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-Ele gosta de você. – Bekah falou aleatoriamente, e eu me virei para ela com um olhar confuso. –É, ele tem uma queda por morenas. Posso não te conhecer
direito, mas conheço ele. Tenha cuidado, se o idiota
quiser ter você só para ele, ele fará qualquer coisa
para te ter. – Ela disse por fim.

-Bem, é um grande azar, esse. – Comecei, me
virando para Klaus com um olhar rancoroso. – Ele
tirou tudo de mim. Minha família, minha liberdade. Minha vida. Se ele pensa que vai conseguir tirar algo mais de mim, está enganado. – Eu digo, levando a garrafa de bourbon até minha boca no final.

-Se você quiser acabar com ele, conte comigo. –
A loira murmurou, e eu ri levemente com ela, até
que o sino da porta tocasse e nos atraísse pra lá.
-Você nos deixou. – Rebekah reclamou quando viu
Stefan entrando no bar.

-Eu estava me alimentando. - Stefan deu de
ombros, fechando a porta atrás de si. Eu me virei
para Gloria, vendo que ela ainda estava de olhos
fechados, e tem várias velas ao redor dela. -O que ela está fazendo? -Stef perguntou.

-Ela está falhando. - Klaus respondeu com um sorriso irritado, fazendo Gloria olhar para ele irritada.

-É difícil encontrar algo sem um ponto de
partida. – Gloria rebateu, não gostando nem um
pouco da atitude irritada de Klaus, algo que ele tem
desde que entramos no bar.

Rebekah pulou do balcão e caminhou até Gloria. —Eu usei o colar por mil anos, me use como ponto de
partida. – Ela declarou. Stefan me lançou uma
olhar penetrante, me fazendo encolher os ombros
pra ele. Algo está definitivamente errado com ele!

–Viram? As garotas oferecem uma solução. –
Gloria sorriu cinicamente para os garotos enquanto
Bekah se sentava ao lado dela. — Me dê sua mão,
querida. – Rebekah obedeceu, pegando a mão de
Gloria, e a bruxa fechou seus olhos em concentração.

Gloria murmurou um feitiço por alguns instantes, e
não demorou muito até que seus olhos se abrissem.
Ela se virou para mim por um segundo, antes de
olhar para Klaus.

-E aí? – Eu perguntei, levantando minhas sobrancelhas.

-Eu encontrei. – Gloria afirmou.

-Então onde está? – Rebekah perguntou, se
levantando da mesa.

- Não funciona assim boneca. Eu consegui
apenas imagens. Tinha uma garota com suas
amigas... – Rebekah a interrompeu.

-Sim, uma garota morta, com amigas mortas se
eu não conseguir meu colar de volta. – Bekah
ameaçou, parecendo raivosa agora.

-Eu vou ter que ver de novo para obter mais
detalhes. – Gloria deu de ombros.

-Então faça! – Klaus e eu dissemos ao mesmo
tempo, ambos soando óbvios.

-Eu preciso de mais tempo. – Ela argumentou,
encolhendo ligeiramente os ombros. Klaus se
inclinou até o nível dos olhos dela, fúria irradiando
dele. -E de espaço, você está atrapalhando. – Ela
gesticulou com a mão para que ele se afastasse.

-Nós podemos esperar aqui. – Klaus deu a ela
um sorriso atrevido.

-Tenho certeza de que vocês podem, mas não foi
isso que eu pedi. – Gloria retrucou, cheia de
atrevimento. Stefan caminhou até Klaus de
repente, dando tapinhas leves em seu ombro.

-Ei, que tal voltarmos mais tarde? Estou com
fome mesmo, e você pode escolher a refeição. –
Stefan sugeriu a Klaus com um sorriso ladineo, e eu
sorri também antes de pular do balcão, todos nós
saindo do bar em seguida.

XXX

Eu sorri, inclinando minha cabeça para trás
enquanto o sangue doce descia pela minha
garganta, e depois me afastei do pescoço do
humano desconhecido. Limpei minha boca com
meu polegar, jogando o corpo para o lado e vendo-
o cair em cima do humano que Rebekah drenou.

-Você não estava brincando sobre estar com
fome. – Eu comentei, rindo ao ver Stefan terminar
seu terceiro humano com facilidade.

– Têm sido um longo dia. – Ele jogou o homem
para o lado, me mostrando suas presas
ensanguentadas, e eu ri novamente.

-Tente ser parente dela. – Klaus provocou,
indicando com a cabeça para Rebekah.

-Você está sendo mau. – Rebekah afirmou,
incrédula, fazendo Stefan soltar uma pequena
risada. -Por que você está sendo mau? Você
costumava me amar! – Ela levantou a voz para
Stefan.

-Já se passaram noventa anos, Rebekah, dê um
tempo a ele. – Klaus gemeu de frustração.

-Por que você está do lado dele? -Rebekah acusou, seu tom cada vez mais exasperado.

-Porque, minha querida irmã, eu sinto pena de
qualquer homem que não te dá o que você quer.
-Klaus sorriu para ela, fazendo Rebekah fuzila-lo com um olhar raivoso.

-Você quer parar de me fazer parecer uma
mimada? Eu não sou mimada! – Ela respondeu a
ele.

-Mil anos de experiência dizem o contrário. –
Klaus murmurou, fazendo Stefan rir.

-Eu posso dizer o mesmo de você, meu querido
Niklaus, e olha que só passei dois meses com você. –
Eu sorri cinicamente pra ele, o que o fez me fuzilar
com um olhar.

-Isso! – Rebekah bateu palmas, feliz por seu
irmão ter acabado de ser servido em um banquete
por euzinha aqui.

-Eu tenho que ir. – Stefan nos informou,
levantando-se de sua cadeira e saindo pela porta.

-Onde ele está indo? – Rebekah franziu a testa.

- Escrever um nome em uma parede, longa
história. – Klaus abriu um sorriso infame, me
fazendo revirar os olhos.

XXX

-A bruxa foi embora, precisamos encontrar uma
nova bruxa imediatamente. – Klaus declarou,
caminhando rapidamente até Stef. –Oque está
acontecendo? – Ele perguntou com suspeita.

-Algo está errado, ele estava perguntando sobre o
Mikael. Ele não está conosco, Nik, eu posso sentir
isso. – Rebekah respondeu, não tirando os olhos de
Stefan, e eu franzi  minhas sobrancelhas, ficando um pouco tensa com a situação.

-Quem é Mikael? – Eu questionei, confusa com o
novo nome.

-Rebekah está errada, Klaus. – Stefan
argumentou ao ver o olhar assassino que Klaus
enviava pra ele. — Klaus... – Ele começou, mas
Klaus correu até ele, quebrando seu pescoço
imediatamente.

-Stef! – Eu exclamei, acelerando até Stefan e
empurrando Klaus para longe dele. — Por que você
fez isso? – Perguntei.

-Você sabe o que Stefan está escondendo de
mim, me diga. Eu sei que vocês dois guardam segredos de mim. – Klaus exigiu, olhando para mim com um olhar furioso.

-Eu juro que não faço ideia de quem é esse cara, Mikael. – Esclareci, olhando para Stefan depois. No que diabos você se meteu Stefan?

– Talvez não, mas só por garantia... vou fazer isso.
– Antes que eu tivesse tempo de processar o que ele disse, senti uma dor aguda no meu pescoço, antes de ver tudo escuro.

XXX

Abri meus olhos, olhando ao redor da sala escura.
Klaus quebrou meu pescoço?! Ugh!
Aparentemente estamos no caminhão em que ele
carrega todos os seus caixões. Quando olhei em
volta novamente, meus olhos pousaram em Stefan,
que estava acordando no mesmo momento que eu.
Eu me levantei, indo até Stefan para tirar minhas
dúvidas, mas ele me empurrou levemente para trás
dele quando Klaus começou a caminhar até nós.

- Apenas me dê uma chance de explicar tudo. –
Stefan implorou, parecendo nervoso com o que
Klaus poderia fazer conosco.

-Não precisa. Não estou bravo, só estou curioso.
– Klaus nos enviou um sorriso desconhecido,
olhando brevemente por cima do seu ombro para
sua irmã. – Rebekah acha que vocês dois estão escondendo alguma coisa. Alguma coisa das suas
antigas vidas. A questão é que ela tem um instinto que nunca falha, chega quase a ser sobrenatural,
então eu pensei em dar uma checada. Ver eu
mesmo o que vocês dois estão escondendo. – Ele
virou suas costas para nós, abrindo a porta dupla
do caminhão, e eu apertei meus olhos com a
claridade forte. Eu cerrei meu maxilar quando notei as ruas familiares, apertando minhas mãos em punhos, antes de Klaus se virar para nós novamente com um sorriso travesso.

-Bem vindos de volta a Mystic Falls! – Ele disse,
quase divertido.

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