O legado de Stark (Wantasha+S/N)

Erros

As missões continuaram mas nada da minha chegar, meu coração batia mais rápido sempre que pensava no que me aguardava. Todos tiveram que desistir de algo que amavam muito, todos tiveram que deixar algo importante para trás, aquilo inundava meus pensamentos. Pelo que achávamos ser a última vez, fomos transportados para um lugar diferente no tempo-espaço. Deveria ser o meu lugar mas eu não tinha a menor ideia de onde estávamos. Era frio e escuro, parecia ser algum lugar no espaço, outra vez, pensei que pudesse ser no futuro.

Logo ouvi vozes conhecidas, estendi a mão para que os outros ficassem parados e avisei que tentaria descobrir onde estávamos e o que deveríamos fazer antes de bolarmos um plano. Antes que eu pudesse sair de lá, ouvi um pequeno baque, o som de duas armaduras se chocando. Tony segurava meu braço metálico com sua mão metálica. Eu não podia ver sua expressão por mais que quisesse mas sua voz foi o suficiente.

- Cuidado pirralha, grita se precisar de ajuda que eu chego antes do que possa imaginar.

Eu sorri com olhos cheios de lágrimas e agradeci pela armadura encobrir meu rosto. Apenas acenei com a cabeça e saí de lá flutuando. Havia apena sum caminho para ir, eu subia e subia por entre as rochas até começar a ouvir vozes. Pude reconhece-las quando o som ficou mais nítido. Era Natasha e... Barton? Isso significava que eu não estava no futuro.

Me esgueirei pelo meio das rochas, escondida para tentar visualizar a cena. Nat estava estava e Clint de pé a sua frente, mas em poucos segundos as posições mudam. Nat se levanta e caminha até ele, havia uma preocupação tão grande no ar que eu podia sentir em meu ossos.

- Sem aquela jóia, bilhões de pessoa não voltarão. - A Romanoff fala. Mesmo de longe sua expressão parecia terrível.

- É... Acho que nós dois sabemos quem deve ir. - Barton vira seu olhar para o penhasco a frente e tudo começa a fazer sentido na minha mente.

Meu estômago parecia se embrulhar e meu coração acelerava tão rápido como nunca enquanto eu lembrava do relato que a Natasha do meu tempo me contou sobre alguém ter se sacrificado pelo mundo e por ela. Sobre Barton.

Suas cabeças se tocam, enquanto minha cabeça pensava em milhares de possibilidades. O que eu deveria fazer. Interromper agora? Jogar Barton do penhasco e reestabelecer a ordem do universo como me foi ordenado? Deixar que Natasha se vá e Clint volte para sua família? Não. Eu acho que não conseguiria deixar Nat ir, mas não poderia jamais matar Clint. Droga, o que eu faço. O que Tony faria? Talvez eu devesse chamá-lo, mas eu podia não ter tempo? O que minha mãe faria? Não importa, eu sei o que me pediram para fazer. Quando me dei conta minha mandíbula estava tão apertada que imaginei que mais um pouco e eu quebraria algum dente.

- Tá, venceu. - Diz Clint.

Não, não, espera, eu preciso de mais tempo. E então, ele derrubou a mesma no chão. Os dois estavam brigando, queriam se sacrificar um pelo outro. Suas famílias seriam salvas de qualquer forma, mas um estava disposto a morrer para que o outro continuasse. Minha lágrimas já não eram mais controladas por mim e escorriam molhando meu rosto. Natasha sai correndo em direção a queda e eu ligo os propulsores. Não podia ser vista, precisava esperar o momento certo e então resgata-la.

Clint atira uma flecha que a joga no chão mas assim que eu pisco os dois estão caindo direto para a morte. Merda, estava tudo errado, eu deveria ter impedido antes. Foram segundo, eu voei na velocidade máxima.

- É a minha hora. - A voz doce e trêmula de Nat proferiu as palavras que quebraram meu coração. - Eu tô tranquila.

Eu podia vê-los. Clint a segurava com força mas ela empurra os pés na parede de pedra, se soltando. Mais rápido, porra. Por favor. Sinto os dedos da minha máquina tocando seu pulso.

- Não vou deixá-la estragar está realidade, também!

A única coisa que vi foi o corpo de Natasha se afastando do meu e os alarmes de sistemas danificados. Aquela droga de gigante de gelo. Clint não sabia se olhava assustado para Nat ou para nós, mas logo deixei de vê-lo, também. Meu corpo fora jogado por muitos metros até bater um uma pedra. O gigante chegou em cima de mim em poucos minuto e socava a armadura com uma força a nível Hulk.

- Oh, seu merda. Vem mexer com alguém do seu tamanho. - Ouvi a voz do meu pai, antes de tudo ficar escuro.

...

Quando abri meus olhos, estávamos na sala no tal Vigia. Todos tinham olhares focados em mim e podia jurar que vi Tony sorrir ao me ver acordar.

- Que bom que acordou, ficamos todos preocupados. - Disse a Capitã com a mão em meu ombro.

- Na verdade, não podíamos ir pra casa sem que você acordasse. - Disse Mística revirando os olhos.

O Doutor apenas lança um olhar de reprovação para a azulada. Percebi então que os rostos não pareciam muito melhores ao saber que eu estava bem e lembrei de tudo.

- Eu não... - Mordo os lábios para controlar-me. - Não consegui salva-la, não é? Eu estraguei tudo e deixei a Nat morrer. - De repente um estalo vem em minha mente e eu me levanto afobada. - Merda, eu deixei a minha Nat morrer. Eu deixei ela morrer.

- "Minha Nat"? - Sussurrou Tony.

- Não se preocupe, nenhum de nós estávamos esperando um ataque daqueles, não após tantas missões sem que o gigante e Imortus aparecesse de novo. - Estranho tentou me tranquilizar.

Eu não podia acreditar. Eu apenas queria ter feito tudo certo. Queria voltar para casa e convidá-la para outro café, queria não recusar seu beijo. Enquanto me amaldiçoava o Vigia chegou.

- Eu não sei as consequências do seu erro, mas já está mais do que na hora de eu levá-los para casa. Fiquem prontos, posso precisar de vocês outra vez.

- Ei, eu disse que chegaria antes que você imaginasse. - Tony piscou para mim com um sorriso triste.

Antes que eu pudesse fazer perguntas ou me despedir, uma luz brilhante me cegou e quando recuperei a visão estava no que parecia meu quarto. Levantei da cama correndo e saí em direção ao quarto de Wanda. Ela não estava ali mas tudo estava tão diferente do dia anterior. Entrei no elevador e fui para o quarto de Nat, aqueles segundos na caixa de metal pareciam mais lento do que o normal. Abri a porta.

Nada... Não havia nada ali que fosse dela. As coisas de outra pessoa estavam ali, eu não reconhecia mas era um homem, pelo que eu podia ver. Merda. Merda. O que eu fiz? Corri para o primeiro andar e o prédio parecia vazio. Tentei como último recurso o laboratório.

Entrei correndo pela porta mas minhas pernas travaram quando vi minha mãe. Ela andava de um lado para o outro em frente a várias telas e Peter Parker mexia em algumas coisas. No sofá, logo atrás, Wanda Maximoff estava dormindo.

- Mãe! Eu fiz besteira. - Digo correndo para os braços dela que leva um susto ao ouvir minha voz.

- S/N! Santo senhor! Onde você esteve durante todos esses dias? Nós estávamos igual loucos atrás de você. - Ela dizia com lágrimas escorrendo enquanto apertava meu corpo com força contra o seu.

- S/N voltou! - Ouvir Peter dizer empolgado. - Wanda! A S/N está aqui!

(Não revisado, ainda)