Minha sorte é você.

15°Capítulo. Say I Do!

15° Capítulo.

Say I Do

Felipe.

Eu nunca pensei que na minha idade poderia sofrer de medo, digo o verdadeiro sentindo do medo... quando aquela mulher apareceu no portão da casa de Katharine eu não podia sentir meu corpo, tudo em mim era feito de ar e eu não me sentia dentro de mim, como ela ousava aparecer na frente de Lucia? Como ela ousava sorrir para mim como se tudo estivesse bem... eu estava lívido.

Mas quando minha mulher apareceu e disse todas aquelas coisas para Brenda, quando ela defendeu Lucia como se ela tivesse saído dela, eu tive a certeza de que levaria aquela mulher ao altar e casar com ela.

Ela estava de pé quase histérica gritando na cozinha sendo acompanhada pela minha mãe e Julia, todas elas estavam gritando tanto que me sentia sentado no estádio ouvindo uns palavrões que nunca tinha ouvido na minha vida, andavam de um lado para o outro e mexendo energicamente os braços, Brenda teve até a última geração caluniada e xingada, elas nem mesmo se importaram com as crianças rindo toda vez que Juliana chamava minha ex-esposa de cria do cruz-credo com Urubu comedor de carniça, as crianças já estavam mais calmas, mas estavam todas juntas sendo alimentadas com balas e sorvete, eu estava com elas tentando colocar o meu psicológico no lugar assistindo filmes da Disney com os meus pequenos.

Bernardo desde que o advogado e aquela mulher foram embora ficou no telefone, está cobrando favores, seu trabalho é agressivo, eu não sabia que seu nome era tão grande assim, mas a minha maior surpresa foi saber que Katharine era tão influente e tão conhecido, não somente por causa de Daniel, mas sim por causa da grande profissional que ela é, ao acabar aquela confusão quando entramos ela entrou em contato com seus "conhecidos" e imediatamente Bernardo recebeu ligações para lidar com o meu caso, eu me sentia uma estrela do Rock, nunca vi meu nome ser citado tantas vezes.

–Eu quero me casar com você... –Digo alisando seu braço que estava grudado a mim, eu não quero mais ter que esperar para sermos uma família, para termos mais filhos, para poder chegar em casa e brigar com ela sobre futebol, quero sentir seu calor ao dormir e ver seu rosto ao acordar. –O que acha? –Ela se levantou e com um olhar incrédulo, logo seus olhos ficaram vermelhos. –Diga alguma coisa querida.

–Quando? –Ela sussurrou para mim.

–Quando o que? –Alisei seu rosto vermelho.

–Quando podemos casar? –Seus dedos trêmulos tocaram o meu rosto, então eu notei que estava também chorando.

–Isso é um sim? –Ela balançou sua cabeça me abraçando, beijei aqueles lábios com adoração, tomo seu rosto em minhas mãos admirando seus olhos. –Está feliz?

–Eu estou muito feliz, mas com raiva também... –O Fico meio surpreso, ela tem as bochechas infladas e um lindo biquinho. –Como você me pede em casamento assim? Eu vestida com essa camisa furada, com os cabelos desarrumados, nos dois estávamos fazendo uma faxina não tem nem cinco minutos homem!

Solto uma gargalhada alta a puxando para perto de mim. –Aí amor, não faz essa carinha, seja vestida de seda ou com um saco de batatas, eu sempre vou achar você a mulher mais linda do mundo, eu te amo e, um dia vamos falar sobre esse pedido aos nossos netos com um sorriso lindo no rosto.

Ela estava com os olhos vermelhos, ela sentou em meu colo me dando um beijo agridoce, ele tinha gosto um gosto salgado devido as suas lagrimas e adocicado devido a sua ternura ao mostrar seus sentimentos por mim, segurando sua cintura e suas costas o ritmo nos nossos corações já eram o mesmo, nossa respiração era a mesma. –Eu quero mais, mais que só seus beijos, mais que promessas... eu quero te fazer esquecer seu nome de tanto que chama pelo meu.