18- Lua de mel

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Pov'Marcia

Pode alguém viver um sonho que não acaba nunca? Mesmo com todas as diferenças e desavenças, minha vida com Inês  caminhava para a perfeição. Era quase um sonho, depois de ser a milionésima mulher dela, ser agora nada mais que a Senhora Montenegro.

Não queria parecer convencida, nem nada disso, mas estava "me sentindo".

Afinal, mais uma vez consegui arrancar lágrimas de Inês. E não só lágrimas. Eu não esperava aquele juramento vindo de livre e espontânea vontade. Aliás, ninguém esperava. Chorei de emoção, chorei de amor.... Deus... essa mulher ainda ia ser minha ruína. Uma ruína bem prazerosa, devo dizer.

—Vamos demorar a chegar, Inês? — pergunto olhando pela janela.

— Não. Com pressa para a festa?

—Sim.

—Não sabia que era tão chegada a festas.

—E não sou, mas quanto antes acabar a festa, melhor. Assim terei você apenas pra mim — Seus olhos faíscaram, o castanho aumentando de intensidade.

—marcy... você sabe o que acontece quando me provoca.

— Sei... — Rocei minha língua em seus lábios e depois mordi — Você me pega com suas mãos fortes e me faz ver estrelas, literalmente — Antes que ela pudesse falar ou agir, a limusine parou.

—Salva pelo gongo —A porta se abriu e Inês se adiantou.

Do lado de fora estendeu a mão para mim. Tentei segurar um pouco a cauda do vestido antes que ela me levasse ao chão.

—Está maravilhosa, mas não vejo a hora de tirar esse monte de tecido daí.

—Contenha-se. Tenho que estar apresentável.

—Ainda que estivesse usando um trapo qualquer estaria deslumbrante —Observei o lugar. Era um clube privado, onde somente os poderosos tinham acesso. Então estávamos no lugar certo.

—Meu Deus... camila e Cecília se encarregaram disso tudo? Pra que? Você nem gosta de festas, Inês.

—Faço isso pela minha rainha— Fala beijando minhas mãos. Somos interrompidas por Cecília.

—Até que enfim... só faltavam vocês —Cecília nos empurra para dentro do salão que já estava lotado.

Nem sabia que Inês tinha tantos "amigos" assim. Fomos fazer os cumprimentos de praxe. Ela é claro, fazia a tromba de sempre, quando aparecia algum homem para me cumprimentar. Percebi a rigidez dos seus músculos quando Eric apareceu para nos cumprimentar.

—Meus parabéns, chefe. Estamos muito felizes por você.

—Obrigado, Erick — Ela falou quase sibilando. E seu olhar impediu que Eric me abraçasse.

Inês ainda foi abraçada por Harry, carlos e alguns outros que eu não conhecia.

Camila se aproximou sorridente, acompanhada por gabriela. Seu olhar fechou-se em fenda enquanto observava as duas.

—marcy... então? Está gostando? — Camila  pergunta animada.

—Está perfeito, cami. Nossa... eu não esperava por isso tudo.

—Casamento da Todaoda Poderosa não pode ser pouca coisa.

—Parabéns, Marcia — Gabriela me cumprimentou quase tremendo ao ver o olhar de Inês  sobre ela.

— Obrigada, gabi—Deu um tapinha nos ombros de Inês.

—Parabéns, mana.

Obrigada — Ela respondeu secamente.

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