124 - família.

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"Kiss me once, 'cause you know I had a long night
Kiss me twice, 'cause it's gonna be alright
Three times, 'cause I've waited my whole life
I like shiny things, but I'd marry you with paper rings"

"Me beije uma vez, porque você sabe que eu tive uma longa noite
Me beije duas vezes, porque vai ficar tudo bem
Três vezes, porque esperei minha vida inteira
Eu gosto de coisas brilhantes, mas eu me casaria com você com anéis de papel"

"Me beije uma vez, porque você sabe que eu tive uma longa noiteMe beije duas vezes, porque vai ficar tudo bemTrês vezes, porque esperei minha vida inteiraEu gosto de coisas brilhantes, mas eu me casaria com você com anéis de papel"

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P.o.v. Jasper Hale.

Eu tive quatro vidas.

A primeira quando ainda era humano no século XIX. Não era uma vida que eu me recordava com precisão. Memórias humanas eram falhas e recorrentemente seus detalhes eram apagados à medida que o tempo se passava.

Mas eu ainda podia me recordar de certas coisas, como meu sonho de criança de servir o país, as cantigas que minha mãe cantava para eu dormir, e até mesmo alguns amigos que eu tive na infância onde ficávamos correndo pelas ruas.

Apesar da época onde a guerra deixava rastros, eu podia agradecer toda noite pela minha família permanecer unida. Mas aquilo não duraria para sempre, e eu não poderia mentir dizendo que quando meu alistamento no exército foi aceito eu tinha ficado infeliz.

Não. Foi um sonho que a medida que o tempo passava, eu estava ficando mais realizado. Apesar de ter mentido minha idade para poder participar, eu nunca fui descoberto, e alguns anos depois com 19 anos, eu havia me tornado o mais jovem major dos Confederados.

Mas sem mais ou nem menos, em uma noite com um simples encontro com três mulheres, minha primeira vida havia acabado. Maria havia me transformado no meio daquela fria madrugada. E apesar do frio, eu queimava por dentro.

Minha segunda vida havia sido sanguinária. Estar rodeado de morte e sangue havia me feito desejar todo o tempo possível não sentir mais nada, não queria mais sentir a dor das minhas presas, a dor da transformação que os recém-criado de Maria sentiam, não queria sentir a dor da rejeição quando eu era designado a os matar.

Eu não queria mais sentir.

Provavelmente se houvesse algum frasco contendo algum tipo de morfina para evitar isso, eu teria ido atrás no mesmo instante que soubesse sobre ele.

E por mais que doesse voltar as memórias daqueles dias, eu jamais poderia esquecê-las. Pois além de estarem estampadas em toda minha pele, eu sabia que não tinha mais aquele brilho de menino inocente que havia tido junto a minha família na infância.

Minha terceira vida não havia sido ruim. Muito pelo contrário, se fosse comparar com o tempo que eu estava no exército de Maria e me alimentando de sangue humano, a nova vida com os Cullen parecia um céu.

Quando fugi com Peter e Charlotte, eu não fazia ideia do mundo lá fora, do que me esperaria ou se de alguma maneira as coisas seriam diferentes. Eu era um assassino, e continuaria sendo fazendo novas vítimas. E apesar de tentar me alimentar com menos frequência, a sede me dominava.

We'll be the stars • Jasper Hale • [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora