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• Nicolly🧚‍♀️•

Dois meses depois...

Olhei pro Vinicius que estava deitado na cama com uma cara de cu do caralho e a minha vontade foi de socar a cara dele. Que ódio!

Nicolly: Tá querendo que eu te mostre o caminho da rua Zl? Pegue a chave pra você ir logo? Tô te proibindo de nada não, faz o que você quiser da tua vida. - Falei tentando manter a calma.

Zl: Eu vou sim, já tô até lá. - Disse irônico.

Nicolly: Não estou te proibindo de nada, faz o que você quiser, não sou sua mãe pra te proibir de nada. Mas você me disse que tinha saindo da porra do tráfico vai fazer o que indo fazer favorzinho pros teus amigos? - Gritei perdendo a paciência de vez.

Zl: Eu já falei que eu não vou porra. Tá fazendo um drama do caralho aí à toa, escuta a conversa pela metade e já vem gritando e me xingando.

Nicolly: Eu estou fazendo drama? Então me fala o que vocês estavam falando então? - Me sentei na cama olhando pra ele.

Zl: Tavam me chamando pra ajudar os caras a organizar uma missão que eles vão fazer aí, só isso, tu tá surtando por nada.

Nicolly: Eu tô surtando porque você tava aqui que nem um otário dizendo que ia sim. Aí vai lá o trouxa, o pau mandando, e ajuda uma vez, viu que você ajudou uma, vão te chamar mais outra e assim vai até tu tá envolvido na porra do tráfico de novo.

Zl: Eu não vou Nicolly, já até falei que não ia, que desgraça também. Tá gritando aí por nada.

Nicolly: Gritando por nada. - Ri sem humor. - Depois de anos vem um bando de capeta te perturbar, tem pessoas lá pra ajudarem eles. Mas não, querem vim perturbar quem tá na paz, vivendo a vida numa boa.

Zl: Eu falei que eu não vou Nicolly. Tu também tá aí falando pra eu não ir, então pronto. Para de ficar falando na minha cabeça.

Nicolly: Eu não tô nem aí, você que vá pra puta que te pariu, tô te segurando não só estou te avisando que se você for ajudar. - Fiz aspas com as mãos. - Uma vez, vão te chamar mais duas, mais três, até você estar no tráfico de novo. Não vou te impedir de ir. Não mando em você. Só vai ué, vai!

Zl: Eu não vou desgraça, já até avisei que eu não ia. Lê aí ó. - Falou no mesmo tom que eu e jogou o celular do meu lado saindo do quarto em seguida.

Me joguei na cama e olhei pro telefone dele, minha curiosidade fala mais alto e mesmo eu sabendo que ele disse que não ia, eu quis ver mesmo assim.

E ele estava lá todo cínico dizendo que "a minha mulher não deixou eu ir não" como se eu mandasse nele.

Entrei no quarto e ele estava falando com alguém no celular, me senti na cama esperando ele terminar de falar e só ouvi o menino falando que eles estavam com um plano de assaltar um banco aí e que queria a ajuda do Zl. E o idiota tava lá, falando que tinha que ver porque ele não mexia com isso há anos, que ele estava sossegado e mais uma pá de coisa, escutei calada mas quando ele desligou eu soltei os cachorros também.

Deixei o celular dele no mesmo lugar sai do nosso quarto e passei por ele que estava deitado no sofá. Ele me olhou como se esperasse que eu falasse algo mas eu só ignorei a presença dele ali.

Zl: Eu vou Nicolly? - Falou me olhando. - Pensa também, tô há anos longe disso tudo vou lá me meter em assalto pra que? Essa porra da errado aí, eu vou preso ou morro. E a troco de quê? Eu tenho vocês agora, não saio por aí me jogando em qualquer merda porque eu não sou mais sozinho, eu tenho uma família. Se eu não tivesse vocês nem fora do tráfico eu estava, só pra começar.

Nicolly: Tá bom Zl não quero falar mais nada também, se quiser ir, vai! Pode ir. Eu não mandou em você, mando?

Zl: Manda. - Falou irônico e eu prendi o riso.

Nicolly: Não vou falar mais nada contigo. - Sai vendo ele rir.

Ele me estressa, me perturba no máximo e depois vem dando uma de cão de arrependido, tem como ficar brigada com ele?

Zl: Ô minha vida, vai ficar bolada comigo mesmo sem eu ter feito nada? - Me abraçou por trás e eu mordi meu lábio pra não rir.

Nicolly: Tô bolada contigo? Só estou te avisando, o tráfico não é vida não cara, tu custou sair pra ir ajudar eles logo agora.


Zl: Eu não vou amor, já falei que eu não vou, tu leu as mensagens que eu tenho certeza. - Ri me virando de frente pra ele.

Nicolly: A minha mulher não deixou eu ir. - Repeti o que ele disse. - Ridículo.

Zl: Falei a verdade pô, tu deixou eu ir? - Olhei pra ele semicerrando os olhos vendo ele rir. - Tô sempre errado nessa porra também né? Se eu tô certo eu ainda continuo errado, caraí. - Dei risada.

Ele segurou meu pescoço e me deu um selinho, virei meu rosto vendo ele rir e morder minha bochecha bem de leve logo em seguida.

Zl: Hoje é o dia de descubrir o sexo do nosso neto, vai ficar fazendo doce mesmo?

Nicolly: Não tenho idade pra ser avó, vou mandar ele ou ela me chamar de tia. - Ele riu.

Zl: Quero só vê quando ele te chamar de avó pela primeira vez se tu vai corrigir, vai ficar toda boba se achando. - Dei risada.

Olhei pra ele e dei um selinho rápido nele tentando sair dos braços dele mas ele segurou minha cintura e me puxou pra perto me beijando em seguida. E não dá, não consigo me fazer de difícil com ele, o filho da puta me tem nas mãos.

Nosso RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora