12° Capítulo. Pequenas coisas.

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12° Capítulo.

Pequenas coisas.


Felipe.

Ela está abraçada a mim no sofá da sala da minha casa, minha filha e o filho dela estão no quarto fazendo um acampamento com almofadas e cobertores e luzes de natal, minha mãe está conosco vendo o capítulo da Usurpadora, minha irmã fazendo pipoca na cozinha e, eu me sinto tão bem que as vezes penso que vou acordar na minha antiga casa ao lado de uma mulher que eu odeio vivendo uma vida vazia. –Filho, pede um açaí para as crianças. –Ela disse de forma como quem não ligasse, mas era nítido  quem queria na realidade.

–Vou pedir mainha, acho que vou querer um frango também, o que você acha pequena? –Ela desgruda de mim para olhar melhor para o meu rosto.

–Uma porção de fritas vai bem também. –Aquelas cozinhas são irresistíveis, eu tive que morder suas bochechas.

–Quero ver essa empolgação amanhã quando voltarmos para a academia. –Belisco sua cintura a fazendo soltar um gritinho, ela sempre foi muito sensível na cintura, fazer cócegas nela é sempre divertido. –Só quero que aquele Lucas se mantenha no lugar dele, o cara não aquenta te ver...

–Querido, ele só muito simpático... –Ela sempre é muito envergonhada quando alguém diz que ela chama a atenção, no início eu achava bonitinho..., mas quando eu percebi que ela era assim porque tinha pouco alta-estima para ver o quanto ela é linda e desejável parei de pensar assim, por isso estou sempre elogiando e dizendo o quanto ela me deixa louco.

–Pequena eu sei que sempre pensa que ele só está sendo gentil, mas ele é um fura olho cretino, o cara antes da gente namorar sempre estava me pedindo para eu "ajeitar" as coisas entre vocês, não sei quantas vezes tive que me controlar para não arrancar a cabeça dele.

–Querido, pede logo a comida... –Olhando seu rosto pude ver o constrangimento de ser a atração, minha mãe e irmã estavam sentadas com aquele sorrisinho estranho no rosto como se fossemos mais interessantes do que ver a Paola Brechó chantagear a irmã para trocarem de lugar.

Beijo seus lábios de forma rápida me levantando indo buscar meu celular que estava carregando no quarto, quando eu passo em frente ao quarto das crianças e acabo ouvindo uma conversa muito interessante. –Rafinha quero dizer a chata da Aline que vou ter uma mãe logo, logo, odeio quando ela fica dizendo que não tenho mãe.

–Não liga para ela, Aline é burrinha como da moça do pão que sempre quer saber se seu pai tem namorada, nós somos irmãos e, eu vou cuidar de você e eu empresto minha mãe para você. –Ela abre um sorriso largo como nunca abriu quando estávamos em São Paulo.

Eles começaram a brincar e eu ainda estava ali admirando eles, sinto os dedos dela acariciando meu ombro e olhando eles brincando, ela tinha olhos vermelhos e era por uma bobagem... bobagem que já havia ouvido antes, mas que ... sempre pega tão forte com o nosso emocional, minha filha estava desabrochando tanto que sinto que estou descobrindo-a pela primeira vez. –Ela é tão forte querido...

–Verdade... ela sempre foi. –Eles finalmente percebem a nossa presença e se viram para nós sorrindo. –Hey pessoinhas! O que acham de um açaí e frango frito?

–Eita! Quero batata frita também! –Grita Lú jogando as almofadas, Rafinha corre em direção a Katharine e abraça as pernas dela.

–Vamos comer frango frito? Coxinha empanada? –Ele tinha aquele lindo sorriso que a fazia sorrir e iluminar meu coração e me fazer sentir coisas por ela que eu nem sabia que era possível.

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