Nosso Recomeço

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• Manuela🧚‍♀️•

Assim que o carro atingiu a árvore com tudo a última coisa que eu lembro foi de olhar pro Igor e ver ele desmaiando, sussurrei um eu te amo pra ele e fiquei inconsciente. Quando acordei os bombeiros já estavam aqui. Perguntaram meu nome e minha idade e eu ainda conseguir falar o número de telefone do Pedro pra eles.

Não queria que os meus pais soubesse logo de cara pra não assustar eles.

- Manuela eu preciso que você sempre me fale aonde você está sentindo dor, tá ok? - Um dos socorristas perguntou.

Manuela: Só a minha perna e a minha cabeça que tá doendo muito, mas só tirem ele daqui logo. - Olhei pro Igor. Ele ainda estava desacordado. - Não deixem ele morrer, por favor. - Falei chorando.

Estávamos presos nas ferragens.

O lado do Igor foi o que mais se destruiu.

Ele estava totalmente preso ali e não acordava de jeito nenhum, já haviam medido o pulso dele e estava bem fraco, os médicos já cortavam as latarias para tentar tirar ele e eu só torcendo pra ele que ficasse bem logo.

Se ele pelo menos acordasse...

Minha perna esquerda se prendeu em meio as ferragens, ainda não doia, acho que por eu ainda estar com toda essa adrenalina no corpo, mas sangrava bastante.

Olhei pro Igor sentindo um aperto no peito e só tive vontade de chorar. Um medo enorme de perder ele.

Manuela: Você não pode fazer isso comigo Igor, com a sua família, você é forte, não faz isso com a gente por favor. - Falei baixo segurando a mão dele.

Ela estava fria.

Manuela: Eu te amo tanto, e já te disse isso tantas vezes, mas nunca foi o suficiente. O meu amor é insuficiente pra você porque você merece o mundo, meu amor! Não me deixa assim, por favor. - Beijei a mão dele.

Pela parte que eu estava estar menos "danificada" os bombeiros me tiraram primeiro. Foi só aí que eu realmente fui sentir a minha perna. Doia tanto que eu chegava a apertar minha mão, sentindo dor.

Manuela: O Igor... - Tentei perguntar mas a moça me cortou.

- Já vão retirar ele de lá, tenta se acalma por favor. - Falou enquanto me prendia na maca.

Nicolly: Manuela!

Escutar a voz dela só me fez chorar mais, era uma dor horrível que eu estava sentindo, eu só queria que tudo isso aqui fosse um pesadelo.

Manuela: Mãe.... - Foi a única coisa que saiu da minha boca, as lágrimas rolavam pelo meu rosto e eu nem se quer conseguia falar.

Nicolly: Eu te amo tanto filha, que medo eu tive de te perder. - Beijou meu rosto.

Meu pai segurou minha mão e eu virei o olhar olhando pro carro de novo, eles estavam quase tirando o Igor de lá de dentro.

Zl: Ele vai ficar bem, desacredita não. - Concordei chorando.

[...]

Acordei com a luz forte no meu rosto, fechei meus olhos de novo sentindo tudo doer e acabou que me mexendo na cama eu apertei aquele botão que fica grudado no dedo, chamando a médica.

- Tudo bem? - Entrou na sala. - Eu sou a Rafaela, a médica. Preciso que você me fale se você está sentindo muito dor? - Falou se aproximando de mim.

Manuela: O Igor? Cadê ele? Ele tá bem? - Tentei me sentar na cama.

Rafaela: Não faz esforço, você passou por uma cirurgia na perna seus pontos podem abrir.

Manuela: Eu não ligo pra isso eu só quero saber aonde o Igor tá! - Me alterei.

Rafaela: Você precisa se acalmar, Manuela, seus pontos podem abrir, você não pode passar por estresse. Se acalma senão eu vou ter que chamar alguém pra te dar algum remédio.

Ignorei totalmente o que ela disse, me levantei da cama sentindo minha perna doer muito e arranquei todos os fios que estavam grudados em mim, ela tentou me impedir mas eu gritei com ela e sai dali ouvindo a própria chamar os outros médicos. Quando eu estava quase chegando na recepção vieram dois médicos tentando me segurar e me fazer volta pro quarto.

Manuela: Não encosta a mão em mim! - Gritei. - Eu preciso saber com o Igor tá e vocês não vão me em pedir. - Falei tentando não chorar.

- Colabora com a gente, por favor, você tá alterada, vai acabar passando mal.

Manuela: Então me fala como ele tá. Eu só precioso saber isso. - Senti as lágrimas descerem pelo o meu rosto.

Meu pai e minha mãe entraram no corredor e eu caminhei com dificuldade até eles abraçando os dois sentindo meu coração doer.

Manuela: O Igor, eu só preciso saber dele e ninguém quer me falar. - Olhei pro meu pai.

Zl: Bora pro quarto, você passou por um cirurgia. - Mudou o assunto.

Manuela: Para de me esconder as coisas. - Me soltei dele. - Eu quero saber, não faz isso comigo.

A minha mãe chorava, os médicos me olhavam e eu só vi o Vh e a Beatriz na entrada do corredor me olhando também.

Manuela: Diego, cadê o Igor? - Falei em meio o choro.

Ele balançou a cabeça em negação e eu olhei em seus olhos, estavam vermelhos e tanto ele quanto a Beatriz choravam.

Manuela: Não... Não... Não... ele não fez isso comigo. Ele não me deixou assim. - Me abaixei no chão sentindo os médicos virem me segurar. - Tira a mão de mim! - Gritei.

Passei a mão no rosto e senti meu coração acelerar, estava doendo tudo em mim, não uma dor física, mas o meu coração doía.

Senti algo molhar minha perna e vi o sangue se escorrer ali, os pontos haviam abertos. E eu não estava nem ligando pra isso.

Eu precisava dele, só ele ia saber me acalmar.

Ele não pode ter me deixado assim.

Ele prometeu que ia ficar comigo pra sempre, que nunca ia me abandonar...