19- de volta para casa

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Pov'Marcia

O vento que agitava as cortinas e penetrava no quarto de hotel não era suficiente para diminuir o calor insuportável. Meu corpo ainda nu repousava de brucos na cama. Senti a ponta dos dedos de Inês deslizando pela minha coluna e sorri, deliciando-me com seu toque. Suas mãos subiram pelas minhas costas afastando os cabelos do meu pescoço.

Como se não bastasse a temperatura ambiente, havia ainda o calor que emanava do corpo de Inês. Eu sentia o suor escorrendo pelo meu corpo, grudando alguns fios de cabelo em meu rosto. A boca macia e úmida de Inês deslizou pelo meu pescoço e em seguida mordeu o local.

—Vai ficar curtindo preguiça até quando?

—Até quando meu corpo se recuperar de todas essas estripulias — ela riu e mordeu meu ombro.

— Pois, estou pronta pra outra.

—Tem que me dar um desconto. Estou carregando dois além de mim.

— Aliás... está sentindo alguma coisa?

—Não. Estamos todos ótimos.

—Descanse mais um pouco. À tarde iremos sair · — estava impressionada com Inês. Além do pique que tinha, ela se mostrou a rainha da paciência.

Não sei se era por ser nossa lua de mel ou se, no fundo, essa era mais uma de suas facetas que eu desconhecia. Ficamos quatro dias na Cidade do México. Saímos às compras e andamos por horas.

À noite fomos a outro local dançar tango. Dessa vez conseguimos ir até o fim, mas assim que chegamos ao hotel, Inês acabou comigo. Penetrou meu corpo, tantas e tantas vezes que por fim, não conseguia nem ao menos abrir os olhos.

Nos dias que se seguiram continuamos nosso tour pela cidade. E fiquei apaixonada pelo lugar. Inês me prometeu que voltaríamos mais vezes. E depois me surpreendeu ao dizer que esticaríamos nossa lua de mel.

Hoje estávamos no Brasil. Mais especificamente no Rio de Janeiro. E meu Deus... fazia um calor dos infernos aqui. Ines debochava de mim, mas a verdade é que esse calor aliado à energia dela estava acabando comigo. Inês me puxou, abraçando meu corpo.

— Quer que eu ligue o ar?

—Não. Prefiro a brisa mesmo.

—Quer beber alguma coisa?

—Não —Mesmo assim ela se levantou e pegou uma jarra de suco e um copo.

—Beba ou vai ficar desidratada.

—Como aguenta? Está quente demais — A bandida ainda riu.

—Sou mais forte que você.

—Já te falei o que está me deixando fraca —Inês acariciou meu ventre.

—Não coloque a culpa da sua moleza em minhas princesinhas — Aquilo realmente me pegou de surpresa.

Olhei para Inês buscando algum vestígio de diversão em seu rosto. Ela olhava extasiada para meu ventre.

—Princesinhas? Você disse que não se importava com o sexo.

—E não mesmo, mas tenho quase certeza que tem uma garotinha ai dentro. Uma miniatura da mãe.

— Pois, eu acho que tem duas miniaturas da sua cara.

— Dois garotos? — Quem diria... a grande chefona da máfia, aquela que muito provavelmente queria um herdeiro para sucedê-la era louca para ter uma garotinha. Não resisti e acariciei seu rosto.

—Você é linda.

— Particularmente, prefiro você — Às vezes eu me perguntava até quando isso ia durar.

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