Livro I
Julia Witwicky apenas queria se entreter com inventos e feiras de ciência, ainda uma criança sem nenhuma preocupação maior no mundo. Entretanto, depois que seu irmão compra um Camaro velho, sua vida pacata fica completamente de pernas para o...
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" Sim, sempre fomos muito ligados. Ele era o meu melhor amigo."
— Julia Witwicky
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Cade Yeager era pai solteiro de Tessa Yeager, Shane sendo o namorado que ele teve conhecimento apenas na situação crítica da fuga que teve que fazer depois que o Cemitério do Vento invadiu sua propriedade, ameaçando sem misericórdia a vida de sua filha caso não revelasse a localização de um Autobot importante. Uma coisa culminou na outra, Cade decidiu levar um caminhão velho que encontrou na cidade para sua casa, consertou esse caminhão e descobriu que se tratava de um Transformer, o pior que poderia encontrar, Optimus Prime. Acima de todos os Autobots, o Cemitério do Vento estava na busca incessante por Optimus, estar com Prime, ter topado com ele na rua, saber algo sobre ele era o suficiente para assinar seu certificado de óbito, o Cemitério do Vento queria informações, lógico, como também mataria quem quer que estivesse com elas.
Era uma história para se surpreender, de fato. Uma pessoa que decidiu não se deixar levar pela alta recompensa que o governo colocou pela cabeça dos alienígenas? Hm, analisando melhor, foi uma atitude despreocupada e imprudente, Cade apenas decidiu que acreditaria no Autobot com seu coração, torcendo para que não existisse mentiras contadas pelo Cybertroniano. E essa decisão poderia ter lhe custado a vida, caso fosse um Decepticon se passando por uma boa alma para obter vantagem, ou alguma coisa parecida com isso.
Mas Julia compreendeu em partes a visão que ele teve sobre Optimus, conhecia isso, pois a cada palavra dele, sentia-se olhando para um espelho. Cade tinha o mesmo brilho nos olhos de quando colocava as mãos em peças que poderiam gerar vidas robóticas, e isso o trouxe forças para seguir em frente e ajudar o Autobot decrépito sem dar ouvidos aos outros.
Era o brilho de um inventor e inventores conseguem reconhecer outros inventores.
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— Muito obrigada, eu nem sei como agradecer — disse Tessa após pegar a toalha limpa e roupas lavadas que estendeu, ela era alta e magra, talvez suas roupas acabassem por ficar curtas, visto que era pelo menos alguns palmos mais baixa do que ela, entretanto, Tessa aceitou mesmo assim, feliz por vestir algo limpo e que não fosse roubado de lojas de conveniência. — Ver um chuveiro depois de tantos dias fugindo é como um sonho.
Tomar banho depois de seja lá quanto tempo eles estavam pelas estradas, é realmente, eles realmente precisavam.
— Entendo, já passei por isso. — Julia caminhou até a porta do banheiro e a abriu, indicando com o dedo para que a garota entrasse no cômodo de azulejos brancos, eles pareciam até brilhar de tão limpos, sendo um verdadeiro show de maravilhas para a adolescente em fuga. — Fique à vontade, qualquer coisa é só chamar, eu vou estar no andar de baixo.
