The Gilbert

23-

Elijah está morto para valer agora, Katherine saiu da tumba... o Elijah tinha compelido ela a ficar na tumba, mas como ele morreu...

Ouço a campainha da porta tocar, me assustando, e eu soltei um gemido frustrado já que a pessoa
interrompeu nosso ataque de sorvete tarde da noite
(Por nós, quero dizer Jenna, Elena e eu). Quem
diabos é agora? Definitivamente não é Damon, ele
nunca bate ou toca a campainha pra entrar, e
Stefan teria ligado, como qualquer outra pessoa.

Me levantei e andei até a porta, girando a maçaneta para abri-la, e meus pesadelos se tornam realidade quando meu olhar encontra o de outra pessoa.

-Você, claro. Satanás está tentando me pegar.
Eu zombei, tentando fechar a porta, mas ela foi
mais forte do que eu e conseguiu mantê-la aberta.
De repente, ouvi passos atrás de mim e olhei por
cima do ombro, vendo Jenna e Elena chegarem,
Elena um pouco chocada.

-Oi, você deve ser Jenna. – Isobel dá a Jenna um
sorriso neutro. —Eu sou a mãe biológica de Juli e Elena. – Ela diz como se fosse a coisa mais
simples do mundo, fazendo meus punhos se
fecharem, já que eu não esperava que ela soltasse
notícia desse jeito. Jenna parece um pouco atordoada, me olhando com um olhar magoado antes de olhar para Elena em completo desapontamento, seus olhos se enchendo de lágrimas lentamente. Isobel acabou de lembrar que
existimos? Oque ela quer agora?

-Olá, garotas. É bom ver vocês duas novamente.
- Isobel diz, ainda com seu sorriso neutro falso.

-Novamente? – Jenna repete, olhando para nós
com um olhar perdido, triste e desapontado em seu
rosto.

-Então você é a mulher que está namorando meu
marido. – Isobel encara Jenna de cima a baixo com
um pequeno sorriso cínico. —Eu preciso falar com
minhas filhas. Posso entrar? – Ela pergunta
suavemente, me fazendo negar rapidamente com a
cabeça.

-Não. Você pode ir embora. – Eu afirmei,
tentando fechar a porta, mas ela abriu com um
gesto de mão.

-Eu preciso falar com vocês. – Isobel insiste,
parecendo calma e irritada ao mesmo tempo.

-Mas não precisamos falar com você! – Bati a
porta na cara dela, antes de olhar para trás e ver
lágrimas ameaçando cair pelo rosto de Jenna,
enquanto ela parecia completamente inconsolável.

-Vocês sabiam que ela ainda estava viva? Ric,
John, eles sabiam? – Jenna sussurra, recebendo o
silêncio como resposta.

-Eu posso explicar tudo, tia Jenna. – Elena
começa, mas Jenna não a deixa terminar enquanto
sai correndo escada à cima.

E como já é de costume, as coisas ruins tendem à
piorar.

XXX

Estou no sofá de casa assistindo Harry Potter pela
milésima vez, porque é a única coisa que posso
fazer agora. Fiquei aqui a noite toda, esperando
que Jenna acabasse saindo de seu quarto para fazer um lanche, mas ela não saiu. De repente, uma batida na porta me tira dos meus pensamentos. Eu corro até ela, abrindo-a. Sei que não é Isobel porque ela sabe que não adianta vir até aqui.

-Oi. Ela já acordou? – Ric pergunta pra mim,
entrando quando eu saio do caminho. Liguei para
Ric contando a ele sobre os eventos da noite
passada, com o reaparecimento de Isobel e a
confusão com Jenna.

-Ela não vai sair do quarto. – Elena diz a Ric,
descendo as escadas para se juntar à nossa
conversa.

-Oque vocês disseram a ela? – Ric questiona,
olhando entre Elena e eu com um olhar
preocupado em seu rosto.

- Relaxa, Ric. Não dissemos a ela que você é um
caçador de vampiros, ou que nossos namorados são vampiros, ou também que minha melhor amiga é uma vampira, ou talvez que Bonnie é uma bruxa, quem sabe sobre Tyler e eu sermos lobisomens. Ah, e como eu me esqueceria o fato de que Elena é uma duplicata, e que somos fugitivas de um Vampiro original de mais de mil anos que quer quebrar uma maldição sacrificando minha irmã? Talvez não sobre o fato de que Lena vai morrer/não morrer caso Klaus descubra sobre ela e sei lá o que. Também não contei sobre Elena ter basicamente uma outra gêmea não gêmea de mais de cem anos, vampira, e que fez Jenna se esfaquear uma vez. – Terminei meu pequeno drama, respirando fundo para recuperar o fôlego. —O que eu quis dizer foi: Vamos ter que contar. – Eu declarei.

– Nós vamos consertar isso. – Ric afirma com um
suspiro, esperançoso, e eu simplesmente aceno
com a cabeça, esperando o mesmo.
Eu ouvi passos vindo de trás de mim e olhei para as
escadas, vendo Jenna correr escada à baixo com
uma bolsa na mão, me fazendo franzir a testa.

-Ei. – Eu chamei, mas Jenna me ignorou.

-Jenna! – Ric exclama, dando um passo à frente.

-Eu não quero você aqui, Ric. Você precisa ir. –
Jenna exige sem emoções no rosto, não fazendo
contato visual conosco.

-Ok, escute. Não consigo nem imaginar o que
você deve estar sentindo agor... – Ric é
interrompido por ela.

-Raiva e traição definem bem. – Jenna responde,
furiosa. Ela veste um casaco e pega sua bolsa
novamente.

-Onde você vai? – Elena pergunta a mesma coisa
que está inundando minha mente.

-Vou ficar no campus. Tenho uma tese para
escrever e não quero ficar nesta casa. – Jenna
explica enquanto olha para mim e Elena, sem
querer fazer contato visual com Ric.

-Jenna, por favor, pare. Vamos explicar
exatamente o que está acontecendo. – Ric insiste
pacificamente. Oque vamos dizer a ela? Que vampiros, bruxas e lobisomens existem? Que o mundo real tem criaturas sobrenaturais? E que minha... Quer dizer, e que Isobel é uma vampira?

-Elena, eu preciso que você vá para a mansão
Lockwood hoje e aceite o cheque da Sociedade
Histórica para a fundação de sua mãe. – Jenna
informa a Elena com naturalidade.

-Ok, mas, Jenna, por favor, apenas nos deixe... –
Elena tenta falar, mas ela é cortada por Jenna.

-Eu não quero ouvir mais nenhuma palavra
vinda de vocês. – Ela cospe, e eu estaria mentindo
se dissesse que não doeu. Jenna nos lança um
último olhar insondável, antes de passar por Ric e
sair pela porta. Elena abre a boca para falar algo,
mas então John entra na sala do nada, fazendo-a se calar.

-Deixem ela ir. É melhor ela não estar aqui, com
tudo que está acontecendo. Talvez você devesse ter sido um pouco mais honesto com ela desde o início, que talvez as coisa estariam... – John começa a dizer com um sorriso malicioso, mas desapareceu quando Alaric deu um forte soco em seu rosto. Bom, já era tarde.

- Desculpe. Elena, Ju.– Ric se desculpa, antes
de sair da casa. Elena olhou para John assim como eu, com um sorriso crescendo em nossos lábios.

-Você sabe que é sua culpa, certo? – Minha irmã
disse, franzindo as sobrancelhas em uma falsa
dúvida.

O dia mal começou e já aconteceu coisa demais.

Desculpa por algum erro, esse cap não foi revisado.
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