrecendo na Chapada. – Estela concordou com um mover de cabeça e se perdeu em pensamento. __Você está bem? – Sonia a inquiriu preocupada. __Tem estado tão quieta, e o mal estar? Já passou?

__Sim, sim passou. Eu devo ter comido algo que não me fez bem. – Estela respondeu de forma evasiva.

__É, com certeza foi isso! – Sonia falou e sorriu e a observou tocar de leve a barriga que tentava esconder.

__Por que continua com essa ideia de morar sozinha em Teldas? – Estela mudou o rumo da conversa. __Vai precisar da família por perto depois que a criança chegar.

__Papai vai voltar a Teldas após as eleições, eu não estarei sozinha.

__Falei de Luciano.

__Nunca mais confiarei nele novamente.

__Ele mudou. – Estela tentou convencê-la. __Aquele dia na torre, enquanto estava imobilizado e vendo-os em perigo, ele mudou, ele se arrependeu.

__Ele precisa provar que mudou. – Estela assentiu sem mais argumentos e se preparava para sair quando Claudio entrou no quarto em que estavam.

__Oi tia Estela. – ele a beijou no rosto.

__Oi meu amor.

__Vamos brincar essa noite? – Claudio a perguntou sobre suas brincadeiras de adivinhar; o menino, por alguma razão que Sonia não podia imaginar, podia "ver coisas", adivinhar pensamentos e Estela o estava ajudando a lidar com as novas descobertas.

__Hoje não Claudio, eu preciso sair. – ela acenou um adeusinho para a irmã e soprou um beijo para o sobrinho.

Estela usava uma blusa larga sobre a calça escondendo o ventre que começava a avolumar-se e ao passar diante do escritório do pai, o viu enquanto conversava com Adriel sobre a proximidade das eleições diretas, o candidato de Marcus passou a ser o preferido do povo, entre os rebeldes houve muitos pedidos para que Filipe aceitasse se candidatar, mas ele não aceitou e Hermínio assumiu o seu lugar.

__Vai sair? – ele perguntou quando ela estava chegando a porta, ao se voltar o viu parado a observá-la.

__Sim.

__E posso saber aonde vai?

__Eu conto quando voltar. – ela respondeu com um sorriso e seu pai fez uma expressão de preocupação. __Eu ficarei bem. - ela disse com um sorriso e saiu. Em frente à casa, enquanto colocava o capacete, Alan o segurança que mais simpatizava com ela se aproximou.

__Deveria ir de carro senhorita.

__Não vai chover Alan.

__Não é por isso. – ele falou e Estela franziu o espaço entre as sobrancelhas. __É mais seguro; lá fora, de moto, a senhorita fica muito exposta.

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