ᴡᴇʟᴄᴏᴍᴇ ᴛᴏ ᴘʀɪsᴏɴ - ᴊᴇɴʟɪsᴀ ɢ!ᴘ

💢Will You Marry Me?💢

O trabalho na cozinha tinha sido bem pesado naquele dia. Foi uma baita de uma correria para cumprir os horários. Mas para a minha felicidade, já estava quase na hora de sermos liberadas. Confesso que estava exausta. Tudo que eu queria naquele momento era dormir abraçadinha com minha namorada.

— O expediente acabou, meninas. Podem voltar para os seus cubículos. — eu terminava de arrumar algumas caixas de suprimentos quando o guarda que nos supervisionava falou em um tom alto, para que todas o ouvissem.

Parei o que estava fazendo e, assim como as demais
detentas, saí da cozinha acompanhada pelo guarda. Nos corredores cada uma seguiu o seu rumo, e quando eu já não estava tão longe do meu "bairro", avistei Lisa apoiada em uma parede do corredor segurando uma rosa enquanto olhava em minha direção com um lindo sorriso no rosto. Me aproximei com o cenho franzido.

— Onde conseguiu essa rosa? — perguntei.

— Oi pra você também, amor. — fez cara de tédio e eu ri.

— Oi, amor. — dei um selinho. — E então....? — intercalei
meu olhar entre seus olhos e a rosa.

— Eu conheço as garotas que trabalham na estufa. — a estendeu em minha direção e eu a peguei, observando a pequena flor com um enorme sorriso no rosto. Fazia anos que eu não recebia flores ou qualquer outro tipo de demonstração de amor. Tirando o Leo, óbvio. Ele sempre fazia cartinhas e desenhos falando o quanto me amava. Era a coisinha mais linda e fofa desse mundo.

— Obrigada, amor. — a abracei e uni nossos lábios em um beijo calmo. As mãos dela repousavam em minha cintura enquanto as minhas estavam entrelaçadas ao redor do seu pescoço, ainda segurando a rosa.

— Eu tenho uma surpresa. — ela falou assim que o beijo
foi encerrado. Franzi o cenho mais uma vez.

— O que é?

— Se eu dissesse não seria surpresa.

— Mas cedo ou tarde eu vou acabar sabendo mesmo.
— tentei convencê-la. Ela riu

— Você precisa ser mais paciente, meu amor. — revirei os olhos.

— Como você espera que eu seja paciente depois de
me dizer que tem uma surpresa? — ela riu mais uma vez. —Me conta, vai.. — negou com a cabeça, me fazendo bufar.

— Você só vai saber depois da contagem.

— Mas...— fui interrompida.

— Sem "mas" É pegar ou largar. — suspirei.

— Okay... Mas não ouse voltar atrás depois.

— Se não o que? — arqueou a sobrancelha.

— Vou ser obrigada a te deixar de castigo.

— Vai tirar o meu videogame, mamãe? — neguei com a
cabeça.

— Vou tirar o seu brinquedinho preferido. — dei um
sorriso sugestivo. Ela arregalou os olhos e foi a minha vez de rir

— Isso é injusto! — protestou. — Não vale!

— Então obedeça que você não vai precisar ficar de castigo. — suspirou.

— Tudo bem.. Você venceu. —- ergueu as mãos em sinal de rendição.

—- Assim que eu gosto. — revirou os olhos com o que
eu disse, me fazendo rir mais uma vez antes de selar nossos lábios novamente. — É melhor irmos. A contagem é daqui a pouco. — Lisa assentiu antes de segurar a minha mão e me guiar até o nosso cubículo.