💢The end💢

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Existem muitas formas de matar, umas mais simples, outras mais complicadas, não importava qual era a forma, Jennie amava todas. Mas, mesmo sendo uma grande admiradora da morte, naquele momento ela não se sentia confortável em fazer aquilo, não por ela mesma, mas sim por Lisa.

Por mais que Lalisa tivesse dito que não se importava com o fato da morena continuar com seus maus hábitos, a Kim sabia que aquilo não era 100% verdade. Todos sabemos que quem anda com porcos farelo come, logo, cedo ou tarde a loira se veria naquela posição novamente. Era inevitável, e Jennie não queria que Lisa tivesse que se
submeter a algo que ela não quisesse.

A mais velha sabia perfeitamente que algumas coisas teriam que mudar para que seu relacionamento com Lalisa fosse duradouro como ela desejava, e por isso, ao invés de matar os funcionários da prisão um por um como gostaria de ter feito, ordenou que Edgar o fizesse. Já era um progresso.

Mesmo incomodada com a situação em relação à Manoban, Jennie fez questão de ficar para assistir o show enquanto a loira se trocava em um banheiro bem longe de lá, tentando fugir do barulho dos desparos.

Assim que Edgar puxou o gatilho pela última vez, um
celular que ainda não havia dado sinal de vida tocou. Era o único que faltava, o de Dua.

— Eu atendo. — ela disse quando Edgar a olhou. Jennie se aproximou da mesa onde estavam todos os celulares e pegou o que tocava. — "Amor" - falou ao ler o que estava escrito na tela. — Ela era comprometida? Que vadia.

— Cadê a sua moral pra falar alguma coisa? — Rosé, que estava lá apenas observando a crueldade humana, disse para a coreana. Jennie encarou a mais alta com um olhar indecifrável mas ao contrário do que a mais nova imaginava, ela não disse e nem fez nada, apenas arrastou seu dedo sobre o botão verde na tela do celular e o colocou sobre o ouvido sem quebrar o contato visual.

— Amor, cadê você? — uma voz masculina soou do outro lado da linha. — O Mike não para de chorar querendo você. Você ainda vai demorar muito? — E bastou ouvir isso para que Jennie simplesmente congelasse. Dua era mãe, assim como ela.. Não existe nada mais doloroso para uma mãe do que imaginar seus filhos sofrendo, e, talvez pela primeira vez na vida, ela sentiu remorso ao se colocar no lugar do homem do outro lado da linha, e pior, no lugar da criança que havia perdido a mãe e nem ao menos sabia. —Amor? — Rosé encarava Jennie com o cenho franzido enquanto a coreana só conseguia imaginar a dor do filho da mulher quando descobrisse que a mãe estava morta e que nunca mais voltaria para casa. Seu coração batia rápido enquanto uma forte dor tomava conta dele, fazendo com que seus olhos se enchessem de lágrimas. Ela se sentia realmente arrependida. Talvez fossem os hormônios da gravidez que estivessem a deixando tão sentimental, mas aquilo não importava, não tinha como voltar atrás. — Dua, está tudo bem? — vendo que Jennie de fato não iria conseguir, Roé se aproximou da morena e pegou o celular de sua mão, colocando-o sobre o ouvido em seguida.

— Oi, tudo bem? Desculpe a demora em responder, às vezes eu atendo o celular e esqueço que atendi. Acontece muito pra falar a verdade... — deu uma risada descontraída.

— Quem é você? Onde está Dua? — o homem perguntou.

— Desculpe minha falta de educação. Me chamo Sabrina Nelson, trabalho com a sua mulher aqui na penitenciária. — falou. — ela está preenchendo algumas papeladas por conta de uma ocorrência com uma detenta que estava arrumando briga no corredor, e acabou deixando o celular na sala de descanso. Creio que ela não vá demorar muito para chegar em casa, mas de qualquer forma avisarei à ela que você ligou.

— Ah... Entendi. Obrigado.

— Disponha. Tenha um excelente dia.

— Igualmente. — falou antes de encerrar a ligação. Roseanne colocou o celular encima da mesa novamente e encarou Jennie

ᴡᴇʟᴄᴏᴍᴇ ᴛᴏ ᴘʀɪsᴏɴ - ᴊᴇɴʟɪsᴀ ɢ!ᴘOnde histórias criam vida. Descubra agora