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Ph🎭

Tô tentando controla esse meu vício nas drogas mais pesadas, mas pô, não tá dando!

Fumei uns três cigarros de maconha seguidos pra ver se a minha vontade passava mas nem isso tá fazendo mais efeito. Quando não é heroína é cocaína, as vezes eu misturo as duas pra dar um efeito daora e só assim eu fico suave.

Eu tô nas meta de parar com isso, mas às vezes é mais forte que eu, e se eu não usar começo a descontar o meu estresse em qualquer um que chega perto de mim.

Nem é á toa que eu briguei com a Maria Luiza, e papo reto tô me cansando já, a gente só tá brigando por coisas mínimas. Chega num ponto que cansa.

Tô bem ligado que já virou um vício, um bagulho que eu usava só pra zoar nas festas agora é um bagulho que eu me vejo dependente.

O Igor mandou eu procurar ajuda mas eu não vou não, tô num nível que eu sei que eu posso sair dessa sozinho. Sou nenhum drogado também ao ponto de falar que eu tenho que me internar não.

Me encostei na porta da sacada do meu quarto e respirei fundo tentando me controlar, olhei pra mesinha de cabeceira  do lado da minha cama e acabou que eu fui até lá, abri a gaveta com a chave e o meus olhos até brilharam. Peguei a seringa que estava ali dentro e tirei ela da embalagem, procurei minha veia do braço com os dedos e quando achei injetei a heroína ali.

Manuela: É sério isso Pedro Henrique? Olha o que você tá fazendo! - Falou alto e eu olhei pra ela.

Ph: Tá gritando por que Manuela? Fica caladinha, pedi sua opinião em nada aqui não. - Falei tirando a agulha da minha veia e coloquei a seringa na gaveta de novo pra jogar fora depois e tranquei a gaveta.

Manuela: Fica caladinha? Vai se foder! Olha o que você tá usando Pedro. Você tem noção da decepção que a minha mãe vai sentir quando souber disso?

Revirei os olhos torcendo pra onda bater logo e nem ligar pro que ela tá falando.

Manuela: Você sabe que isso aí mata né? Que qualquer hora você pode cair no chão aí tento uma overdose por conta dessas merdas que você anda usando. Meu Deus, como você é um irresponsável!

Ph: Manuela sai do meu quarto! - Apontei pra porta. - Eu tô mandando namoral enquanto eu ainda tô consciente, se você ficar conversando fiado eu vou acabar apelando contigo.

Manuela: E se eu não sair você vai fazer o que? Vai me bater? - Cruzou os braços. - Eu não tenho medo de você não Pedro, tô tentando te ajudar, você pode morrer por conta disso, já viu os efeitos que o uso disso causa? Isso vai acabando com você aos poucos. Eu estou tentando te ajudar!

Ph: Mas eu não quero a sua ajuda, eu não te pedi porra nenhuma, agora sai daqui! - Gritei vendo ela continuar no mesmo lugar. - Eu vou te tirar a força.

Manuela: Eu prometi pra mim mesma que homem nenhum ia encostar a mão em mim de novo, e você não vai fazer isso. Abaixa o seu tom de voz comigo porque senão eu também vou gritar e vai ser ótimo que o meu pai já escuta que o filho dele tá virando um drogado de merda! - Gritou e no mesmo instante minha mãe apareceu na porta.

Nicolly: O Pedro tá virando o que Manuela? - Se encostou na porta e a Manuela negou sem graça e se calou. - Eu tô falando com você Manuela, repete pra mim por favor o que você acabou de dizer. - Falou calma.

Ph: Fala Manuela, a sua intenção era que eu não decepcionasse a minha mãe mas você mesma fez isso, fala porra!

Manuela: A pronto, o anjinho da mamãe vai se fazer de pobre coitado? Quer mesmo inverter os papéis Pedro Henrique? Deve que sou eu que ando injetando heroína na minha veia, cheirando cocaína como se não ouvesse amanhã, usando balinha, baforando lança por aí. Esqueci que sou eu a drogada da família, né?

Ph: Uso com a porra do meu dinheiro, já te pedi alguma vez? - Me levantei ficando de frente pra ela. - Uso meus bagulho mas nunca, nunca pedi dinheiro pra ninguém, então não incomoda com uma parada que não é sua, demorô?

Zl: De novo isso? - Empurrou meu peito pra eu me afastar da Manuela e balancei a cabeça. - Qual foi da gritaria?

Ph: Conseguiu arrumar o seu show Manuela? Gritou a vontade até geral te ouvir. Explica aí o motivo.

Manuela: O Pedro tá usando heroína, eu vi ele injetando no braço dele, fui tentar ajudar e até ameaçar de encostar a mão em mim ele ameaçou. Isso é que eu estou tentando ajudar em.

Nicolly: Olha sinceramente, eu lavei as minhas mãos, eu estou cansada disso tudo, cansanda dessa pessoa que você tá se tornando Pedro. Se afundando em drogas, andando com moleques que nem se quer respeita a sua família. Eu cansei, sinceramente eu me cansei, e você não tem noção do como eu me sinto horrível por falar que eu abri mão do meu próprio filho, mas é que chega num ponto que não dá mais. - Falou tentando segurar o choro.

Manuela: Mãe... - Falou tentando explicar mas ela nem deixou.

Nicolly: Eu não quero mais saber, sério mesmo. Se resolvam aí. - Sai andando e eu olhei pra Manuela.

Ph: Satisfeita? Tá satisfeita? - Gritei apontando na cara dela. - Aproveita que o meu pai tá aqui e bora falar sobre você pô.

Manuela: E você tem alguma coisa pra falar sobre mim, amor?

Ph: A gente pode começar contando pra ele que o Igor tava te tocando na frente de geral lá fora hoje.

Ela sorriu fazendo maior cara de sonsa. E o meu pai olhou pra ela.

Ph: Isso aí cê não fala não né? Podia tá geral bêbado mas eu tava consciente e vi, na frente de geral, ele te masturbando lá e o melhor foi que depois de tudo ele se levantou e te deixou sozinha lá, te tratou que nem puta. - Ela riu sem humor. - Olha o papel que você se prestou. E aí? Ele te tratou que nem vagabunda e depois saiu, menó só que te comer.

Manuela: Ah, ótimo! - Falou em deboche. - Ele só quer me comer e eu só quero dá pra ele, parece que o jogo tá empatado né? Me prestei a papel de vagabunda, ou puta como você mesmo disse, mas pelo menos eu não ando enchendo o cu de droga não. Você vai terminar sozinho se continuar com essas atitudes, porque se até a minha mãe lavou as mãos em relação a você, imagina as outras pessoas? - Riu falso.

Empurrei ela no guarda roupas e só escutei o bato das costas dela ali, ela veio também e largou mó tapão no meu rosto, e se não fosse o meu pai ali no meio pra separar eu ia pra cima dela e fodase.

Zl: Sai daqui Manuela, vai pra desgraça do seu quarto agora! - Gritou apontando pra porta e ela saiu xingando. - O papo agora é só eu e você. Aonde tá as drogas? - Falou abrindo as portas dos armários tudo e eu me sentei na cama.

Fiquei olhando ele revirar tudo ali, jogar os bagulho tudo no chão, abrir caixa por caixa e eu nem falei nada só fiquei olhando tudo.

Zl: Aonde tá, Pedro! - Gritou vindo na minha direção. Ele apertou meu queixo com força e olhou nos meus olhos. - Me fala aonde tá agora se não eu vou ter que apelar pra outras formas. - Soltou meu rosto com força.

Ph: Tá na desgraça da mesinha. - Joguei a chave na cama e ele foi até lá abrindo a gaveta.

Zl: Olha as parada que você tá usando mano, tá acabando contigo a troco de que Pedro? Seu irresponsável do caralho!

Nosso RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora