4- guerra de nervos

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Pov Inês

Eu estava profundamente irritada o que não era novidade. De um lado esse bando de incompetentes que trabalhavam comigo. De outro aquela garota que não saia da minha cabeça, atrevida, petulante e... deliciosa.

Combinação perigosa que eu adorava em uma mulher. Embora eu adorasse isso, não gostava de perder o controle e com ela já tinha perdido duas vezes.

Merda! Eu tinha que beija-la? Isso só fez aumentar o tesão que eu sentia por ela, me fez ter ideias ainda mais absurdas. Que a cada minuto tomava forma e se enveredava na minha mente. De uma coisa eu tinha certeza e não teria volta: Ariana era carta fora do baralho.

Está constatação não era novidade, na verdade, ela até durou mais que as outras. Tinha pena dela, Ariana era humilde jamais me deu trabalho.

Talvez por isso tenha ficado um pouco mais. Agora era hora de entregar-lhe as chaves de sua nova casa. Eu jamais deixava minhas ex-mulheres desamparadas.

—Chefe? —Olhei para os homens a minha frente que aguardavam minha ordem.

Hoje eu estava muito areia, não sabia se o carregamento de armas que acabávamos de receber estava mesmo correto. Não estava com cabeça para isso.

—Será que uma vez na vida vocês conseguem fazer alguma coisa sem mim? Meu Deus parece um bando de garotinhas — Diana e Verônica se entreolharam e nada disseram.

— Zayn... cuide disso.

Zayn era o menos incompetente deles. Às vezes um deslize ou outro, mas nada grave. Seguia sempre sua intuição e não me decepcionava.

—Estou indo para casa. Tenho muitas coisas a resolver— caminho até o carro.

—E Marcia  Guedes? — paro perto de Diana ainda dentro do galpão. Viro meu rosto encarando-a seria.

—Ela é problema meu, Diana ! Aliás... isso me lembra uma coisa: por que mentiu a idade dela? —Sua expressão a denunciou.

— Inês... —ela até tenta se explicar, mas a corto na hora.

— Cale a boca! Achou que dessa forma eu a entregaria a vocês? — falo olhando ao redor— Escute bem uma coisa, pois, só vou falar uma vez: fiquem longe de Marcia Guedes. Não vou admitir nenhum tipo de gracinha com ela— minha respiração estava levemente alterada, só a simples suposição de outra pessoa tocando Marcia  já me tirava do sério.

—Ok! Já intendemos chefe. A garota é sua - respiro fundo antes de voltar a falar.

— Isso também não é da conta de vocês. Apenas cuidem dos seus serviços!

— Posso fazer uma última pergunta, Inês ?.

—O que é Diana?

—E Ariana? —Porra! Esses caras devem ser burros, só pode.

— Fique com ela pra você — Saí dali antes que eu apelasse de vez e a mandasse a merda.

Fui direto para casa, Ariana estaria me esperando para o almoço como sempre. Parei na entrada de casa observando aquela imensidão toda. Preciso colocar meu plano em prática ou não teria ninguém para herdar tudo isso.

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