ᴡᴇʟᴄᴏᴍᴇ ᴛᴏ ᴘʀɪsᴏɴ - ᴊᴇɴʟɪsᴀ ɢ!ᴘ

💢Calling Him💢

Dias atuais

Não demorei muito para ser libertada. Felizmente eu não havia quebrado nada e após alguns analgésico, eu quase não sentia nada.

— Como se sente? — Ouvi a voz de Irene quando saí pela porta de enfermaria. Olhei pra ela e sorri.

— Mais pra bem do que pra mal. — sorriu de volta.

— Isso é ótimo, mas é bom você parar de se meter em confusão ou vai acabar morta. — Suspirei. Ela estava certa. Por mais que eu fosse ficar vinte anos ali dentro, morrer só iria piorar as coisas para ele...

— Tem razão... vou tentar me controlar.

— Está afim de da uma volta pelo pátio? — neguei com a cabeça.

— Tenho que fazer uma ligação...— ela assentiu.

— Te vejo depois então.

— Okay. — ela saiu andando em direção ao pátio e eu em direção aos telefones.

Pov Lisa.

Podem me chamar de stalker, mas quando vi Jennie andando pelos corredores, eu a segui. Discretamente, é claro.

Ela andava um pouco rápido, parecia está ansiosa ou apenas com pressa. Mas pra que? Minha pergunta foi respondida quando chegamos ao seu destino. Jennie deu sorte de não ter uma fila quilométrica para usar os telefones hoje.

Rapidamente foi até um dos telefones liberados e eu, como queria saber com quem ela iria falar e o que iria dizer, coloquei o capuz do moletom que eu vestia e fui até o telefone do lado de sua cabeça baixa, me virando de costas para ela.

— Oi...é eu sei que demorei para ligar, mas é que a Lisa está muito no meu pé, eu não consigo dar um passo sem que ela esteja lá. — Franzi o cenho. — Eu posso falar com ele? — ele? Khalid...— tudo bem, eu espero. — ela ficou alguns segundos em silêncio. — Oi, meu amor. — Uau...quanta intimidade...— Estou com tanta saudades de você...

Fechei meus olhos e encostei minha cabeça na parede. Eu estava com vontade de sair dali o mais rápido possível, mas eu precisava ouvir aquilo pra deixar de ser trouxa.

— Eu sei disso, amor, mas eu não quero que você venha me ver. — suspirou. — Tá, eu prometo que vou te ligar mais vezes, mas só se você prometer que não vai insistir em vir até aqui, okay? — Por que ela não queria que Khalid viesse? Por minha causa? — Mas como você esta? — eu tinha a sensação de que ela sorria. — Sério? Que legal!! — ela riu. — Mas toma cuidado, não quero que se machuque. — ela riu mais uma vez. — Desculpa, amor, mas eu tenho que ir agora. Te amo muito, muito, muito! Até depois.

ela suspirou mais uma vez e eu me virei para encara-lá. Ouvi tudo aquilo doeu, mas tentei não demonstrar em meu rosto a ferida que estava aberta em meu peito. Ela me olhou.

— Não acredito que você estava me espionando. — disse brava.

— "Só amo a mim mesma", não é?

— Eu não sei qual é a porra do seu problema, mas você deveria procurar um psicólogo. — saiu andando na minha frente e eu fui atrás.