87 - transformação.

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"I can't write one song that's not about you
Can't drink without thinkin' about you
Is it too late to tell you that
Everything means nothing if I can't have you?"

"Eu não consigo escrever uma música que não seja sobre você
Não consigo beber sem pensar em você
É tarde demais para te dizer que
Tudo não significa nada se eu não puder te ter?"

Meu corpo tentava rejeitar a dor, e eu era sugada de novo e de novo pra uma escuridão que se estendia alguns segundos, e até minutos da agonia, fazendo ser mais difícil ser racional

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Meu corpo tentava rejeitar a dor, e eu era sugada de novo e de novo pra uma escuridão que se estendia alguns segundos, e até minutos da agonia, fazendo ser mais difícil ser racional.

Eu tentei separá-las. A surrealidade e a realidade.

A surrealidade não era tão ruim, eu podia jurar poder sentir novamente os braços de Jasper ao meu redor. O frio fazendo contraste com o fogo queimando dentro de mim. Mas ele estava comigo, então não era uma morte tão ruim.

A realidade era avermelhada, e era como se eu estivesse sendo serrada ao meio, atingida por um ônibus, socada por um premiado lutador, atropelada por búfalos, e submersa em ácido, tudo ao mesmo tempo.

Eu podia ouvir algumas vozes de fundo, mas a dor que me consumia era maior do que qualquer coisa para me permitir ouvir. Senti um par de mãos frias imobilizando meu corpo enquanto algo me perfurava novamente.

Por um instante consegui ficar feliz por saber que talvez aquela dor iria embora. Eu desejava morrer. Nunca havia desejado tanto algo na vida.

Talvez Victoria tivesse feito o serviço mais rápido.

Nunca desejei tanto voltar ao passado e me jogar aos braços dela implorando pela minha morte.

Mas a dor não diminuiu, pelo contrário, ela continuou, mas agora eu não conseguia mais me mexer. Estava completamente imobilizada enquanto meu corpo mais que tudo desejava arranjar um jeito rápido de morrer.

Qualquer coisa era melhor que aquilo. Qualquer.

Queria tanto poder ficar na surrealidade onde eu tinha pelo menos a certeza que Jasper estava comigo. Mas nessa realidade, eu estava sentindo meu corpo girar e pular enquanto não era possível que eu me movesse por causa da dor.

Na realidade eu sabia que havia algo muito mais importante que toda aquela tortura, mas não era capaz de me lembrar o que.

A realidade é meio rápida demais.

Um momento, tudo estava como devia estar. A luta indo de acordo com o planejado, os dias de treino, e no outro instante, nosso plano indo por água abaixo com Victoria não estando mais sozinha, e junto a isso, a tentativa de afastar os vampiros que estavam indo até lá com a ajuda de Seth.

E então, uma coisinha deu errado.

Eu vi quando o meu corpo caiu, sangue escuro se espalhando e manchando minha testa, e então uma chama de fogo ardente se espalhou dentro de mim. Instintivamente com os gritos que escapavam mesmo sem eu perceber, eu senti as mãos ágeis ao redor de mim fazendo contraste com as chamas me consumindo numa espécie de inferno.

We'll be the stars • Jasper Hale • [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora