O legado de Stark (Wantasha+S/N)

Descobertas

Algumas semanas se passaram desde que Natasha tinha armado para mim e Wanda. Algumas semanas desde que um novo mundo se abriu para mim, um mundo cheio de amor e afeto, um mundo onde eu poderia amar aquelas duas ruivinhas maravilhosas. Nossa relação estava muito boa, no começo o pessoal estranhou, alguns pareceram não aprovar muito, mas após algum tempo e conversa a maioria entendeu melhor a situação.

Minhas investigações na armadura do Stark estavam lentas, mexer com o multiverso era mais difícil do que a minha imaginação imaginava. Já tinha desistido, voltado, chorado, desistido mais uma vez, e após bons conselhos da mamãe, voltei a trabalhar com Banner e uma ajuda ocasional de Estranho.

Era segunda-feira, uma segunda preguiçosa e chuvosa, a qual eu não queria sair da cama. Me viro para o lado e abraço Natasha tentando ignorar as minhas responsabilidades do dia. Ela se mexe e murmura algo que não entendo.

-Que foi? - Pergunto.

-Não me canso de ver essa sua carinha toda amassada em minhas manhãs.

Rio para ela, dando uma leve cotovelada em sua barriga.

-Vocês acabaram de estragar o sonho lindo que eu estava tendo com sua falação matinal. - Wanda reclama do outro lado da cama.

Natasha se vira para ela e eu me ergo em meus cotovelos para ver seu rosto melhor.

-Qual era o sonho, bruxinha? - pergunto acariciando seus cabelos enquanto Natasha lhe dava um selar de bom dia.

-Estavamos nós três em uma casinha suburbana linda, com um jardim enorme, nós estávamos pegando um solzinho e nossos dois filhos brincavam no quintal. Depois eles puxaram a Nat para brincar junto, no começo ela recusou, mas logo acabou cedendo e pegando eles no colo como dois aviões.

-É bom saber que seus sonhos não são mais pesadelos MaxiWands.

-É… mas ainda sinto um vazio toda vez que acordo sem aquelas crianças. É difícil, às vezes.

Saio da minha posição confortável e me jogo por cima de Natasha para poder ficar mais perto da outra ruivinha. Junto seu rosto com as mãos e deixo um selar em sua testa.

-Você já tem duas pestinhas para cuidar e lidar, acho que por enquanto isso já é muito não? - Tento brincar mas sua expressão não parecia muito alegre. - Bom, vou deixar vocês voltarem a dormir. Preciso pegar a mamãe no aeroporto, depois da conferência e quero ver se descubro qual a equação que falta para que meu dispositivo de rastreamento vá para além das barreiras multiversais.

Tento me levantar mas Natasha me prende em seus braços e me puxa de volta para a cama, desta vez para o meio das duas ruivas.

-Não sem um beijo antes.

Ela aproxima seus lábios sem pressa alguma, aproveitando cada centímetro dos meus e para, deixa um selinho em Wanda e nos puxa para um beijo triplo. A ruiva mais nova parecia mais relaxada, após o afeto. Apesar de ainda estar me acostumando com todas as demonstrações físicas de amor de ambas, era bom tanto por mim, pelo que seus afetos me causavam, quanto por elas e a forma como pareciam mais leves após as carícias.

…

Era dez e meia e eu estava atrasada para pegar Pepper no aeroporto. Ela ia me matar. Estaciono o carro que tinha pegado emprestado da base e logo uma mulher loira, com traços extremamente semelhantes aos meus, entra no carro. Seu dedo indicador tocava o relógio enquanto seus olhos encaravam os meus com certa impaciência.

-Desculpa, eu… me distrai.

-Você anda muito "distraída" agora que estava com Wanda e Natasha, dona S/N.

Sorrio culpada para ela. Pepper e eu tivemos uma longa conversa sobre responsabilidade afetiva, ciúmes e como coisas assim podem machucar as pessoas quando contei sobre meu relacionamento com ela. Estava preocupada que uma menina do campo, que pouco contato social teve na vida, pudesse facilmente ser enganada ou ainda que eu pudesse machucar as meninas sem querer. Após a conversa, ela me abraçou e disse que por ela estava tudo bem desde que nós amassemos e nós fizéssemos felizes. Ela me abraçou e eu nunca fiquei tão aliviada por uma validação na minha vida inteira.

-É tudo tão estranho, às vezes, tão novo. Você sabe que sou uma pessoa curiosa, coisas desconhecidas me distraem facilmente. - brinco com a mais velha enquanto ligava o carro.

-Olha, eu sei que os primeiros meses são maravilhosos, muito amor, muito sexo…

-Mãe, não! Para! Não fizemos isso ainda e não quero ter essa conversa com você. - a interrompi no mesmo instante.

-Mas querida, isso é algo super normal, só queria dizer que…

-Não! Por favor e obrigada.

-Tudo bem, mas estou aqui caso queira conver…

-Ok, obrigada.

Ligo o rádio do carro em um volume considerável para abafar o constrangimento que estava sentindo.

…

Após deixar minha mãe sã e salva em casa, dar muitos beijinhos na Mogs que estava com a babá e prometer que voltaria para brincarmos outro dia, voltei para a base. Passei o resto do dia com Banner tentando encontrar a última equação que faltava. Até que cansamos. Decidimos para para tomar um café e esfriar a cabeça.

-Acho que nunca vamos conseguir mesmo. - Digo com a cabeça encostada na mão, desanimada, olhando para dentro do meu copo.

-A garota, não se desespere. Eu fiquei muito tempo pensando que nunca conseguiria controlar o Hulk mas vivemos bem melhor agora… - Ele bota a mão no meu ombro.- Toma, pega um biscoito, saco vazio não para em pé.

Bruce joga o biscoito para mim e o mesmo cai dentro da minha xícara de café, formando ondas… ondas… aquelas ondas… e se. Arregalou os olhos olhando fixamente para dentro do copo.

-Ei, desculpa, calculei mal o espaço. Não precisa ficar com essa cara, eu pego um outro café para…

Coloco o dedo na boca junto de um "shiu". Ele se cala.

Penso por mais alguma segundos e então largo a xícara e corro para o laboratório. Ouvi passos correndo atrás de mim, mas nem sequer virei para ver se era Benner me seguindo. Pego um pedaço de papel e escrevo rapidamente toda a equação de ondas e tração que passava em minha mente, com certas mudanças em escalas multiversais.

Assim que termino viro para trás, como eu esperava, lá está Benner. Levanto o papel em direção ao rosto dele e sua expressão facial vai mudando gradativamente conforme lê a fórmula. Ele imediatamente anda até o holograma que fizemos da armadura e começa a trabalhar.
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Notas Finais: Voltei!! Decidi deixar a história assim como está por ora, e continuar escrevendo vez ou outra. Tenho algumas planos legais vindo aí. Espero que gostem. Beijinhos e até.

(Não revisado, ainda)