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Nicolly🧚‍♀️•

Zl torturava a mulher do Carlos e eu olhava toda aquela cena como se fosse algo normal.

Não é normal, eu sei que não, mas eu não consigo sentir pena ou remorso por isso. Quem começou com esse inferno foi o próprio marido dela.

Paola: Me deixa ir por favor! Eu não tenho nada a ver com essa briga de vocês, eu tenho filhos pra criar. Por favor, eu suplico, imploro. Por Deus, me deixa ir! - Falou chorando.

Zl: Eu também tenho filhos, também tenho família, minha mulher. E aí? Teu marido ameaçando matar eles e só por isso eu tenho que te deixar ir? - Se abaixou na frente dela. - Entre você e eles você acha que eu escolho quem?

Paola: Eu nem sabia de nada cara, eu não me envolvo nos problemas do Carlos. É justo eu pagar por uma coisa que é sua e dele?

Zl: E é justo eu ver o cara falando que vai matar os meus filhos por um bagulho que é eu e ele?

Paola: Me deixa ir, por favor....

Zl: Se tu tá morrendo aqui hoje é por culpa dele, quem procurou isso foi ele.

Paola: Não, pelo amor de Deus. - Falou praticamente sussurrando.

Vinicius pegou a arma e destravou, dei as costas e fui saindo indo pro lado de fora da salinha.

A última vez que eu vim aqui foi quando o Sérgio tava sendo torturado.

Té: Tá com medo de não dormir de noite é Nicolly. - Falou mexendo no meu cabelo e eu bati na mão dele.

Nicolly: Sai menino, eu hein. - Ele riu.

Escutei três disparos vindo de dentro da sala e fechei meus olhos sentindo uma dó, talvez a consciência pesando, sei lá.

Nicolly: Distrai a minha mente Wallace, fala alguma coisa aí. - Olhei pra ele.

Té: Falei que tu tava com medo. - Olhei pra ele com deboche. - Vou cantar jaé? Um sertanejo, um pagodinho ou um funk? Especialidade do pai em. - Riu.

Nicolly: Você canta mal, mandei você falar alguma coisa.

Té: Só porque meu coração tá doendo ó... - Ri. - Como eu vou falar pro meu amor que eu tô sofrendo por amor e que esse amor não é o dela, e se ela descobri eu perco ela e ela, se ela descobri eu perco ela e ela. - Cantou e eu ri.

Nicolly: O chifre tá doendo né? - Ele riu. - E a Tatá? - Ele sorriu.

Té: Sou apaixonadão naquela mulher mano, mas a filha da puta resolveu meter o loko pro meu lado. Quer transar, usar e abusar do meu corpinho e meter o pé. Mó tiração. - Falou puto e eu ri.

Nicolly: Se eu me lembro bem tu fez a mesma coisa com ela há anos atrás. - Ele riu.

Té: Mas agoea a gente se ama, porra, ela tá enrolado por que? Já terminei com a Danielle, ela já não tem nada com o Ramon. Eu quero aquela mulher na minha vida de novo. Quero casar com aquela desgraçada, pô. - Sorri.

Nicolly: Será que se você pedisse ela aceita? Eu acho que sim viu. É só você tomar um iniciativa. - Ele riu.

Senti meu celular vibrar e peguei vendo que era o Pedro. Atendi e ele fez maior hora pra falar, ele estava nervoso, o que me deixou assustada.

Nicolly: Pedro, o que tá acontecendo? - Perguntei assustada.

Ph: Meu filho vai nascer agora. Sei o que eu faço não. - Falou todo assustado e eu me acalmei mais.

Nicolly: Você quase me matou do coração aqui. - Respirei fundo. - Vai pro hospital primeiramente.

Ph: Já tô a caminho a Maria tá aqui reclamando de dor e os caralho todo.

Nicolly: Tá, faz o seguinte, eu vou desligar até porque você tem que focar no trânsito. Eu vou pro hospital, já já tô lá.

Ph: Jaé.

Té: O que rolou? - Perguntou assim que eu desliguei o celular. Olhei o Zl aparecer na porta e sorri.

Nicolly: A malu tá em trabalho de parto. O nosso netinho tá nascendo. - Falei feliz vendo eles rirem.

Ph

- Ele já está pronto pra sair, só preciso que você faça mais força Maria Luiza. - A médica falou.

Malu: Tá tudo doendo, juro!

- É só mais um pouco, você consegue.

Ph: Tô aqui contigo pô, tu consegue. - Beijei a testa dela.

Ela apertou a minha mão com força e gritou de dor, o choro do Heitor ecoou pela sala me fazendo sorrir.

Meu mundo mudou aqui!

A médica cortou o cordão umbilical dele e me entregou ele, tava sem jeito nenhum de como pegar mas fui aconchegando ele nos meus braços e sorri vendo ele me encara.

Malu: Oi meu amor... - Falou chamado à atenção dele. - A mamãe tá aqui vida. - Sorriu.

Coloquei ele em cima dela e segurei a mãozinha dele sentindo ele apertando meu dedo.

Tava sentindo uma sensação fora do normal, o meu coração parecia que ia saltar pra fora da boca, ele já nem chorava mais, só encarava nos dois atento.

Ph: E aí meu parceiro. - Sorri fazendo carinho na mão dele.

Malu: Ele é a coisinha mais linda, olha isso. - Sorriu.

Concordei a cabeça e nesse momento a única coisa que eu fazia era sorrir. Meu menorzinho pô.

Nosso RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora