Poderosa Montenegro

1-Declarando guerra

Pov Inês

A situação estava pior do que imaginava. Quanto mais eu olhava os papéis em minhas mãos, mais eu tinha a certeza que Carlos me roubara várias vezes.

Trabalhou com meu pai durante muitos anos, até resolver se tornar um homem "honesto". Pelo menos aparentemente, já que vivia do dinheiro que nos roubou.

Assim que descobrimos suas artimanhas, preparamos uma armadilha e ele caiu feito um pato. Antes de executa-lo eu ainda o fiz me devolver tudo o que roubara durante esses anos.

O resultado: deixara seus filhos na miséria, sem um centavo sequer. Apesar de tudo eu não tinha nada contra os filhos dele.

Nem sequer os conheço. Sabia apenas que era uma moça e um rapaz. Nunca fiz questão alguma de saber da vida de ninguém. Assim como não permitia que
se metesse em minha vida

Eu planejava realmente deixá-los curtindo sua "herança" por um tempo. No entanto, esse pensamento me ocorreu antes que Dina me trouxesse outra bomba.

-Inês ? - coloca a cabeça para dentro de meu escritório.

-Entre,dina - Digo olhando para poeta

- Más notícias - reviro os olhos sem paciência.

-E desde quando você me traz boas notícias ? - Digo revirando os olhos

-Caramba! Inês- fala desanimada.

-Desembucha logo.

--Aquela cocaína que forneceu a alguns meses... para o tal cris.

-Eu não forneci. Vocês forneceram, nem sei quem é o fulano.

- Sim. Forneci, tudo bem! O cara... não tem grana pra pagar fala com cautela analisando minha reação. - Dina fala

-Como assim não tem grana?

- Foi o que ele disse - Fechei meus olhos, segurando a ponta do nariz.

- Que porra de amadorismo é esse Dinah? Será que vou ter que ensinar tudo de novo? Como você me oferece drogas para alguém que não quer pagar? - Dinah abaixou os olhos evitando me encarar. Desconfiei na hora.

- O que mais? O que está tentando EM VÃO esconder de mim? - a encaro seria.

O cara... O tal Chris, é filho do Carlos respiro fundo para não explodir.

-Ótimo... maravilhoso. Era tudo o que eu precisava agora, era óbvio que não iria pagar. Estava falido, embora ainda não soubesse.

-Vá até à casa dele, Dina - falo controlada.

-Inês... Ele acabou de perder o pai- Dina fala triste

Dei um soco na mesa.

-- QUE PORRA DE MARIQUINHA É VOCÊ, TODA SENTIMENTAL AGORA? - Ela não respondeu, suspiro massageando a têmpora Dina- ou você honra essas calças, ou cai fora do esquema. Eu não admito gente fraca do meu lado - suspira antes de me responder.

-Tudo bem Inês! Vou até lá.

-Melhor assim. - Digo soltando um suspiro

Agora entendia meu pai, simplesmente desistiu de tudo e jogara nas minhas costas, um bando de inútil ao seu lado. Só aborrecimento.

Além de tudo isso, hoje era dia de almoçar com meus pais. Sempre a mesma lenga-lenga, sobre dar-lhes netos.

Parei o carro em frente à mansão do todo poderoso Ricardo Montenegro, respirei fundo antes de abrir as grandes portas da mansão. Vamos ao almoço então!