O legado de Stark (Wantasha+S/N)

Sem tempo para recuperação

Após contar tudo que eu sabia, aquela multidão, finalmente, me deixou descansar. Ao total, descobrimos sete poderes de capuz, o que é muito até para nós. Contei, também, sobre a presença maligna. Eles me contaram que há alguns humanos que ganham habilidade por possessões demoníacas e que podia ser o caso dele. Apesar da maioria não acreditar muito nessa hipótese, apenas eu sei o que eu senti. O vingadores, também, prometeram me ajudar com o treinamento do meu recém descoberto poder. Eu estava nervosa, após tudo o que sentia com Wanda e Capuz mas eu não iria desistir tão fácil, isso não está no meu DNA.

Levantei da maca me sentindo um pouco mais forte. Eu pretendia comer um imenso prato de qualquer coisa que tivesse na cozinha e depois iria praticar mas fui interrompida ao notar que eu não era a única da enfermaria. Me aproximo e logo reconheço o cabelo loiro. Natasha estava adormecida e havia soro escorrendo para suas veias. Sua barriga estava a mostra mas coberta por um curativo do tamanho da minha mão. Parecia ser sério. Parei na ponta da cama, tirando o prontuário de lá.

– Não lembro do Tony ser tão enxerido assim, pequena Stark. – A voz rouca de Natasha da assusta.

Sorrio para a mesma largando o prontuário no mesmo lugar onde estava.

– É o meu jeitinho, Romanoff. – Me aproximo. – Pode me responder algo honestamente? – Pergunto mais séria agora, estava preocupada. – Foi minha culpa? – Aponto com a cabeça para o ferimento. – Eu fiz isso?

Ela ri e faz força com os braços para se sentar,mas sua expressão de dor me pede ajuda, então a seguro e puxo para cima.

– Se você está perguntando se a culpa é sua, então não, não é. – Uma pequena pausa acontece. – Agora se está perguntando se foi você quem fez, a resposta é sim.

Droga! Mordo o lábio inferior com raiva. Eu sabia, sabia que ia acabar ferrando alguma coisa na missão. Minha tarefa era tão simples e eu nem ao menos consegui cumpri-la.

– Eu sinto muito, eu não... – A loira me interrompe.

– Eu sei, S/N, eu sei. Como eu disse, a culpa não é sua, é tudo novo para você e mesmo assim nós te colocamos em uma missão arriscada como aquela. – Sua expressão me dizia que estava envergonhada, mas eu não podia entender já que eu é que devia me sentir assim. – Acho que todos estamos com espectativas altas demais pelo fato de você ser filha do Tony e, às vezes, esquecemos que você descobriu sobre isso ainda hoje. Tá tudo bem, você não conseguir controlar ainda, para o seu primeiro dia você foi mais do que bem. Acredito que com o tempo você se tornará muito grande, S/N. – Ela sorri e da dois tapinhas no meu ombro. – Eu quero ajudá-la com isso. Vou treina-la. Seus poderes não são a minha área mas lutas sim. Vamos começar amanhã... Digo, hoje. Agora vá dormir que está quase amanhecendo.

Toda a adrenalina havia me deixado completamente sem sono mas se iria treinar quando o sol surgisse deveria dormir. Passo na cozinha, abro a geladeira mas logo a fecho, não havia nada que eu precisasse. Abro o freezer encontrando ali um pote de sorvete. Como um terço dele e então saio de lá para meu quarto.

...

Acordei no outro dia com batidas na porta. E pulei da cama para abri-la. Era Natasha e estava com uma expressão um tanto quanto impaciente.

– Hora do café? – Perguntei lhe dando espaço para entrar, afinal, ainda tinha que me arrumar antes de ir.

A Romanoff ri.

– Café da tarde, só se for. É quase quatro horas, S/N. Só não vim te acordar mais cedo, porque ontem foi um longo dia para você. – Ela diz, se sentando na cama enquanto eu pegava a primeira roupa que via em minha frente. – Por mais que seja uma tentação vê-la se trocando, eu não mudaria a roupa se fosse você, terá que botar uma especial para nosso treino, de qualquer forma.

Coro com seu comentário e largo a roupa de volta onde estava.

– Ok, mas eu preciso comer algo antes. – Digo e ela acente.

Saímos do quarto e fomos em direção a cozinha. Wanda estava em frente ao fogão, preparando algo que cheirava muito bem. Me aproximo com a barriga roncando para olhar dentro da panela. Mingau. E estava no ponto perfeito. A ruiva desligou a panela e olhou para mim e Natasha sorrindo.

– Estão servidas? – A Maximoff pergunta e eu e a loira acenamos pegando três pratinhos.

Wanda coloca certa quantidade em cada um e depois senta no balcão junto conosco para comer. Talvez fosse o fato de eu ter ficado cinco anos s comer nada, mas aquilo era a melhor coisa que eu já comi em toda minha vida. Minha boca se enchia de água a cada colherada. Nat parecia ter aprovado, também.

– Estou indo treinar a S/N, quer ir? – Pergunta a Romanoff terminando seu prato.

Wanda apenas acena com a boca cheia. Eu estava tão nervosa com o treino, nunca havia feito nada do tipo. O maior esforço físico que já fiz foi correr atrás das vacas fujonas no meio de um temporal.

– Na verdade, eu quero chamar alguém para ir junto. Acho que se começarmos a testar os poder da S/N com o Steve ela não sofrerá.

Arregalo os olhos apenas em pensar na possibilidade de sentir tudo aquilo outra vez. Meu estômago havia ficado embrulhado outra vez. Deixo de lado o prato com um resto de mingau que eu não conseguiria mais comer. Respiro fundo e me levanto de onde estava sentada.

– Eu vou conseguir.

Notas Finais: Será que S/N vai conseguir controlar os poderes de Steve?

(Não revisado, ainda)