CAPÍTULO DOIS

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Mew Suppasit estava tomando um drink e dizendo para si mesmo que comparecer àquele casamento seria bom para os negócios. Em uma cidade do tamanho de Bangkok, não valia a pena se indispor com nenhum cliente em potencial. Além do mais, ele não podia se esconder para sempre em seu rancho. Precisava pensar em Natasha.

Gostasse ele ou não, ela ia crescer.

Mas Buda sabia que se tivesse escolha, dificilmente sairia do rancho para ir até a cidade ficar de conversa fiada.

Bom, eu sou bi e essa é uma das razões pelas quais a minha ex–esposa me deixou. Vicky se divorciou de mim.

Não vá por esse caminho, Mew alertou a si mesmo, silenciosamente.

Não comece a pensar em Vicky e no erro que foi aquele casamento. Diabos, já não me sentia infeliz o bastante?

Mew tomou mais um gole da sua bebida, apoiou o ombro contra uma parede e, para se distrair, deu uma olhada na multidão que se espalhava pelo salão de festa.

Quase que no mesmo instante, seu olhar se fixou em Gulf Kanawut. Bem.... ali estava uma distração e tanto.

O olhar dele percorreu do topo do cabelo perfeitamente arrumado, descendo pelas curvas que ele tinha, sob aquelas roupas que ele usava e estava sexy, até chegar às ponta dos sapatos.

Mew estava acostumado ao vê-lo parado atrás do balcão da confeitaria dando cookies para as crianças e passando as mãos pelo cabelo e sujando tudo.

Mas naquela noite Gulf estava diferente. Mew segurou com força a taça que estava com a bebida e quando deu outro gole ele precisou forçar o líquido a descer pela garganta, subitamente apertada.

Diabos... ele estava lindo. O cabelo preto estava mais escuro e as mechas caíam no seu rosto. Os olhos cor de mel pareciam mais misteriosos, coxas firmes que a calça deixava um pouco marcadas. Quem teria imaginado que por trás do uniforme habitual de avental, jeans e camiseta se escondia um homem tão interessante?

Mew observou quando Gulf andava em meio à multidão, rindo, conversando... bebendo. Seus passos eram um pouco instáveis e ele parecia que ia cair e depois arrumava o corpo novamente enquanto vinha em minha direção.

- O salão está se inclinando? - Perguntou Gulf chegando mais perto.

Gulf parou de repente, ergueu o queixo e entre cerrou os olhos para olhar melhor para Mew. Gulf piscou tentando clarear a visão. Mas não adiantou. Mew Suppasit definitivamente não tinha um, mas dois belos rostos. E quanto mais Gulf tentava vê-los mais borrados eles pareciam. Por fim, Gulf desistiu.

Talvez não devesse ter tomado a última marguerita, Gulf pensou, sentindo um rubor quente colorir seu rosto.

- Olá Mew.  - Disse Gulf em um só fôlego.

- E não, o salão não está se inclinando. Talvez apenas oscilando um pouco. Gulf estreitou os olhos e encerrou-se de cima a baixo.

- Estou surpreso por vê-lo aqui.

- A cidade toda está aqui.

BEIJE - ME AGORA!Onde histórias criam vida. Descubra agora