BEIJE - ME AGORA!

CAPITULO UM

Ser virgem não era lá muito divertido...

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Mas Gulf Kanawut estava prestes a mudar isso, não estava? A única dúvida era como ele conseguiria alguém para ajudá-lo a se livrar daquele cinto de castidade. A verdade era que as possibilidades de escolha eram bastante limitadas.

Da vitrine de sua confeitaria, Gulf observava os cidadãos de Bangkok aproveitando a bela manhã de primavera. Com olhos atentos, ele examinou apenas os homens que caminhavam entre a multidão, na rua principal grande e cheia.

Trevo passou correndo em seu skate. Uma graça, mas tinha apenas 18 anos pelo amor de Deus! O garoto empinou o skate, dobrou a rua e desapareceu.

Long, 60 anos e ativo até demais, parou para cumprimentar as pessoas... ele estava concorrendo ao cargo de prefeito.

Mew Suppasit , Gulf suspirou. Não. O olhar do Gulf ainda se demorou um instante sobre ele, enquanto o homem descia a rua em direção a sorveteira. Mew era alto e estava usando jeans e uma camisa vermelha escura com alguns botões abertos e de manga longa. Estava de tênis, o cabelo escuro desalinhado pela brisa que soprava e Gulf sabia mesmo sem poder ver que os olhos pretos estariam semicerrados. Desconfiado... Diabos a única pessoa que o Mew confia era Natasha, sua filha de 5 anos. Nesse exato momento, a garotinha saiu correndo na direção do pai e agarrou a mão dele. Mew abaixou os olhos e presenteou a filha com um dos seus raros sorrisos de tirar o fôlego.

- Quem diria!! - Murmurou Gulf. - Quando finalmente estou pronto para “dar o grande passo", não há ninguém disponível.

Quando, no ensino médio, Gulf tomou a decisão de se manter virgem até se casar, naquela época ele pensou ser a coisa mais inteligente a se fazer. Mas Gulf nunca pensou que iria chegar aos seus 28 anos virgem!!

Gulf imaginou que quando se formasse na faculdade, encontraria o seu príncipe encantado e se casaria com ele. Sonhos bem antiquados ele reconhecia, mas afinal era nascido e criado na Tailândia, mais precisamente em Bangkok.

Portanto, ali estava Gulf onze anos após ter se formado no ensino médio, tão puro quanto no dia em que nasceu. Durante os anos, Gulf se agarrou ao juramento que fizera. Suas duas irmãs mais novas estavam casadas, cada uma com um bebê. Gulf repetia para si mesmo, várias vezes, que o homem certo iria aparecer. Mas a verdade é que, ultimamente, começou a duvidar disso.

Mas o detonador para aquele ímpeto de acabar de vez com essa história de virgindade havia adentrado na confeitaria de Gulf.

Becky ia se casar.

A garotinha que Gulf tomava conta foi encomendar o seu bolo de casamento.

Foi então que Gulf se perguntou para quem ele estava se guardando. Do jeito que estava indo ele ia morrer solteiro e virgem.

Deprimente.

Por isso Gulf agora estava tão determinado a deixar para trás essa marca da pureza.

Afinal, quanto um homem conseguia aguentar?