ᴡᴇʟᴄᴏᴍᴇ ᴛᴏ ᴘʀɪsᴏɴ - ᴊᴇɴʟɪsᴀ ɢ!ᴘ

💢A Little Visit💢

Dois dias se passaram e adivinha só quem nem na cara da Lalisa olhou? Isso mesmo, euzinha.

Durante esse tempo eu sentir o seu olhar sobre mim sempre que estávamos no mesmo lugar, mas eu não ousei, em momento algum, permitir que meus olhos fossem de encontrar o seus.

Não é como se eu estivesse com medo dela, eu tinha medo é da verdade, porque eu sabia que uma hora ou outra iria acabar descobrindo. Mas eu não estava nem um pouco preparada para isso. Não estava preparada para a reação dela, seja ela qual for.

Assim como nos últimos dois dias, eu podia sentir olhar de eliza sobre mim enquanto eu, deitada em minha cama, encarava o teto. Ela parecia estudar cada movimento que eu fazia. Aposto que ela saberia a resposta se alguém perguntasse quantas vezes eu respirei na última meia hora.

— Estou curiosa..— quebrou o silêncio repentinamente. — eu realmente imaginei que você não duraria nenhum dia aqui dentro sem sua cocaína, mas olha só pra você.— permaneci encarando o teto. — Por que não foi atrás de drogas de novo? — Ignorei sua pergunta. — Qual é? Eu só quero saber, responde vai. — suspirei.

— Porque tenho um motivo para não ir atrás de drogas. — respondi, procurando não dá muita informações, ela deu uma risada sem humor.

— Engraçado que quando era eu o motivo, você não parou. — fiquei em silêncio. Lisa lutou durante muito tempo para que eu parasse, mas eu ainda não estava pronta para aquilo...Já com o Leo..ele foi meio que um tapa na cara, me obrigando a parar. — Não vai falar nada?

— Quer que eu fale o que? — me arrisquei ao olhá-la. — não tenho culpa se você ainda não me superou.

— Você é tão idiota. — seu tom de voz entregava o quão chateada ela estava em me ouvir falando aquilo. Me doía muito fazer isso com ela, mas eu não podia deixa ela se aproximar. Dei uma risada sarcástica enquanto me sentava, ficando de frente pra ela.

— Eu sou idiota? Certeza disso? Porque não foi eu quem ficou remoendo os sentimentos durante SEIS ANOS. Sabe o que são seis anos, Lalisa? O suficiente pra esquecer a ex  e não se dar o trabalho de colocar ela na prisão só pra se vingar, não acha? Você agir com imaturidade. — ela apenas ficou me encarando. — em algum momento você parou pra pensar no quão mal você estava me fazendo coloca me colocando o que? Já parou pra pensar que eu te uma vida? Pessoas pra cuidar? Uma família?

— Porque? você tem? — perguntou como se a resposta fosse óbvia. — Você é Jennie Kim, uma pessoa podre por dentro. Você não sabe amar, ou melhor, você não só sabe amar a si mesmo, você só sabe trazer o caos pra vida das outras pessoas que tentam se aproximar.— cuspiu as palavras na minha cara. Não vou mentir dizendo que não doeu, porque doeu sim, e não foi pouco. — Você não sabe ter uma família. Você é o tipo de pessoa que abandona a sua família com um tiro. Então acho que você não tem o direito de reclamar sobre "o mal que eu te fiz".

— Eu te fiz foi um favor. Você deveria me agradecer.

— Te agradecer por tirar de mim a minha liberdade? — perguntou indignada.

— Me agradecer por está viva.

— Kim!— um guarda surgiu do nada, interrompendo a discussão. Nós duas o olhamos no mesmo instante. — Você tem visitas. — Lisa suspirou e eu franzi o cenho. Eu não tinha ninguém além de Andrea e Leo, e ambos estavam proibidos de pisar aqui. Me levantei e fui em direção a sala de visitação.

Pior parte de receber visitas é a revista íntima que somos obrigadas a fazer, tanto as detentas quanto os visitantes. Eu amo o dia vai ser submetida a fazer aquilo, mas eu estava curiosa pra saber quem tinha vindo me ver.

Quando finalmente sair da revista íntima entrei na sala de visitação, pude ver rostos conhecidos por mim. Meu coração bate tão rápido e alto que eu achava que ele explodiria qualquer momento. Eu estava completamente sem reação, paralisada no meio da sala enquanto olhava para a mesa onde um pedaço do meu coração estava.

Seus olhinhos demoraram um pouco para me encontrar, já que havia outros detentas  encontrando sua família, amigos e advogados ali, mas quando isso aconteceu, o pequeno desceu da cadeira rapidamente veio correndo na minha direção. Tudo parecia está em câmera lenta, e quanto mais ele se aproximava, mais forte meu coração batia. Minha única reação foi me ajoelhar no chão esperar meu pequeno príncipe-lo de braços aberto.

Não demorou mais do que 2 segundos para estar mais envolvido em um abraço apertado. Seus bracinhos em volta do meu pescoço e meus braços em sua cintura. Seu cheiro em mim vadia minhas narinas, me obrigando a sorrir. Meu Deus, como sentir falta desse garoto... Eu poderia passar o resto da minha vida assim, Agarradinha com ele, só sentindo seu cheiro.

Foi inevitável deixar algumas lágrimas caírem. Fazia muito tempo que não nos vemos, infelizmente eu teria que cortar Andrea, a proibindo mais uma vez de trazê-lo. Pensar nisso dois demais, mas era o necessário pra que Lisa ficasse longe da verdade.

— AFASTEM-SE! — um guarda chamou nossa atenção quando excedemos o tempo que era liberado para contato físico. Afastei o Leo de mim com a maior dor no coração. Ele me deu um olhar triste seguido  de um biquinho, ameaçando a chorar.

— Amor...não chora. — eu ia voltar a abraçá-lo, mas lembrei que não podia mais. É horrível ser mãe quando está presa. — Vai ficar tudo bem.

— Eu istô com saudadi. — seus olhinhos já estavam cheios de lágrimas. Aquilo era de partir o coração de qualquer um.

— Eu também estou morrendo de saudades, meu amor...Mas a mamãe não quer te vê chorando. — falei, super Hipócrita, com as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas.

— Mas você tá churandu. — dei um sorriso fraco e sequei minhas lágrimas.

— Não mais, viu? — deu um sorrisinho com aqueles dentinhos fofos. Suspirei, admirando a obra de arte que Lalisa e eu fizemos.

— É esse sorriso que a mamãe tanto ama. — falei e ele desviou o olhar para o chão. Ele sempre ficava tímido quando eu o elogiava. Mais uma característica de Lalisa que ele herdou. Dei uma risada. — Vamos sentar lá com a tia Andrea?— ele assentiu rapidamente e saiu andando na minha frente.

Felizmente Leo sempre gostou de Andrea, eu fico muito grata por ela está cuidando dele por mim, porque se não fosse por ela, ele estaria em um Orfanato nesse exato momento, e a última coisa que eu quero para o meu filho é que ele passe pelo mesmo que Lisa e eu passamos. Ele não merece isso, ninguém merece isso. Me levantei do chão indo atrás dele.