| second season | monstros

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Histórias de terror deveriam ser contadas somente para amedrontar os corajosos e afugentar os covardes. Deveriam ser só histórias com o que as pessoas têm pesadelos. Mas, a mais de um ano estou presa em um sonho ruim do qual não sou capaz de despertar. E tudo começou desde que resolvi amar, possivelmente, a pessoa errada.

Agora ele está a menos de cinco metros de distância. Usando roupa elegante e gel em seu cabelo bem cuidado. E ele sorri, como se eu fosse a melhor coisa que já aconteceu na sua vida, o que é um insulto gigantesco visto que há mais de um ano ele não me procura.

Minhas mãos se fecharam em punhos firmes, eu poderia destruir uma parede inteira com um soco. Talvez eu o fizesse, talvez ele seja a parede.

— Magnus, sugiro que fique longe. Pelo menos por enquanto. — Carlisle vem ao meu encontro e assim como Edward toca em meu ombro. Mas, diferentemente do meu irmão, ele tem um apego fraternal. O sorriso no rosto de Magnus se desfaz assim como o brilho nos seus olhos.

— Vamos voltar a cerimônia. Nessie não pode entrar sem os padrinhos no altar. — Edward olha dentro dos meus olhos quando diz. O aroma hipnótico que além de exalar testosterona me deixa a um passo de voar em sua garganta, decepcionar toda a minha família e trazer uma guerra para as nossas vidas, e me deixa ansiosa para tê-lo por perto também.

— Não posso voltar agora... — suplico, olhando para Renesmee, parada ao lado de Magnus.

— Por favor. — Ela implora, seus olhos brilhando como se estivesse pronta para começar a chorar. Eu não posso com isso, não posso com mais esse drama. Mas também não posso fazer isso com Nessie, ela foi tão generosa em me pedir para ser a sua madrinha. Jacob se tornou um grande amigo também. Não posso decepciona-los.

— Nessie... — Carlisle súplica por mim.

— Tudo bem. — Digo de uma vez, me sentindo mais corajosa a enfrentar os meus medos. Embora Magnus ainda esteja há poucos metros, embora ele esteja me dominando com o cheiro mais sedutor que já senti, ainda assim sou um monstro civilizado. E não posso decepcionar aqueles que eu amo. — Hoje é o seu dia. Vamos transforma-lo no melhor dia de todos. — Sorrio para Renesmee que me envia um bonito sorriso de alívio de volta e sopra um beijo no ar. Eu ignoro Magnus até que Edward se aproxima dele e o empurra gentilmente para fora.

Eu teria que aguentar, de alguma forma teria que dar certo. Não posso ceder e romper a linha, tenho que ser firme, tenho que orgulhar a minha família, tenho que ser mais humana do que um monstro. Eu não sou um monstro!

🌲

Jacob rodou gentil e graciosamente Renesmee enquanto dançavam no meio de mais três casais. Alguns humanos estavam próximos, uns até conversavam com outros vampiros. Eu estava me segurando no lugar, sentada em uma mesa mais distante das demais, uma taça intacta de champanhe francês na minha frente. Tentei eliminar tudo a minha volta; Magnus, seu cheiro, os humanos, seus rostos rosados e corações acelerados, tentei deixar tudo para fora da minha bolha. Funcionou que Jasper tenha sentado ao meu lado e que esteja me monitorando.

— Você está indo muito bem. — Alice apertou gentilmente a minha mão por cima da mesa e me enviou um sorriso bonito de fada. Eu olhei para as nossas mãos juntas e fiquei contente por não ter retirado as luvas nenhum segundo, Alice sabia disso e foi por isso que me tocou. — Eu acho que ele quer dançar com você. — Ela disse de repente, olhando para alguém do outro lado da pista improvisada que tinham montado no meio das mesas.

Não levantei meus olhos para me certificar de quem ela estava falando. Eu já sabia quem era antes dela começar a falar. Existe uma coisa muito estranha acontecendo comigo desde que senti o seu perfume hipnótico; uma corrente de energia passeia por todo o meu corpo morto a cada maldito segundo desde que Magnus está aqui. É como um sensor aranha que pulsa atrás das minhas orelhas sem vida de minuto a minuto. É irritante além da razão.

𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝𝐲 𝐒𝐮𝐧 - 𝐓𝐡𝐞 𝐓𝐰𝐢𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐒𝐚𝐠𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora