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Manuela🧚‍♀️•

Entrei no hospital sentindo minhas mãos soando, meu coração palpitava forte e eu já estava quase chorando.

Eu tentava pensar em tudo, menos no pior.

Mas eu estava com medo, medo do sonho que eu tive. Sei lá, nessas horas passam as piores coisas na mente.

Manuela: O que que aconteceu? - Falei me aproximando do Vh, que estava encostado perto da porta do quarto do Igor.

Vh: Tem uma pessoa aí querendo fala contigo, pô. - Deu um sorriso e eu sorri sem intender.

Manuela: Diego não brinca comigo assim. - Sorri vendo ele abrir a porta do quarto. - É sério?! - Ele sorriu.

Olhei nervosa pra dentro do quarto e o meu coração faltou sair pela boca, não era possível.

Aliás, tinha que ser né. E eu não estou acreditando nisso.

Ele me olhou com os olhos pequenos e deu um sorrisinho que era quase imperceptível de ver já que ele estava usando a máscara de oxigênio.

Mordi minha boca dando um sorriso e já senti meus olhos se encherem de lágrimas.

Vh: Ele tá aí todo chatão perguntando de tu o tempo todo. - Riu.

Me aproximei da cama dele feliz e praticamente me joguei em cima dele toda feliz.

Abracei ele com calma. Não fazia a mínima ideia se ele estava sentindo dor, e senti a mão dele no meu cabelo, o que me fez chorar feito uma criança.

A saudade que eu estava de sentir isso de novo.

Não dá pra acreditar!

Manuela: Meu Deus, eu não tô acreditando, juro! - Falei chorando. - Porra, você acordou! - Sorri. - Meu coração tá muito acelerado, tu não tem noção disso. - Ri.

Vh: Ele tá todo lerdão por causa dos remédios que a moça deu ele. - Falou rindo e eu sorri.

Igor: Ah beleza. - Falou com a voz rouca.

Encarei ele sorrindo, e se isso for um sonho a única coisa que eu peço e que não me acordem nunca mais.

Igor: Como você tá? - Falou devagar.

Manuela: Eu tô ótima. - Falei super feliz. - Tô a ponto de ter um treco aqui, mas eu tô ótima! - Percebi o sorriso dele por baixo da máscara.

Ele levou a mão até o rosto e puxou a máscara retirando a mesma, o que fez algum aparelho ali apitar no mesmo instante.

Manuela: Igor, não pode tirar.

Vh: Eu já falei mas ele me escuta? O médico já falou pra ele colocar isso aí a mó cota.

Igor: Tá incomodando, porra. - Ri.

Vh: Ele acordou mais chato do que o normal. Caralho. - Dei risada.

Manuela: O amor entre pai e filho. - Ele riu.

Vh fez ele colocar a máscara de novo eu ajudei ele, que e
tava todo lerdinho. E eu só sabia rir.

Minha felicidade era perceptível pra qualquer um ver, estava me sentindo uma criança ganhando doce.

Eu não conseguia acreditar.

Mas o Igor, o meu amor. Estava ali, acordado na minha frente. Depois de um ano e quase dois meses. Depois de todos os médicos falarem que o caso dele já não tinha mais jeito.

Ele não me deixou sozinha, ele permaneceu aqui com a gente e hoje ele voltou.

Minha felicidade era surreal.

Diego saiu da sala pra ligar pra Bia e eu olhei pro Igor, dando um sorriso enorme.

Manuela: Eu quero que você saiba que eu te amo demais. - Passei a mão no rosto dele. - Senti tanto a sua falta. - Falei tentando não chorar, mas era impossível.

Beijei o rosto dele várias vezes enquanto ele segurava minha mão.

Igor: Também te amo demais. - Falou devagar enquanto olhava nos meus olhos.

Manuela: Isso tudo é um sonho, não é possível. - Ri. - Eu esperei por isso há tanto tempo.

Igor: "Há tanto tempo', eu tô aqui desde quando Manuela? - Me olhou.

Manuela: Eu achei que o seu pai já tinha te falado. - Me sentei do lado dele. - À um ano e quase dois meses, ia fazer dois na semana que vêm. - Falei baixo.

Igor: Cê tá falando sério? - Afirmei receosa.

Não sabia nem se podia falar, sei lá, vai que o Diego não queria que falasse agora.

Não deveria nem ter contado.

A porta foi aberta e por ela passou o Diego, o médico e uma enfermeira. Me ajeitei na cama e o Doutor se aproximou.

Igor: Eu perdi um ano da minha vida aqui, deitado na cama de um hospital? - Tirou a máscara e olhou pro médico. - Sério isso?! Dá pra acreditar não, papo reto.

- Pelo visto o remédio tá passando o efeito né? Tá aí todo falante. - Olhou pro Igor. - Foi um ano, um mês e três semanas.

Manuela: Eu achei que ele já sabia. - Olhei pro Diego.

Vh: Tá suave, ele aí saber de qualquer forma.

Olhei o Igor se ajeitando na cama e e ele encarou o médico, o que me fez perguntar ele o que ele tinha.

Igor: As minhas pernas. - Olhou pro médico. - Eu não tô sentindo as minhas pernas!

Nosso RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora