Eu sentia raiva queimando dentro de mim. Andrea sabe que eu não queria o Leo ali, mas mesmo assim ela trouxe. Eu juro que queria voar no pescoço dela naquele instante, mas em respeito ao meu filho, eu não fiz.Lá eu estava sentado ao meu lado, brincando com a minha mão, enquanto Andréia estava logo à minha frente, com um olhar um pouco apreensivo porque ela provavelmente consegui anotar aqui eu não tinha gostado do que ela fez.
— Fiquei muito surpresa em ver vocês aqui. — falei enquanto encarava Andrea com fogo nos olhos.
—Leo queria muito te ver. — soltei um suspiro pesado. O que ele queria me ver não era novidade para ninguém, mas o mínimo que ela poderia ter feito era ter dito não tenho muitos motivos para não querer ele aqui, e um deles é que a prisão não é um ambiente legal para se trazer uma criança. Sem contar que eu não queria que ele me visse como uma criminosa...
Olhei para o pequeno e ele logo sentiu melhor sobre ele. Me olhou de volta, parando de dar atenção para os meus dedos. Seus olhos castanhos brilhava em tamanha admiração. Um sorriso bobo surgiu em meus lábios. Leo consegue me fazer perder a pose de durona em segundos. Era algo inexplicável.
— Mamãe, eu possu cumê sagadinho? — perguntou, me apontando as máquinas de salgadinho que tinham em um canto da sala de visitação.
— Só se você der um beijinho antes. — ele deu um sorrisão e eu fiz biquinho, esperando o beijinho. Ele se ajoelhou na cadeira e me deu um selinho. Sorri.
— Agora podi? — perguntou animado e eu ri.
— Pode, meu amor. — Andrea entregou uma moeda a ele e o pequeno saiu correndo em direção as máquinas.
E em uma fração de segundos me lembrei o quão puta eu estava com Andrea. A encarei.
— Você tem algum problema? — perguntei entre dentes. — Onde você estava com a porra da cabeça quando decidiu trazer ele aqui?
— Jennie, ele sente sua falta. — tentou explicar.
— E você acha que eu não sinto a falta dele, Andrea? Você acha que eu sou o tipo de mãe que está foda-se para o filho? — eu me segurava para não levantar o tom de voz. — Você não tem a menor ideia do que é está na minha pele. Ter que mentir para proteger as pessoas que você ama. Você acha que é fácil lidar com isso, mas vou te contar um segredo: não é. — ela suspirou.
— Desculpa, eu não queria te irritar. Eu só achei que seria o melhor a se fazer. — era impressionante como cada palavra que saia da boca dela fazia meu corpo ferver de raiva cada vez mais.
— O melhor a se fazer? — dei uma risada sarcástica. — você se ouve quando fala? — não gritar com ela estava sendo meu maior desafio naquele momento. — Está vendo aquela criança? — apontei para o Leo, que estava na ponta do pé tentando apertar o botão que ele queria na máquina. — Você trouxe ela para um ninho de cobras. — falei. — Cada pessoa presente nessa sala, seja ela guarda ou detenta, tem contato direto com a Lisa. Sabe o que isso significa? — ela não respondeu. — Significa que qualquer um que preste o mínimo de atenção no Leo seria capaz de notar a semelhança gritante entre os dois, e como eu disse, aqui é um ninho de cobras. Qualquer informação aqui dentro é motivo para chantagem, Andrea.
— Ele chora de saudades todos os dias. — A última coisa que eu queria no mundo é que meu garoto ficasse mal, mas é uma consequência do que eu fiz no passado. Eu estava presa, querendo ou não, as coisas não seria mais como antes. Eu não estaria lá para ajudá-lo com o dever de casa, não estarei em seus aniversários, não estaria lá para explicar como realmente nascem os bebês. Nosso tempo junto se resumiria nessa sala. — você não acha que já não passou da hora de contar pra ela? — Falou como se eu só tivesse que comprar um pão na padaria da esquina. — As coisas vão ficar bem mais fáceis quando ela souber.
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ᴡᴇʟᴄᴏᴍᴇ ᴛᴏ ᴘʀɪsᴏɴ - ᴊᴇɴʟɪsᴀ ɢ!ᴘ
FanficQuando você faz parte do mundo do crime, o otimismo te proíbe de se imaginar algemado dentro de uma viatura. Na sua cabeça, você se torna invencível a cada crime realizado com sucesso. Você acredita com todas as suas forças a polícia nunca vai te p...