No dia seguinte
O clima entre Jennie e Lisa não era um dos
melhores. A loira insistia em ignorar a mais velha
sempre que podia, enquanto Jennie a julgava como infantil por não querer ao menos conversar.
O dia já tinha chegado ao fim e Jennie já havia
sido liberada da cozinha, mas se oferecera para
ficar até mais tarde para arrumar a bagunça
enquanto as demais detentas iam descansar um
pouco.
A cozinha parecia enorme com apenas Jennie e um guarda nela, mas seria bem melhor estar
sozinha.
— Por que se ofereceu para ficar? Ninguém gosta de
ficar. - -falou o guarda enquanto a Kim carregava
uma caixa cheia de legumes até a despensa.
— Gosto de ser proativa, sem contar que não tenho
nada pra fazer além disso. — o homem deu uma
risada nasal.
— Tá certa... — voltou para pegar mais uma caixa. — Já que só tem nós dois aqui, quer ajuda? — Jennie o encarou.
— Agradeço pela gentileza, mas não. — carregou a
caixa para a despensa mais uma vez.
-Certeza?
— Sim. — voltou para pegar a última caixa. — Até
porque essa é a última. —sorriu para o homem e
foi de novo para a despensa. O que o guarda não
sabia, é que Jennie tinha contatos lá fora, tais quais carregaram o caminhão de suprimentos da prisão, deixando um presentinho para a morena dentro de uma batata.
Foi fácil achar a batata premiada, tinha uma
pequena marca de queimado na lateral, do tamanho de uma ponta de cigarro, conforme Jennie havia os instruído a fazer a um certo tempo atrás.
Com agilidade, a coreana fez pressão na batata com
suas mãos e a mesma se abriu, revelando um celular muito bem embrulhado em um plástico. Jennie o colocou em seu bolso e saiu mais uma vez da despensa, como se nada tivesse acontecido.
— Acho que agora serei obrigada a não fazer nada. — o guarda negou com a cabeça e riu.
Assim que voltara para seu cubículo, Jennie fez
questão de se certificar de que não havia ninguém
por perto. Pegou seu celular e o desenrolou de
todo aquele plástico. Foi até sua cama e se sentou,
enquanto ligava o aparelho. Não demorou muito
para que o celular iniciasse, e a primeira coisa que
a Kim fez foi colocar no silencioso. A segunda
coisa foi mandar mensagens de texto para duas
pessoas distintas.
Mensagem 1
"Já estou com o celular. Podemos nos comunicar
agora."
Mensagem 2
"Dea, preciso que traga o Leo amanhã. Chegou a
hora da Lisa conhecê-lo."
Quando terminou de enviar as mensagens, a jovem
loira que dividia o cubículo com a coreana apareceu,
e por mais que Lisa não quisesse falar ou olhar
na cara de Jennie, o celular que a mais velha
escondera embaixo do travesseiro chamara a
atenção da polinésia.
— Que porra é essa? — a loira perguntou
—Um celular. — a morena deu de ombros, fazendo a
mais nova revirar os olhos.
— Onde conseguiu isso? — seu tom de voz demonstrava preocupação, já que associara o
aparelho à Sarah Paulson. Na cabeça de Lisa, Jennie havia pego o celular com Sarah e,consequentemente, teria arrumado uma dívida. Não era bom ter dívidas na prisão.
— Por que você acha que eu quis ir para a cozinha? -
a Kim arqueou a sobrancelha. — Lá é o ponto mais
frágil da prisão, dá pra entrar qualquer coisa por lâ,
mesmo com os guardas checando os caminhões que trazem a comida. Eles nunca olham direito. um suspiro aliviado escapou pelos lábios de Lisa.
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ᴡᴇʟᴄᴏᴍᴇ ᴛᴏ ᴘʀɪsᴏɴ - ᴊᴇɴʟɪsᴀ ɢ!ᴘ
ФанфикшнQuando você faz parte do mundo do crime, o otimismo te proíbe de se imaginar algemado dentro de uma viatura. Na sua cabeça, você se torna invencível a cada crime realizado com sucesso. Você acredita com todas as suas forças a polícia nunca vai te p...
