O legado de Stark (Wantasha+S/N)

A saga do Infinito (pt.1)

Uma luz surge e outra vez estamos em um lugar desconhecido. Sem ar, eu não conseguia respirar, sentia cada membro do meu corpo enrigecendo e congelando. Olho desesperada para os outros que estavam na mesma situação que eu, exceto por Nebulosa. Meus olhos estavam se fechando quando respirei. Abri os olhos e toquei todo meu corpo, havia uma espécie de armadura em volta de mim. Todos estavam com armaduras do mesmo tipo.

– Ainda bem que sempre carrego algumas extras. – Tony riu.

Não queria manter aquele assunto, ouvir aquela voz tão familiar era sempre uma facada em meu peito. Olho ao redor, estávamos no meio do nada, no espaço e nem sinal da terra.

– Alguém sabe onde estamos? – Carter perguntou.

Um silêncio tomou conta do ambiente. Era horrível e assustador, um silêncio como eu nunca ouvira antes. Eu podia, literalmente, ouvir a respiração de todos. Nebulosa levantou sua mão.

– Meu universo. Meu avô, Thanos, está a procura das tais Joias do Infinito, ou talvez já tenha conseguido, não sei. – Ela parou por alguns segundos. – Mas não sei o que precisamos mudar.

– Nos conte sua história então, o que acontece se ele conseguir as jóias?  – Pediu o Estranho.

– Ele some com metade da universo por cinco anos, até que os vingadores de alguma forma trazem todos de volta e Thanos é eliminado do universo. Não me pergunte como, não me contaram essa parte da história... – Estava contando quando a ciborgue me interrompeu.

– Não! Do que você está falando? Thanos consegue sim as jóias e alguns heróis e seres cósmicos tentam derrota-lo, falhando. Eu consegui, por uma idiotice dele, eu peguei a manopla e tive poder infinito. Foi bom pelo tempo que durou mas perdi o controle... Não acredito que terei uma segunda chance e terei que deixar tudo como antes. – Ela abaixou a cabeça frustrada.

Todos permaneceram em silêncio. Eu tentei processar o quão diferente as realidades podiam ser, em meu universo as coisas não tinham sido assim, até onde sei.

– Então, para onde vamos, temos que nos mexer, não gosto deste lugar. – Disse Mística irritada.

...

Era um lugar completamente mórbido, cheirava mal e era frio, como uma cova. Estavamos escondidos mas era possível ouvir vozes. Uma voz grave falava com algumas outras mais agudas. Havia um gemido de dor, também, vindo de algum lugar.

– Eu lembro disso. Metade do universo já foi destruída, ele pretende dar um passo a frente agora e personificar o universo em si. É neste momento em que roubarei a manopla. Temos que observar e não deixar nada sair do curso.

Ficamos lá, ouvindo tudo com atenção. Algo estava acontecendo e não parecia bom. Então a voz grave gritou.

– Posso sentir vocês! Impostores! Impostores de outros mundos! Não conseguiram me deter, é tarde demais!

As estrelas pareciam se mover a nossa volta. O próprio planeta parecia se mover, ainda que nossos pés não saiam do lugar. De repente, houve silêncio. Tudo parou.

– NEBULOSA SE DISTANCIANDO DA BEIRA DO ESQUECIMENTO! – Era a voz da ciborgue.

– Eu estou com ela... Essa frase pareceu bem mais estranha ouvindo de fora... – Disse a Nebulosa que estava conosco.

Algo se abriu em nossa frente, um portal. Tony se apressou em perguntar se isso devia acontecer e Nebulosa negou, se pondo em posição de ataque. Uma espécie de titã de gelo saiu de lá com uma lança de gelo em mãos.

– São vocês que estão tentando mudar o destino que meu mestre, Immortus, preparou para esses universos? – A voz era fria e seca. – A consequência é a morte!

O titã começou a nós atacar, não havia emoções nele, eram só palavras proferidas e ataques, como uma marionete.

– Tem alguém aqui, devem estar querendo a manopla, também. – Droga, mais um problema, pelo jeito, a Nebulosa havia ouvido o titã.

– Eu, Carter e Tony vamos segura-la, vocês destruam o picolé aí. – Disse mística antes de sair correndo com os outros.

– Peguem-na e dêem para Thanos, é o único jeito do universo continuar como estava. – Nebulosa gritou antes de começar a atacar o titã.

Seguro o braços de Carter antes da mesma ir para longe. Ela me questiona com o olhar mas eu apenas digo para ela ir e começo a socar o monstro.

Ele parecia imbatível, se regenerava a cada golpe. Precisávamos de outro plano se quiséssemos vencer. Talvez de igual para igual eu pudesse vence-lo. Não sabia se conseguiria mas devia tentar. Passei por meus companheiros, indo em direção ao titã e o toquei antes de receber um soco de sua imensa mão. Logo que bati no chão já comecei a sentir as mudanças. Doía tanto, meus ossos pareciam se quebrar e se reconstruir dentro de mim e comecei a crescer. Virei uma titã de gelo em poucos segundos. O gigante me olhou assustado, sem parar de lutar. Ainda doía mas eu ia superar, levantei do chão de corri para cima de o empurrando para longo.

O homem de gelo levantou-se do chão mas ao contrário do que pensei ele não me atacou. Na verdade, se curvou. Ouvi um praguejar atrás de mim e me virei para ver. Um rosto enorme havia surgido no céu. Ele olhava diretamente para a Nebulosa que estava conosco.

– Porque está fazendo isso? Não deseja mais a glória e o poder? Está com medo de que seu destino seja pior se ficar com as jóias? Tola.

A ciborgue cerrava os dentes de raiva enquanto o olhava, mas se manteve em silêncio.

– Posso lhe garantir que nada de ruim lhe acontecerá se ficar ao meu lado. Eu sei de tudo, eu conheço cada variação. Você terá a glória que tanto merece. Escolha com sabedoria seu lado.

E então ele sumiu. Nebulosa estava paralisada. Todos estávamos. Não queríamos perder uma companheira, isso tornaria a batalha mais difícil.

– Desculpa. – Ela sussurrou antes de começar a correr para perto de sua outra eu.

Droga! Droga!

– Sn, consegue cuidar do gigante de gelo? Nós vamos atrás dela. – Perguntou Estranho.

Acenei positivamente. Eu não deixaria todo um universo ser destruído por eles.

Notas finais: Eu sei que não estou focando tanto na relação entre a S/N, a Nat e a Wands e eu queria saber se isso incomoda vcs... Mas antes de mais nada queria dizer que eu juro que quando a S/N voltar para casa terá muitas emoções entre as três. Até lá, juro fazer valer a pena.

(Não revisado, ainda)