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-Você está bem? Ray está ficando pesado? –
Klaus provocou Stefan, enquanto subimos uma
montanha onde estava a matilha de Ray. Stefan
está carregando um Ray inconsciente por cima do
ombro.

-Estou bem. – Stefan respondeu com desdém.

—Tem certeza disso? Sabe, já estamos
caminhando há bastante tempo. Se precisar de um
pouco de água ou de uma pausa... – Klaus
continuou provocando Stefan, mas dessa vez com
um sorriso implicante no rosto.

-Sabe, eu entendo que estamos presos juntos,
mas se pudéssemos simplesmente pular o bate papo seria ótimo. – Stefan deu a ele um sorriso falso, tentando manter a calma.

-Você está muito pensativo. Sua auto-aversão a
mim está sufocando você, meu amigo. – Klaus
sorriu, me fazendo suspirar pesadamente. —Qual é
o problema, Juli? Nunca vi você suspirar tanto
desde que começamos esta viagem. – Klaus
afirmou, um pouco divertido.

-Você é o problema, Niklaus. – Eu suspirei
novamente.

– Talvez seja porque estamos um pouco cansados
de caçar lobisomens. Estivemos nisso o verão todo.
- Stefan declarou, e Klaus não deu ibope ao
começar a andar mais rápido na nossa frente.

-Mas graças ao nosso amigo Ray, encontramos
um bando. Finalmente. -Eu arregalei os olhos, olhando para todos os lobisomens na nossa frente. Eles estão todos muito ocupados conversando e
empacotando barracas para nos notar.

Quando Klaus dá seu primeiro passo para dentro
do acampamento, todos os lobos se viram para nós
com cautela. Foi quando Stefan jogou Ray no chão,
despachando-o de seus ombros.

-Ray! Oh, meu Deus. Oque está acontecendo? –
Uma garota gritou, correndo até Ray e tentando
encontrar sua pulsação. Alguns segundos depois,
outro homem se juntou à garota, que está olhando
para nós. -Quem é Você?! – Ela pergunta, olhando
para Stefan.

-A pergunta importante séria: quem sou eu. –
Klaus sorriu, falando sobre sí mesmo como de
costume. — Por favor, perdoem a intrusão. Meu
nome é Klaus. – Ele se apresentou. Todos os lobos
levantaram seus olhos para Klaus, todos parecendo
temer, e a garota se afastou alguns passos.

-Você é o híbrido. – Ela afirmou. Klaus sorriu,
orgulhoso de sí mesmo.

-Vocês já ouviram falar de mim. Fantástico. – Ele
disse, nunca deixando de sorrir. Eu suspirei, me
sentando em uma rocha para esperar que ele
terminasse seu teatro.

-Não pode ser. – A garota negou com a cabeça,
dando mais um passo cauteloso pra trás.

- É fascinante, na verdade... – Klaus começou, se
sentando junto com Stefan em um tronco de árvore
caído. —Um lobisomem que não está em dívida
com a lua, um vampiro que não queima no sol...
Vocês já ouviram falar da minha amiga, alí? Uma
híbrida que tem dons incríveis.  Posso apresentá-la, amor? – Ele me perguntou, e eu dei de ombros. —Essa é a Juli Gilbert. A lenda gêmea da duplicata. – Klaus terminou com um sorriso malicioso, e os lobos se viraram pra mim dessa vez.

-É impossível. – A garota engasgou.

-Vivemos em um mundo onde existem bruxas,
lobisomens e vampiros. Nada é muito impossível
aqui, não? – Eu sorri pra ela, e ela deu um pequeno
passo para trás. Ela está assustada. Ela deveria.

Ray de repente arfou, finalmente acordando, e
deixe-me dizer que ele acordou de uma forma
muito dramática.

-Na hora certa, Ray. – Klaus disse, sorrindo de
lado ligeiramente.

-Oque está acontecendo comigo? – Ray
perguntou, respirando pesadamente.

-Juli? – Klaus me lançou seu típico olhar
que já é comum pra mim, e eu suspirei enquanto
me levantava da rocha onde estava sentada.

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