13‐ Traição

501 35 8
                                    

Pov'Marcia

Uma angústia crescente me dominava. Já eram quase quatro horas da manhã e nada de Inês voltar. Eu não consegui dormir, óbvio.

Sem notícias, sem saber realmente o que estava acontecendo. Andava de um lado a outro no quarto tentando me acalmar. Merda! Eu queria minha esposa de volta.

Por que não me deixou ir? Ainda mais com a Ferrari por perto. Inês ainda ficava brava com meu ciúmes. Mesmo longe essa praga vinha me perturbar.

Pensei em ligar para ines, mas isso provavelmente só provocaria sua ira e quando ela voltasse... eu estaria perdida. Sentei-me novamente na cama, pela milésima vez naquela noite.

Balançava minhas pernas incessantemente. Perdi a conta de quantas xícaras de chá de camomila tomei e nem assim conseguia pregar os olhos.

Às vezes temia por Inês. Ela era poderosa, mas não era Deus e se pegassem ela? Atirassem nela... sei lá. Só de pensar nisso estremeci. Ficaria louca se a perdesse.

Ouvi passos do lado de fora e vozes alteradas. Corri até a janela e vi o carro de Inês e o carro que os rapazes usavam. Ela estava de volta. Fiquei um tempo parada pensando se ia até lá ou não.

No entanto, antes que eu saísse do lugar ines adentrou no quarto. Passou direto por mim indo até o closet voltando com uma caixa de madeira nas mãos.

—O que houve,Inês ?

—Agora não, Marcia — Mas era uma cavala mesmo. Deus do céu... custava ter o mínimo de educação?

Antes que eu desse uma resposta à altura ela deu meia volta, parou à minha frente e com apenas uma mão segurou-me pela nuca, buscando minha boca.

Imediatamente enrosquei minha língua na dela, mas logo Inês me soltou, beijando minha testa e se afastando novamente.

—Fique aqui. Eu volto logo.

— Bipolar do caralho — resmunguei assim que ela fechou a porta.

—OLHA A BOCA, HEIN! — Merda! Ainda ouvia através das paredes, só pode. Hoje eu não queria briga com ela. Então tratei de obedecer.

Fiquei sentadinha na cama como uma boa menina. Ouvi outro carro chegando, mas antes que eu fosse ver quem era Inês estava de volta.

—Vou precisar de você, Marcia.

—O que está acontecendo?

—Você vai cuidar de Laura.

—O QUÊ? Ficou doida? —Ela apenas ergueu uma das sobrancelhas e cruzou os braços.

—Lembra-se de quando Ariana cuidou de você? Agora é sua vez.

—Então é isso? Sua mulher cuida da sua próxima mulher?

—Não seja ridícula. Vista-se e venha comigo- Cruzei meus braços em frente ao peito em sinal de desafio.

— Não! Não irei tratar da sua próxima mulherzinha — Inês me puxou com tanta força que senti meus ossos estalarem ao bater ao encontro do seu peito. Sua mão segurou meus cabelos num rabo de cavalo.

― Agora escute aqui idiotinha e ouça Muito bem por que é a última vez que irei falar essa porra: Você é a minha mulher. Única e exclusivamente, agora pare com esse chilique. Não temos tempo —Ou eu era muito burra mesmo, ou fazia isso apenas para deixar Inês nervosa.

— Vai se ferrar você não Vai ser abusiva comigo não ! Ou você me respeita ou eu acabo com tudo e você fica sem noiva e sem um herdeiro — Fala com raiva

Poderosa Montenegro Onde histórias criam vida. Descubra agora