Sem ar

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Depois do beijo que trocamos e das sensações que correram livres pelo meu corpo, Magnus tomou minha mão e me levou de volta para o seu carro, entregou as chaves da casa e saímos em direção ao centro de Forks. Ele tinha um sorriso bonito no rosto, uma aura brilhante que o deixava encantadoramente mais atraente do que antes. Eu não fui capaz de dizer nenhuma palavra ainda grogue pelo beijo e confusa com a nossa aproximação repentina.

Sim, eu sempre fui apaixonada pela lembrança do homem que foi gentil e conversou comigo por cinco minutos escondido na cozinha da casa de Vince. Ele sempre habitou os meus sonhos mais profundos e sempre esteve em minha memória. Mas agora ele está aqui, do meu lado e de vez enquanto seus olhos caem sobre mim como se estivesse se certificando que eu também estou aqui. Não tenho nenhuma ideia de como agir a partir desse ponto. Magnus Black, seu nome é tão forte quanto ele aparenta ser. Me recordo de como ele fez soar seu nome quando nos conhecemos naquela noite; os meus pelos se arrepiaram e meu coração pulou uma batida.

— Você parede estar em choque. — Ele mantém seus olhos na estrada, algumas casas ficaram para trás conforme passamos com o carro. Magnus dirige com maestria. — Está tudo bem?

— Está, eu acho. — Dou de ombros tentando me convencer de que estava tudo bem. Tinha de estar, afinal de contas eu não sou mais uma garotinha. Eu deveria saber lidar com um beijo e uma declaração de forma madura.

— Sinto muito se fui muito direto. — Sua voz é apologética. Ele agora está se culpando pelo beijo que demos e aquilo me incomodou. Não era pra ser assim, eu não deveria agir daquela forma. Eu estava atônita, mas foi só um beijo.

— Não. — Toco seu braço de leve, olhando para o seu perfil com a mandíbula contraída. — Eu gostei. Quero dizer, eu... gosto. — Ele pareceu relaxar um pouco, suas mãos não estavam mais apertando o volante com tanta força. — Você só me pegou de surpresa. — Confesso.

— Eu sei, não estava planejando nada disso. Tudo o que sempre desejei foi te ajudar acima de tudo. Mas, dadas circustância, não pude negar o quanto você me afeta.

— Você está me dizendo que tem uma queda por mim? — Tento soar brincalhona, mas não sei se saiu como esperado. Magnus continua tendo, sua expressão dura. — Bom, eu sempre tive uma queda pelo cara que conheci há dez anos. — Conto o meu segredo para ele, não sendo capaz de segurar dentro. Ele para o carro em frente a um restaurante pequeno e charmoso no centro comercial de Forks.

— Eu ainda sou aquele cara.

Sim. Ao que tudo indica ele não mudou nada. Tirando o seu tamanho e seus músculos, algumas - poucas - linhas de expressão e o cabelo maior, ele não tinha mudado nada. Eu só me pergunto como fui capaz de esquecer seu nome; é tão marcante e imponente. Digno dele.

— Eu acho que ainda sou aquela garota também. — Envio a ele um sorriso sincero. Chegou até os olhos e sinto as minhas bochechas esquentarem. Magnus toca a ponta do seu dedo indicador nas juntas da minha mão em cima do banco, bem próximo da minha coxa. Eu sinto a quentura da sua pele e parece que ela atravessa o meu jeans. É absurdamente surreal.

— Eu fico feliz de ouvir isso. Mas, agora estou faminto. Não fui capaz de colocar nada para dentro desde que cheguei em Forks. Nem mesmo a comida de Emily foi capaz de me despertar, no entanto... — Ele olhou para fora na da janela, onde a porta do restaurante tinha uma placa pintada dizendo Aberto.

Eu aceitei a sua proposta sabendo que os biscoitos que Emily me deu e a pouca ingestão de alimentos que eu tinha sido capaz de ingerir já era o suficiente para o resto do dia. Comer pouco não era um problema pra mim, mas Magnus parecia faminto e pronto para compartilhar um refeição completa.

𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝𝐲 𝐒𝐮𝐧 - 𝐓𝐡𝐞 𝐓𝐰𝐢𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐒𝐚𝐠𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora