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Beatriz🧚‍♀️•

Não sei o que me dava mais raiva no meio da gritaria toda do meu pai ali, se era o povo da festa inteira olhando pra gente, ou o Igor falado "eu avisei" o tempo todo.

Que ódio desse menino.

Não podia ter ficado calado? Era só pra ver o circo pegar fogo mesmo e depois ficar passando na minha cara que falta de aviso não foi.

E meu pai estava falando até agora, disse que o que a gente, ou melhor, o André, fez com ele não foi certo. Que foi maior falta de consideração.

Beatriz: Mas eu ia te falar inferno. Eu te juro, o André já queria falar contigo a mó cota mas eu tava enrolando, meu medo era a tua reação, e olha aí! - Gesticulei com as mãos.

Vh: E tu queria que eu sorrisse e desse parabéns ao novo casal? - Me olhou bravo. - Pô jamais passou pela minha cabeça isso, eu jamais pensei que você, André, um cara que eu coloquei dentro da minha casa, que viu minha filha crescer, ia fazer umas parada dessa. Queria ver se fosse tu no meu lugar. É mó fácil tentar me fazer intender isso aí.

André: Eu ia te falar, porra, errei sim em ficar com a sua filha sabendo da nossa amizade, mas rolou pô. - Cruzou os braços olhando pro meu pai. - Quando ela chegou aqui no morro, eu ainda não sabia que ela era tua filha, a menina que eu praticamente criei, maior cota sem ver ela. Foi depois que eu fui saber que ela era tua filha e nessa nós já tava envolvidão.

Beatriz: Foi pai. E depois disso a gente se afastou, principalmente porque o André quis, e depois disso aconteceu tudo aquilo com o Igor, o André foi meu amigo demais, sem maldade alguma, e agora porque eu quis. - Bati no peito. - que nós viemos ficar de novo.

Vh: É isso aí mesmo Beatriz. - Fez legal com a mão. - Cessou o assunto, não quero mais saber, não vou ficar batendo cabeça por isso, já fez né?! - Ironizou. - Agora sai da minha frente na moral. - Virou o resto do whisky que estava no copo na boca e eu revirei os olhos.

Sai andando na frente e o André falou alguma coisa com ele e veio atrás de mim.

André: Se pá ele não olha na minha cara nunca mais, vai vendo. - Riu sem humor e eu fiz o mesmo.

O negócio é rir pra não chorar porque se descer uma lágrima eu desidrato.

Beatriz: Já já passa, ele só tá se sentindo traído.

André: Pior que não tem como nem surtar com ele, te vi crescer, tu me chamava de tio, mano. - Ri. - É foda esses bagulho aí, eu tenho minha filha e ia surtar da mesma forma que ele.

E ainda tinha esse pequeno detalhezinho, o André tinha uma filha, a Priscila, de 11 anos.

E é um amor, juro, me dou super bem com ela. Ela só não sabe que eu pego o pai dela, mas isso é só o mínimo detalhe.

E o André nem tem o dobro da minha idade como o meu pai disse, ele tem 35 anos. Meu pai que aumenta os bagulho.

Um moreno gostoso do caralho, e eu juro que eu nem me lembrava mais dele. Passei tanto tempo fora que já me ligava mais. E a minha memória é péssima, então...

Eu já estava envolvida, até demais, com ele quando eu descobri que o mesmo era amigo do meu pai, no qual eu cresci com ele na minha casa. E me surpreendi bastante. Já sabia que meu pai ia ter um ataque quando soubesse.

Mas foi ele quem me ajudou a ter forças quando o Igor estava em coma, como amigo mesmo. Ele me ajudava demais, em tudo! E depois de tudo isso, quando tudo ficou bem, eu mesma me joguei pra ele.

De início ele não quis, óbvio, ele é, ou era, amigo do meu pai. Mas ambos queriam e foi só um leve empurrãozinho pra nós dois estarmos ficando de novo.

André: Quer ir lá pra casa? A Priscila tá na casa da mãe, só volta amanhã. - Me olhou com um sorrisinho de canto no rosto e eu sorri.

Beatriz: Vou pra dormir como uma pessoa civilizada, tu no teu quarto e eu no quarto da Priscila. Sem mais. - Ele riu.

André: Tu que manda pô. - Levantou os braços em rendimento e eu ri.


Descemos pra casa dele que é bem próxima da dos meus pais e eu entrei na frente.

Tomei um banho e vesti uma blusa dele, estava ajeitando as coisas na cama pra dormir quando ele apareceu na porta sem camisa e com essas bermudas de jogar bola.

Imaginação vai a mil...

André: Vai dormir sozinha aí mesmo? - Ergui as sobrancelhas rindo.

Beatriz: Você veio me atiçar né? Me fazer dormi com você? Tentação do caralho. - Ri e ele se aproximou de mim.

Andei um pouco pra trás pra fazer graça mesmo e me bati na parede, o corpo dele colado no meu e nossas respirações se batendo fez o meu coração acelerar.

Senti a mão dele na minha cintura fazendo carinho e tentei segurar meu sorriso bobo.

André: Teu pai descobriu o nosso lance e eu podia agir pelo certo e não ficar mais contigo, pela minha amizade com ele? Podia. E é o certo a se fazer! Mas tu é foda, deixa a minha mente a milhão, eu só penso em você 24 horas por dia. É o tempo todo. - Falou sincero. - Fica difícil demais dormir sabendo que tu tá no quarto ao lado, tão perto de mim mas ao mesmo tempo longe pra caralho. - Falou olhando diretamente pros meus olhos.

Beatriz: Isso o que você está falando é jogo sujo André, fazendo chantagem pra eu dormir contigo. - Falei baixo e olhei pra boca dele vendo ele sorrir.

Queria beijar ele, me agarrar nele e não soltar mais. Estava me segurando.

André: Tô só falando pô, não precisa ficar comigo não, só queria te falar mesmo. - Falou baixou em meu ouvido.

Ele fazia carinho com o polegar esquerdo na minha cintura e eu sorri quando me arrepiei só com esse toque dele.

Beatriz: Que ódio de você, que raiva! - Falei rindo e abracei ele, o mesmo se encarregou de me beijar. E como sempre, um beijo bom do caralho.

Senti as mãos dele na minha bunda e logo em seguida um tapa forte. Ele tirou rápido a blusa que eu estava vestida e foi descendo os beijos pelo meu pescoço.

Beatriz: A gente tá no quarto da sua filha, André, aqui não. - Falei sentindo todo o meu corpo se arrepiar quando ele chupou um dos meus seios devagar.

Ele me olhou como se, se lembrasse e me puxou pra seu colo, entrelacei minhas pernas em sua cintura e pude sentir seu membro duro encostando na minha buceta.

Fomos para o quarto e ele me deitou na cama, ficando por cima de mim e foi para o meio das minhas pernas, segurando na lateral delas. Eu tentava mas era impossível conter meus gemidos, porra, ele faz de um jeito que me deixa maluca.

Cada toque, cada olhar, o jeito que ele me trata, até no sexo. É diferente. Uma vibe boa do caralho.

Nosso RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora