We'll be the stars • Jasper Hale • [Concluída]

67 - conforto.

"Shooting stars never fly for me
My heart's on Mars, kinda hard to see
But you know, you know I'll see you again"

"Estrelas cadentes nunca voam para mim
Meu coração está em Marte, meio difícil de ver
Mas você sabe, você sabe que te verei de novo"

Acordei, meus olhos aos poucos se adaptando ao lugar onde eu estava: na cama de Jasper. Então tudo havia sido um sonho?

Me sentei com a confusão da situação em que eu estava, e no mesmo momento em que fiz isso, me arrependi amargamente.

Minha cabeça doía como se eu tivesse levado uma pancada tão forte que me fez desmaiar por horas, olhei para os meus braços vendo várias marcas de arranhões no mesmo.

Fiquei alguns segundos alerta me perguntando o que havia acontecido quando escutei a porta do quarto sendo aberta, e logo em seguida, fechando.

Jasper entrou em silêncio como se esperasse eu falar alguma coisa, testando minha reação para alguma coisa.

- Eu tive um sonho horrível... - Falei enquanto passava as mãos pelo meu cabelo, deixando-as paradas lá.

- Não foi um sonho. - Ele veio na velocidade sobre-humana até a minha frente, se ajoelhando e segurando em minha mão.

Seu olhar era de angústia ao ver cada machucado que continha em meu braço.

Eu me recordei pouco a pouco do que havia ocorrido na última noite. Tentei me lembrar ao mesmo tempo em que as coisas pareciam tão vagas e fantasiosas.

Eu não sabia até que ponto elas eram reais, seja quando saí da casa dos Cullens ou quando encontrei aquele homem no meio da floresta.

- O que aconteceu? - Eu perguntei na esperança dele confirmar minhas dúvidas.

- Eu não sei... - Sua perfeita voz falhou ao tentar falar. Eu sabia que isso não era algo deles, eles conseguiam ser perfeitos em tudo, então uma pontada atingiu meu peito ao saber que ele estava realmente mal em falar aquelas palavras. - Encontrei você hoje de madrugada na floresta, você estava deitada no chão e gritando de dor.

Tudo bem, então aquilo deveria ser a origem dos machucados. Eu me lembrava vagamente daquela sensação de fogo no meu peito, e o motivo daquilo tudo... um homem?

- Tinha alguém...? - Eu afirmei mais como uma pergunta. - Eu lembro de ter alguém, que fez alguma coisa.

Ele concordou com um aceno silencioso, sua face exalando dúvida sobre as próprias palavras.

Fechei meus olhos e inclinei minha cabeça para baixo, apoiando-as nas minhas mãos. Tentei lembrar de algo a mais, no fundo eu sabia que tudo estava no meu inconsciente, mas sempre que me forçava a reconhecer algo, minha cabeça começava a doer.