Do francês - Nossos Dias.
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Cada capítulo um acontecimento dos dias deles.
A história não seguirá uma ordem cronológica, ou seja, o capítulo 1 podera contar fatos atuais, o seguinte narrar fatos de 2 anos depois.
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" Atenção senhores passageiros do vôo 98725 Gol, com destino ao Rio de Janeiro. Informamos que devido ao mal tempo, teremos um atraso de 2 horas. A Gol pede desculpas pelo ocorrido e garante que tudo será normalizado assim que possível. "
Já era a terceira vez que aquele anúncio era ligado. Eu já estava impaciente porque já era pra eu estar em casa. Depois de 10 dias fora era tudo o que eu mais queria. Mas nem o tempo e nem a companhia pareciam querer cooperar comigo.
Eu sempre amei as possibilidade que meu trabalho me dava de viajar e conhecer lugares e de nunca ficar preso em um lugar mais que uma semana. Mas há 2 anos isso mudou.
Mariana chegou e fez da minha casa, sua casa. Fez da minha casa nosso lar e com isso fez surgir em mim uma vontade louca de ficar nele o máximo que eu conseguia.
De forma que diminui meu ritmo de trabalho sei dirigindo ou arquitetando alguma peça, procurava viajar de bate volta ou no máximo 3 dias fora, já que optamos por morar no Rio.
Mas há cerca de 10 meses, nem bate e volta eu gostava mais. Porque cada minuto longe, era algo novo que eu perdia.
Pesco meu celular da mochila, e só a foto de bloqueio já faz um sorriso nascer em mim.
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Desbloqueio e abro sua janela no Whatsapp, indo ver pela milésima vez o vídeo que ela havia me mandado naquela manhã, e que havia me feito chorar no meio de uma gravação.
Aperto o play sem nem mesmo me importar em por fone. Eu só precisava ver mais uma vez.
* Vídeo on *
Mari: Fala filha ... Papaaaai.
Maria: Papaie. ( A vozinha alta e doce faz meu coração acelerar pela milésima vez ) Mari: Saudade. Maria: dadii Mari: Te amo. Maria: mamuuu Mari: Muito! Maria: tuntu! Mari: tuntu! ( ela repete com um sorriso, agarrando nossa filha e enchendo de beijos arrancado sorrisos dela e meu )
Era um vídeo pequeno, mas tão tão cheio de amor. Assim como nossa pequena família.
- Sua filha é linda! - escuto uma voz dizer ao meu lado, e na mesma hora levanto minha cabeça do celular olhando pra senhora de meia idade que estava sentada um banco depois do meu e me olhava sorrindo.
- Obrigada! - respondo de volta com um sorriso enorme, baixando novamente os olhos pra tela e dessa vez vendo algumas fotos que Mari havia me mandado do dia delas.
Clico em uma a abrindo e virando na mesma hora a tela do celular pra que a senhora possa ver.
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