13| Apreciando a Ruína

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ALERTA: esse capítulo pode conter gatilhos sobre morte e temas sensíveis. Se n se sentir confortável, recomendo que pule o capítulo ou não leia. Cuide sempre de sua sanidade mental e QUALQUER problema, podem me chamar na DM que estará aberta. Esse capítulo passou por leitura sensível, mas, mesmo assim, se não se sentir confortável lendo esse tipo de conteúdo, não se force. EU PREZO PELA SANIDADE DE VCS, SEMPRE.

— Pretty. 

CAPÍTULO TREZE: Apreciando a Ruína

''Talvez seja a maneira como você diz meu nome
Talvez seja a maneira que você joga o seu jogo
Mas é tão bom, eu nunca conheci ninguém como você

Mas é tão bom, eu nunca sonhei com ninguém como você''.
Dandelions, Ruth B.

''Durante vários dias parecia que eu estava prestes a encontrá-la, ficando apenas um passo para trás, para, em seguida, perder o rastro por completo antes de encontrá-la de novo, várias vezes seguidas. Quase como se ela estivesse brincando comigo. Quase como se algo maior estivesse interferindo, mas nada era maior e mais preponderante que Zachary Schwartz. Se era, eu não sabia, ainda.''

BELLA WALDORF

O professor Sanchez por fim havia terminado. A aula passou extremamente rápida, talvez fosse pelo meu gosto exacerbado por literatura que me fez adentrar tanto que quando Sanchez saiu pela porta foi quando realmente me dei conta de que haviam se passado três horas de literatura. Depois de nos dar praticamente duas semanas — o que eu considero bastante tempo para a leitura de um livro — tendo em vista que é impossível não devorar O Morro dos Ventos Uivantes em um dia, porém, eu fico feliz por ter mais um pretexto para ler meu romance favorito mais uma vez. Eu sempre fui fascinada pelo universo problemático e pertubado dele, e a forma caótica e temperamental que cercava o romance a todo instante me fazia perceber que o amor nasce até mesmo nas esferas mais problemáticas, porque para o amor, basta ser. Catherine e Heathcliff possuíam esse amor. Aquele amor que ferve como chama e queima até as mais puras e endiabradas almas, aquele amor que incendeia e que inflama qualquer um, aquele amor trágico e imprescindível...Aquele amor que destroça e arrebata até os mais puros corações.

— Você está sorrindo muito, Bella. Algum motivo especial? — Allie perguntou assim que passamos pela porta em direção a saída. Eu não tinha visto Zachary sair, na verdade, a ruiva e eu somos as últimas a sair da sala. Como sempre.

— Por que de uns tempos pra cá todo mundo me pergunta isso? — Ela abre um sorriso de lado prendendo os fios ondulados nas pontas. Seus olhos claros possuem um brilho desafiador, e percebi que ela está analisando até onde poderia chegar. Assim, em poucos dias de faculdade, Allie e eu solidificamos uma boa amizade. E poderia destacar que a ruiva possui muita perceptividade quando se tratava de mim. Diferente de Zachary, ela parece saber e entender exatamente o que eu penso.

— Então não foi somente eu que percebi...— Ela prende os lábios pegando um batom na sua bolsa de couro. Passamos pelo corredor cinzento e fomos em direção ao banheiro. Allie exigiu para que fossemos, alegando que precisa retocar a maquiagem antes de encontrar Nate.

— Nada em especial. — Comento. Ela direciona seu olhar para mim desconfiada. O espelho brilhante a agrada e aproveito para ver como estou. Meus cabelos castanhos estão perfeitamente lisos e diferente de Allie, o corretivo e um simples rímel deram conta do recado. Mas ela não parecia gostar nada de sua maquiagem, a ruiva balança as pernas impaciente.

— Você não me engana. Pode contar. — Exige.

— Eu não sei bem...Mas sinto como se estivesse realmente viva. — Os meus lábios me traem quando falam essas palavras, eu ainda não entendo o motivo nem o porquê dessa vivacidade, somente sei que ela existe, e me transforma todos os dias singelamente.

OUTSIDE [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora