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Manuela

Manuela: Mãe, me desculpa, sério mesmo, não era a minha intenção te contar daquele jeito. Me perdoa!

Nicolly: Eu ia acabar descobrindo de uma hora ou outra né Manuela. - Falou sem muito ânimo. - Agora eu quero ficar sozinha, por favor.

Manuela: Tá, mas qualquer coisa você pode me chamar viu? - Ela concordou. - Boa noite, te amo. - Beijei a testa dela ouvindo ela responder de volta.

Entrei no meu quarto ainda ouvindo o meu pai xingar o Pedro e fiquei quietinha deitada na cama ouvindo tudo porque eu sou curiosa, até ficar um silêncio terrível, jurei que o meu pai ia vir aqui me xingar mas ele nem apareceu então eu fui tomar o meu banho, vestir uma roupa de dormir qualquer e me joguei na cama mexendo no celular.

A porta do meu quarto se abriu e eu num segundo joguei meu celular debaixo da coberta e fechei meus olhos fingindo estar dormindo.

Zl: A sonsa! Faz um teste pra globo que cê passa como atriz em.

Tentei segurar o riso mas não deu.

Ele me olhou todo sério e eu até me sentei já até sabendo que eu ia escutar.

Culpa do fofoqueiro do Pedro. Que ódio!

Zl: Tem nada pra me falar não Manuela?

Manuela: Na moral? Nada! O Pedro já não abriu a boca grande dele pra conversar fiado? Então.

Zl: Qual foi Manuela, tô te proibindo de nada não, se ligou? Quarto nessa casa é o que não falta, motel, sei lá. Mas se prestar a um papel desses, deixar o menino de tocar na frente de todo mundo, porra Manuela. Olha os bagulho que você faz mano. Mó falta de respeito!

Manuela: Eu tô errada, tô sabendo disso, tenho nem o que te falar.

Zl: É óbvio que você não tem o que falar. Tem justificativa o que vocês fizeram ali? Eu reparei que ele foi atrás de você quando você se levantou, eu ouvi o papo ruim seu e dele lá na cozinha, qual foi? Vai se prestar a isso aí mermo?

Manuela: Depende do que você ouviu. - Fiz a sonsa e ele semicerrou os olhos.

Zl: Para de se fazer de sonsa Manuela. - Tentei segurar o riso. - Não tô rindo pra você não.

Manuela: Foi mal, mas eu herdei isso de você, né não?

Zl: Na moral, eu posso tá errado no que eu vou falar, mas ele só que transar contigo e meter o pé, isso tá estampando na cara dele. Ele já percebeu que tem poder sobre você, ele já reparou como que você se desconcerta toda com as atitudes dele, se ele fez isso contigo e saiu andando depois imagina quando ele transar contigo.

Manuela: Mas eu não quero nada sério nem com ele e nem com ninguém! Sai de um relacionamento conturbado e vou entrar em outro? Se ele fizer isso mesmo pra mim tanto faz tanto fez. Vou me abalar por que ele não quer nada sério comigo? Vou é agradecer.

Zl: Tô te dando o papo, abraça se quiser. Depois não fala que eu não te avisei, jaé?

Manuela: Tá bom, e eu te agradeço por isso, mas é que eu realmente não quero nada sério com ele, então eu nem ligo pra isso aí. - Ele balançou a cabeça. - E a minha mãe?

Zl: Tá de boa, já conversei com ela e ela tá deitada lá. - Concordei.

Ele saiu e fechou a porta do quarto, me ajeitei na cama e fiquei pensando no que o meu pai tinha dito. E na real mesmo, nem tô ligando se o Igor só quer transar comigo, vou negar não, eu até quero, mas ele quer que eu fale isso pra ele e eu que não vou aumentar o ego do bonito só pra transar com ele.

Embora ele seja um gostoso e a cada dia eu fique com mais e mais vontade de ficar com ele eu não vou falar isso não.

Meu celular tocou e eu o peguei vendo que era número não salvo, pensei em desligar mas eu atendi e revirei os olhos quando ouvi a voz da pessoa.

Manuela: É sério isso? Quem te deu o meu número? - Ri.

Igor: O que eu quero eu consigo Manuela, até você. - Ri irônica.

Manuela: Hahaha! Ô menino engraçado.

Igor: Bora da um pião por ia?

Manuela: Vai me dar o que se eu?

Igor: Prazer! - Mordi o lábio prendendo o riso.

Manuela: Vou nem te falar nada. - Ele riu.

Igor: É sem maldade nenhuma pô, só roda à toa por aí. Tô na praça na rua de cima da sua casa.

Olhei pro nada pensando e o meu fogo lá... fala dez vezes mais alto que eu.

Manuela: Marca um dez aí.

Igor: Jaé.

Encerrei a ligação e me levantei indo me arrumar, peguei uma blusa da lacoste branca que estava na minha cama, vesti um short jeans e calcei minha havaianas, soltei meu cabelo e peguei meu cartão, dinheiro e coloquei na capinha do meu celular. Coloquei o mesmo na cintura e desci as escadas na pontinha do pé. Meu pai não vai me proibir de sair, mas eu não quero que ninguém saiba que eu tô saindo.

Dei partida na minha moto e segui na direção da rua de cima da minha casa. Diminui a velocidade procurando o outro lá e ele estava encostado na moto enquanto fumava.

Manuela: Chora. - Levantei o capacete vendo ele rir.

Igor: Achei que eu ia te levar pô, perdeu a chance de andar na garupa do mais brabo.

Manuela: Eu tenho a minha graças a Deus, Manuzinha da Xre rosa. - Ele riu. - Vai me levar aonde? Você pode aproveitar que eu tô com fome e me levar pra comer alguma coisa. Eu espero que no mínimo você pague pra mim, seja cavalheiro. - Fiz bico.

Igor: Segue o pai, Manuela. - Ligou a moto e saiu dali na frente. Abaixei meu capacete e sai mais rápido, ultrapassando ele.

Olhei pra trás e no mesmo instante ele também acelerou. E estava nós dois a milhão naquela avenida. Maluco tá jurando que eu tenho medo de andar de moto, logo eu filha do Vinicin.

Nosso RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora