Capítulo 13 (Júlio Duarte - 17 anos)

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Já se passou uns meses desde que aquilo aconteceu e o meu pai descobriu, foi o caos lá em casa quando ele nos apanhou no meu quarto, em pleno acontecimento e veio a saber que ela ficou grávida de mim. Ele percebeu que o filho não era dele porque fazia imenso tempo que eles tentavam e nunca aconteceu nada, e de repente, eu e a tia Sara aconteceu e ela engravidou. Fiquei com muita raiva porque ela que andava a trair o meu pai comigo e teve o desplante de engravidar, mas o meu pai culpou-me a mim pelo que aconteceu e não viu que ela que é a rameira e deveria ter sido uma esposa decente. Ela que se pôs debaixo da minha cama e me seduziu, engravidou sem eu querer e queria culpar-me pelo que aconteceu, como se eu que tivesse culpa dela trair o meu pai comigo.

Quando ele me expulsou, fiquei cego de ódio e senti as veias explodirem de tão nervoso que estava, esmurrei a porta como se a conseguisse abrir e a pingar suor jurei todo o mal contra eles. Ele tinha preferido a ela do que ao próprio filho, acusei-o de ser um idiota cornudo e que ela iria trai-lo de novo com outro e que a mãe tinha morrido de desgosto por causa dele. Gritei e berrei com um ódio profundo, queria esmurrá-lo e fazê-la pagar por ter virado um pai contra um filho. Estava metade da rua a assistir ao espetáculo e eu decidi gritar todas as verdades, deixá-los com vergonha de sair à rua e chorei mediocremente, deitei-me no chão em sinal de desgosto e fiz uma cena de "coitadinho". As pessoas aproximaram-se de mim e abraçaram-me enquanto eles só assistiam da janela, vi as pessoas olharem-nos com raiva e vergonha, por isso, eles esconderam-se por trás das cortinas de casa.

Foi uma senhora que me acolheu na sua casa, infelizmente a casa é bastante antiga e com várias infiltrações, algum musgo verde nos cantos do teto, mas a senhora não tem culpa porque é bastante idosa e não fazer certas limpezas, está sozinha. Deitei-me no sofá com uma pequena manta enquanto o frio é mera temperatura e o importante são os meus planos, pus os braços por trás da cabeça e jurei que iria vingar-me deles nem que morresse a fazê-lo. O ódio incorporou no meu peito e encontrei um foco na minha vida, iria encontrar uma forma de estragar a reputação deles. Olhei para o lado e vi o replay do que aconteceu...

Como numa das outras noites, ela veio ter comigo enquanto o meu pai dormia, ela esperava pela madrugada para sair e vir ter comigo, entrava sem bater e já sabia que a esperava. Ela trazia camisa de dormir rosa claro tipo acetinado e aquilo movia-se a cada passo dela, mostrado as formas sensuais dela, mas também a pequena barriga que aparecia da gravidez. Eu quis parar por causa da gravidez, mas ela disse que não faria mal e ela vinha sensual, com os seus olhares penetrantes e os toques quentes. Eu acabava por cair e acostumei-me com a barriguinha de grávida dela, pelo menos, ela ganhou outro corpo mais preenchido e cheiro de curvas.

Beijámo-nos como sempre, os lábios dela eram mel e uma perdição, por isso, rapidamente fiquei louco para a ter na minha cama. As minhas mãos percorriam-na e já sabiam que ela não trazia cuecas para ser mais rápido, mal lhe tocava ela gemia nos meus lábios e isso deixava-me com ainda mais vontade. Ela puxou os boxers para baixo e sentou-se em cima de mim, senti-me preenchido pelo corpo dela e a respiração ficou quente nos meus lábios, os beijos eram tão quentes e tão doces, tão proibidos... Estávamos tão habituados a estar sozinhos que nem nos contivemos e quando demos conta, era tarde demais.

Infelizmente, ninguém previu que ele iria levantar-se para ir beber água e iria perceber a falta dela e começar a procurá-la. Estava tão divertido em colocá-la submissa sobre as minhas vontades, preso naquela sensação de poder e prazer, perdi-me nas palavras do diabo que me deu uma segurança falsa, mas de repente, olhei para o lado e vi-o ali na porta assistindo a tudo como se fosse um filme. Fiquei gelado e dormente, e ela olhou para mim e depois para a porta, onde viu o meu pai na porta perplexo e desfeito. Por segundos, o tempo tornou-se intemporal e tudo não passou de um filme horrível com um final triste...

O Amor e a Morte, vencem o mais forte (Edição Especial)Onde histórias criam vida. Descubra agora