Nos Jours.

• Mer et Amour (3) •

N.A // Terceira e última parte da viagem deles. ❤

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Eu nunca fui uma pessoa matinal.
Sempre gostei muito de dormir. Dormir pra mim era uma das melhores coisas da vida.

Mas claro, que existia certas ocasiões onde eu precisava acordar cedo e o fazia de bom grado e sem pestanejar. Mas não quer dizer que eu acordava sorridente.

Tinha dias que acordava mais bem humorado e outros nem tanto. Hoje era um daqueles nem tanto. E eu sabia o motivo. Era segunda feira, eu não gostava muito delas, e essa estava sendo pior, eu não havia acordado com Mari.

Sim, já estávamos nesse patamar, desde do nosso final de semana em Joatinga há 2 semanas atrás. Todos os finais de semana eram nossos. 

Afinal, muitas coisas haviam mudado de lá pra cá.

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" Flashback "

Joatinga - 2 semanas antes.

Por alguma razão um vento gelado me acorda. Sinto o peso do corpo de Mari sobre o meu, e um sorriso involuntário brotar em meu rosto ao lembrar da nossa noite. Ela ressona baixinho e sua respiração bate agora calma em meu peito nu onde sua cabeça repousa junto com uma de suas mãos.

Ela era linda.
Uma deusa desenhada a mão em cada traço e detalhe. Que eu conheci e adorei um por um essa noite. Com todo cuidado pra não acorda-la pego meu celular da mesinha olhando as horas: 05:25, eu sabia que não conseguiria dormir de novo e como não queria acorda-la, com todo cuidado do mundo, coloco seu corpo da melhor forma na cama, e antes de cobri-la deixo um beijo em suas costas nuas.

Visto uma bermuda e uma camisa de mangas e vou até a varanda. 
O sol ainda não despontava mas já dava sinais que logo logo faria isso. Ainda estava cedo demais pra pedir café e minha mente estava agitada demais pra quem tinha acabado de acordar. 

Pego um lençol e desço o pequeno acesso que nos levava a praia, o estendo na areia e sento. O mar estava calmo e me trazia uma melancolia filha da puta. Eu pensei em tudo enquanto estava sentado ali, o que me fez até esquecer um pouco o frio.

Meus pensamentos estavam quase todos em sua maioria em Mariana.
Em como nossa relação havia mudado, em como ela havia mudado parte de mim já, em como as coisas são engraçadas e realmente acontecem quando tem que acontecer. 

Quem diria que minha volta as novelas depois de quase 20 anos, me traria um amor.

Sim, um amor.

Eu havia tentado dizer que não, mas eu estava apaixonado por ela. Completamente.
E essa paixão foi se fortalecendo pouco a pouco, a cada nova conversa, risadas, a cada novo encontro, Mariana foi se cravando em mim, cravando de uma forma avassaladora.

Eu por alguns instantes dos meus dias, cheguei a pensar no futuro. Gravando as cenas de Luísa e Pedro, me pegava pensando em um futuro com ela.

Em possibilidades. Em planos.

Porra, eu não era mais nenhum menino!
Já tinha 48 anos é lógico que existiam coisas em minha vida que eu queria sim ainda realizar, e muitas delas Mari compartilhava comigo desse mesmo desejo.

E ela era maravilhosa!
Não só fisicamente mas, a alma dela era linda!
Sua generosidade com todos, seu amor pelo trabalho, pela família, pela vida.

Mari era um dos seres humanos mais incríveis com quem tinha tido a honra de cruzar na vida, e por alguma razão maravilhosa, nossos caminhos tinham se cruzado pra algo a mais, e eu não poderia me considerar o mais sortudo por isso!