The Gilbert

37-

-Ahn... Alí. Bem alí. – Klaus apontou
discretamente em direção à um cara sentado no
bar, e eu acenei enquanto ajeitava meus cachos de
cabelo. Fui até o bar, em seguida, me certificando de que meu quadril balançasse conforme eu dava cada
passo encima dos meus saltos pretos, e sorri ao
perceber que chamei a atenção do homem
desejado.

-Vodka com gelo, por favor. – Eu disse ao
barman em um tom sedutor, me apoiando no
balcão. Por visão periférica pude ver Ray me
encarando, e eu me virei para ele com um olhar
inocente. –Oi, posso ajudar? – Perguntei a ele,
sorrindo levemente.

-Então, o que uma pessoa muito jovem como você está fazendo em um lugar como este?- Ray me pergunta, fazendo-me rir falsamente, tentando interpretar o papel, internamente estou revirando os olhos.

-Acabei de passar por aqui para tomar uma bebida. Não planejava ficar muito tempo, mas, novamente, também não pensei que encontraria um cara tão bonito.- Eu flerto colocando uma mão no braço de Ray.

O homem sorriu levemente, colocando a mão no meu colo enquanto se inclinava para mais perto. Eu precisei de tudo para não me afastar ou me encolher ao sentir o cheiro da cerveja em seu hálito.

-Você quer sair daqui?- o homem falou sugestivamente, enquanto eu rio mais uma vez, tentando mascarar o fato de que eu estava prestes a vomitar.

-Se você tentar fugir... – Me inclinei para ele,
pousando meus lábios perto de sua orelha. — ...Eu
quebro seus ombros em um só movimento. -
Sussurrei em tom sedutor. Ray não disse mais
nada, mas pude ouvir seus batimentos cardíacos se
acelerarem.

-Bem, eu estive procurando por você em todos os
lugares. – Klaus suspirou dramaticamente,
aparecendo atrás de mim e passando um braço em
volta dos meus ombros. —Começamos na Flórida,
Pensacola. Conheci um jovem com quem você
trabalhou antes de se mudar para Memphis, e ele
me enviou para duas lindas jovens. Elas nos
trouxeram até aqui, para você. – Klaus sorriu de
lado, enquanto Ray nos encarava como se não fosse nos dizer nada.

-Acho que já vou indo. – Ray começou a se
levantar, mas antes que ele pudesse eu suspirei e
me soltei de Klaus. Ele gritou de dor quando eu
empurrei seus ombros de volta para baixo,
forçando-o a se sentar novamente.

-Tente de novo se quiser. -Falei suspirando, me afastei novamente.

-Oque foi isso, amigo? Você acabou de chegar!
Vou te dizer... É muito difícil encontrar pessoas
como você. – Klaus falou, sorrindo diabolicamente.
Eu revirei meus olhos quando Ray se levantou pra
ir embora de novo, mas dessa vez quem o impediu
foi Stefan, que apareceu em sua frente.

-Eu não faria isso. – Stefan avisou, empurrando-
o levemente de volta para seu lugar

-Vampiros. – Ray murmurou, olhando para
todos nós.

-Você é esperto, Ray! – Klaus sorriu. —Sim, meu
amigo é um vampiro. E minha amiga aqui, eu acho
que você já ouviu falar dela... Juli Gilbert, a
lenda Petrova. Ela é... um tipo diferente de vampira, como você deve saber. – Ele informou,
sorrindo de lado. Ray me enviou um olhar tenso, e
eu enviei a ele uma piscadela. —E eles
hipnotizaram todo mundo do bar, então não
adianta pedir ajuda porque ninguém vai te ajudar.
Eu, no entanto, sou outra coisa. Um tipo diferente
de monstro. Eu sou parte vampiro, e parte lobo. –
Klaus explicou lentamente.

-Você é oque?! – Ray perguntou, ligeiramente
confuso.

-Um híbrido, amor. – Eu respondi, entediada.

-Sim, e eu quero criar mais de mim. Agora, já que
você foi o primeiro lobisomem que eu encontrei em
muitas luas... Trocadilho. – Klaus riu da sua
própria piada. — ...Eu preciso que você me
direcione até sua matilha. Então, onde posso
encontrá-los, Ray? – Ele perguntou, sério dessa
vez.