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LOS ANGELES
JULLY HOLDER

Eram três horas da manhã e eu ainda não consigo dormir. Quando escuto meu celular tocando.

Decido atender:

-Jully. Desculpa ter te acordado se você estava dormindo. É o Quinton.

-Oi Quinton. Precisa de alguma coisa?

-Eu preciso do seu abraço.-Então percebo que ele estava chorando.

-Quinton eu não posso sair de casa agora. Meu pai me colocou de castigo.

-Por favor. Eu preciso. Você disse que quando eu precisasse do seu abraço, você me daria ele.

Seria muito louco, eu chamar um garoto que eu conheci antes de ontem para a minha casa, só porque ele precisa de um abraço? Sim, mas acho que vou fazer isso.

-Quinton, venha para a minha casa. Eu vou te passar o endereço por mensagem. Quando chegar vá para os fundos, vou te esperar lá, não faça muito barulho com o carro.

-Tá certo, obrigado. Se você morar em condomínio, liga para me liberarem na portaria.-Ele diz e desliga.

Eu moro em um condomínio de casas. Então liguei para a portaria e pedi para que liberassem a entrada dele. Se meu pai descobrir eu estou morta, mas eu quero muito ajudar o Quinton. Por que? Eu não sei.

Logo eu desço e vou para a porta dos fundos.

Quando passou uns dez minutos, escuto alguém batendo na porta.

Abro a porta e nem dá tempo eu falar nada, ele já me abraça. E começa a chorar muito.

-Meu pai me bateu, é a primeira vez que ele faz isso.-Ele diz. Então retribuo o abraço.

-Sinto muito.-Digo

-A minha mãe não fez nada. Ela apenas ficava olhando e chorando. Por que ela não faz nada? Eu sou um filho horrível.

-Minha mãe também é assim. Nossas famílias tem muito em comum.

-Desculpa eu nem te perguntei como você tava. Como foi com a sua família?

-Terrível. Meu pai descobriu que eu não fui para a escola, viu que eu peguei o carro dele e ainda dirigi sem carteira.

-Sinto muito.-Ele diz e apoia o seu queixo na minha cabeça. Ele é muito mais alto.-Desculpa ter feito você fazer isso. Não faz nem uma semana que você me conhece.

-Eu tô gostando de fazer isso com você.

Eu digo e ficamos naquele abraço apertado.

Passamos uma hora naquele abraço.

-Jully, acho melhor eu ir embora. Já são 4 horas.

-Tudo bem.

Ele separa um pouco do abraço, coloca suas mãos em meu rosto e fica acariciando, enquanto estou com minhas mãos na cintura dele.

-Obrigado. Muito obrigado mesmo. Isso foi muito importante para mim.

-De nada. Obrigado também.

Então ele deixa um beijo na minha testa e eu solto ele.

-Até mais tarde na escola.

-Até mais tarde.

Então ele vai embora. Quando chegou no meu quarto deito na minha cama e dou um sorriso.

🤘🖤

NEVER-Quinton GriggsOnde histórias criam vida. Descubra agora