No dia 26, elas acordaram, comeram e seguiram para ver alguns vídeos da Sérvia. Mari e Sheilla conversavam muito durante o vídeo, falavam do posicionamento do bloqueio delas, Mari ficava atenta ao ver o vídeo de Sheilla jogando de oposta contra a Sérvia.
Em seguida, elas descansaram e treinaram, batendo uma bola até a hora do jogo. O ginásio estava lotado. Elas começaram a sentir o clima de como seria no Pan. O hino nacional foi sem dúvida um momento emocionante, elas sentiam um arrepio gigantesco.
Não estavam acostumadas. O Brasil pouco jogava com sua torcida presente, em sua casa. Aquele era um momento especial para todas.
Durante o jogo, a Sérvia se mostrou um pouco apática, estavam cansadas por causa da diferença de fuso e isso era bem óbvio para todos. Por outro lado, a seleção brasileira estava nervosa, era uma estréia e elas estavam jogando com aquela torcida toda.
No fim, ganharam por 3x0 da Sérvia. Fabiana, Mari e Paula pontuaram igualmente, foram 12 pontos para caaa uma. Todas as três elogiaram a ótima distribuição que Fofão tinha feito, o que fez toda a diferença.
Mari estava feliz, sabia que não havia sido uma grande exibição, pois todas estavam nervosas, mas estava animada por ter ido bem e começado com o pé direito. Sheilla também mostrava felicidade, ficou feliz pela atuação da loira embora aquilo significasse que continuaria no banco.
As meninas estavam loucas para confraternizar naquela noite. Estavam vibrantes com todo aquele contato com a torcida, mexeu com elas.
Mari e Sheilla estavam muito bem e isso surpreendeu a todas, sem exceção. Até as mais próximas não esperavam tamanha maturidade delas.
Óbvio que ambas sentiam um incômodo normal por disputar posição, mas lidavam o melhor que podiam com isso, focavam no fato de uma querer sempre o melhor para a outra.
Enquanto Sheilla tomava banho, a loira pensava em como comemoraria o aniversário de Sheilla e o que daria de presente para ela. Era difícil pensar em tudo, porque não sabia ao certo se teriam folga ou não.
Sheilla saiu do banho e notou Mari distante. Ela falou com a outra, que nem reparou sua presença.
S:...Mar?...Tá pensando em que? - chamou mais uma vez. A loira chegou a semi pular, tomou um susto com Sheilla.
A morena não aguentou e começou a rir dela, embora achasse estranho aquele susto todo.
M:...em nada. - o coração dela estava acelerado como se a morena fosse capaz de ouvir pensamentos.
S: "Em nada"?...e isso é possível? Você tava aí toda pensativa!
M: Ué...eu estava pensando em tudo e em nada ao mesmo tempo...não tinha um único pensamento. - se enrolou. -- Ah, Sheilla!...quer saber até o que eu penso agora?
S: Hahahaha. Foi só curiosidade...eu hein. - disse sem entender nada.
As meninas estavam animadas, cantavam, brincavam. Mari e Sheilla chegaram e sentaram. Sheilla sentou encostando em Mari, que a abraçava por trás. Elas ficaram conversando, falando besteira. Sheilla morria de rir. Mari estava sentada atrás dela e não parava de fazer graça com tudo.
Com o passar do tempo, Fabi começou a contar seus casos e histórias. As meninas riam de se acabar, Sheilla sentia Mari passando o queixo levemente nas suas costas e de vez em quando, dando beijinhos.
A morena já estava toda arrepiada com aquilo e já não conseguia prestar atenção no que as meninas falavam. Ela e Mari estavam sem transar há dois dias, o que era muito para elas e Sheilla sabia que no dia seguinte não haveria jogo, portanto, sua mente corria em uma única direção: sexo.
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CLOSER
RomanceShari, durante anos, foi um dos casais gays mais comentados do esporte mundial. Tido por alguns como o primeiro grande ship lésbico brasileiro, o namoro começou em 2006 e causou um furacão de acontecimentos e desdobramentos, não apenas na vida pesso...