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Manuela🧚‍♀️ •

Dias depois...

Eu não sei o porquê que eu ainda invento de vir pra baile mesmo sabendo que eu não gosto de lugar cheio de gente. Que ódio!

Puxei várias manias do meu pai e uma delas é odiar lugar cheio de gente. Juro! Vai me dando uma agonia eu começo a sentir uma falta de ar, as vezes nem tem gente muito perto de mim mas eu começo a sentir que eu estou rodeada de gente e que eu preciso sair dali. É horrível isso. Já fui em diversos médicos mas nunca resolve nada então eu larguei de mão só tento evitar lugar com muita gente, já até me acostumei com essa minha fobia.

Mas é que realmente as vezes da vontade de ir, e hoje foi assim, minha mãe foi viajar com o meu pai, eles foram para o Guarujá e o Pedro  nem lembra mais que ele ainda tem uma casa então eu não queria ficar em casa de jeito nenhum. Minha intenção era beber até não aguenta mais e quando eu chegasse em casa caísse na cama e só acordasse amanhã à tarde mas eu falhei na missão.

Respirei bem fundo tentando controlar a minha respiração e continuei descendo em direção a saída do morro, coloquei o endereço da minha casa certinho e fiquei olhando o app do uber falar que estava procurando motorista. Eu sempre peço carro de aplicativo quando eu bebo, pode ser só um copo mas mesmo assim eu não gosto de dirigir quando bebo, acho uma falta de irresponsável do caralho quem bebe e dirigi.

Samuel: Quero conversar contigo Manuela! - A voz dele ecoou pela rua e eu olhei pra trás vendo que ele estava descendo atrás de mim.

Manuela: Qual a parte do me esquece você não entendeu Samuel? Que inferno! - Continuei andando fingindo que nem tinha visto ele ali.

Samuel: Eu tô falando contigo Manuela paga de maluca não! Se você não parar por bem vai parar por mal.

O meu pai e o Pedro falaram tanto que não apoiava a minha relação com esse menino, falou tanto que ele não era pra mim e eu burra não escutei. Tive que tomar no cu pra aprender.

Andei mais rápido ainda tentando ignorar ele ali, os passos dele aumentaram e foi questão de segundos pra eu ver ele do meu lado. Abri minha boca para xingar ele mas ele apertou o meu braço com força e me puxou para a calçada me encostando com força na parede.

Manuela: O que você está fazendo Samuel, tira a mão de mim, o que que eu disse pra você aquele dia? Tira a mão de mim agora! - Falei firme vendo ele rir.

Samuel: Você é uma vagabunda mesmo né sua desgraçada! - Apertou mais ainda o meu braço. - Acha que eu não vi você beijando outros caras lá no baile não! - Gritou.

Manuela: Eu não tenho mais nada com você, beijo quem eu quiser, dó pra quem eu quiser e você não tem nada a ver com isso. Agora tirar a mão de mim. - Gritei de volta.

Samuel: Fala baixo comigo. - Falou apertando o meu queixo com força. - Tá achando que você tá falando com quem sua filha da puta?!

Manuela: Você é um covarde Samuel, eu não sei como eu pude me envolver com você, eu sinto pena e nojo de você, nojo!

Ele deu uma risada irônica e logo depois fechou a cara me olhando com ódio. Os olhos dele estavam mais preto do que o normal, a pupila bem dilatada e o branco do olho estava bem vermelho, o que indicava que ele havia usado drogas.

Manuela: Me solta Samuel se não eu vou gritar! - Tentei me controlar mas eu estava sentido um medo enorme do que poderia acontecer.

Ele desferiu um tapa forte no meu rosto e eu fechei meus olhos sentindo o gosto de sangue na minha boca.

Samuel: Você vai aprender a me respeitar Manuela, você acha o que, que eu ia deixar aquele tapa que você me deu passar batido?

Não deu nem tempo de falar mais nada, ele deu outro tapa no meu rosto e em seguida segurou meu cabelo com força me fazendo ir para trás com a força.

Segurei as mãos dele tentando parar  as agressões mas ele apertou meu pescoço apertando com força me fazendo sentir o ar falhar. Cravei minhas unhas na mão dele e tentei me defender do jeito que dava, chutei a perna dele com o resto da minha força e ele me soltou me empurrando com força no chão.

Samuel: Tá querendo medir forças comigo Manuela? Logo comigo! -Esbravejou. Ele chutou forte a minha perna e logo em seguida a minha coluna.

Foi uma dor horrível, gemi de dor passando a mão aonde ele tinha batido e senti meus olhos arderem. Ele sorriu como se aquela imagem para ele fosse satisfatória e voltou a me chutar sempre na barriga e na coluna. Eu tentava me levantar mas ele sempre me chutava mais o que me fazia cair novamente.

Samuel: Você não ia gritar Manuela? - Se abaixou do meu lado. - Grita Manuela, grita. - Apertou meu queixo com força e levantou minha cabeça, mas soltou logo em seguida me fazendo bater a cabeça no chão.

E foi aí que ele começou a me bater mais ainda, era socos e tapas no meu rosto e na minha barriga o que me fazia ficar até sem ar. Ele chutava as minhas pernas a minha barriga e costela com toda força.

Minha voz já não saia e eu nem sequer conseguia tentar revidar. Não sei há  quanto tempo nós já estávamos ali mas eu sentia minha consciência falhar.

Samuel: Se você não vai ser minha, não vai ser de mais ninguém Manuela! - E foi a última coisa que eu ouvi antes dele começar a bater a minha cabeça no chão.

Foi uma dor horrível e eu só pedia pra Deus que aquela dor passasse logo, nem que eu morresse, eu só queria parar de sentir toda aquela dor.

Minha cabeça doía tão forte que parecia que ela iria explodir, foi questão de segundos para eu perder a consciência e foi quando eu apaguei por completo.

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Capítulo 2/3

Nosso RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora