Capítulo 45

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Pov Sina

Acordei com o despertador do meu celular tocando. Fiz uma careta me espreguiçando e o desliguei, não suporto barulho quando acordo.

Passei as mãos pelo rosto, logo sentindo aquela angústia apertar meu peito novamente, a mesma angústia que me fez perder o sono essa madrugada.

Me levantei e fui para o banheiro fazer minhas higienes. Troquei de roupa e enquanto terminava de me arrumar, pedi um café da manhã do hotel.

Aquela angústia ainda esta presente em meu peito, eu sinto que algo irá acontecer, só não sei oque é, e prefiro pensar que seja apenas um pressentimento.

Hoje eu tenho um ensaio muito importante, não posso me distrair com nada, preciso estar cem por cento focada, então terei que deixar essa preocupação de lado. 

Respirei fundo três vezes, até me sentir mais relaxada. Logo me trouxeram o café da manhã e eu comi rápido, estava quase na hora de sair e eu não posso me atrasar.

Escovei os dentes e peguei minhas coisas. Pendurei minha bolsa no ombro e quando estava prestes a sair do meu quarto, o celular que estava em meu bolso tocou.

Peguei ele na mão e vi o nome "Rita" na tela, de imediato senti todos aqueles sentimentos ruins me invadirem  novamente.

S: alô, Rita?
R: Sina, que bom que atendeu- sua voz era embargada
S: aconteceu... aconteceu algo pra você me ligar e pra estar com essa voz?- perguntei com medo da resposta
R: a Emma... ela...
S: oque tem a Emma?
R: ela sofreu um acidente, e está em estado grave no hospital- senti meu coração acelerar
S: a-acidente? C-como?
R: ela atravessou a rua correndo e um carro em alta velocidade... atingiu ela com força- disse e eu comecei a sentir meus olhos marejarem- agora ela está internada, precisando de doação de sangue, mas o tipo sanguíneo dela é O negativo que está em falta no hospital
S: mas ninguém da família pode doar a ela?
R: o único compatível era o da mãe dela, e o do avô também mas ele está viajando e não sabe se chegará a tempo...
S: chegará a tempo? Então quer dizer que...
R: sim, ela corre risco de vida se não encontrarem um doador- senti lágrimas escorrerem em meu rosto
S: eu... eu vou tentar pegar algum voo pra Nova York ainda hoje
R: venha rápido Si, precisamos muito de você aqui

Encerrei a chamada e joguei meu celular na cama.

Corri para o closet do quarto e tirei de lá tudo que eu tinha. Peguei minha mala que estava ao lado da cama e comecei a jogar tudo lá dentro de qualquer jeito.

Pesquisei se ainda hoje teria algum voo pra Nova York, e por sorte tem um que sai daqui a 1 hora.

Verifiquei se não tinha me esquecido de nada e corri pra fora do hotel. Chamei um taxi que logo chegou e pedi que me levasse até o aeroporto.

A Nova Vizinha- NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora